Semana do Aleitamento Materno incentiva a prática entre mulheres de todo o mundo.
Semana do Aleitamento Materno incentiva a prática entre mulheres de todo o mundo.

A amamentação é um dos atos que mais une mães e filhos, porém, há muitas dúvidas sobre este momento. O leite materno é a melhor opção nutricional para o bebê. Mas nem sempre amamentar é algo descomplicado na vida de uma mãe… E o que deveria ser um momento único, de vínculo entre a mãe e a criança, pode gerar momentos de frustração e desconforto.

O período de 6 a 8 semanas após o parto, durante o qual o corpo sofre uma série de alterações para retornar ao estado como era antes da gestação, é uma fase em que a mulher necessita de apoio do companheiro e dos familiares. Em alguns casos, este período se torna conflitante pois com muitas pessoas ao redor, é esperado que todos tenham a intenção de influenciar com as suas crenças e experiências.

Mesmo as mães que têm mais de um filho são bombardeadas por diversas opiniões das avós, amigas e conhecidas. Algumas opiniões de sabedoria popular são válidas, outras entram em conflito com estudos médicos. É mesmo realmente necessário criar este abismo entre as recomendações dos profissionais da saúde e as experiências vividas pelas mães e avós sobre a melhor forma de cuidar dos bebês?

Para esclarecer dúvidas sobre este importante tema, a especialista e enfermeira em maternidade da Medela, Priscila Preissler, desvenda cinco mitos e verdades sobre amamentação:

1. Quando a mãe retorna ao trabalho, é impossível continuar oferecendo leite materno ao bebê. MITO!

Após a licença maternidade, que normalmente finaliza quando a criança tem de 4 a 6 meses de idade, se for o desejo da mãe continuar amamentando, é possível manter a produção do leite e continuar ofertando ao bebê. Atualmente, extrair o leite materno é uma prática acessível, facilitando o retorno da mãe para suas atividades, sem perder os benefícios do aleitamento. Existem várias opções para ofertar o leite para a criança, o ideal é que a mãe consulte um profissional da saúde para entender qual a melhor indicação. As bombas para extração de leite materno, por exemplo, podem ser utilizadas no trabalho ou em qualquer lugar, pois são práticas, portáteis e imitam o padrão de sucção do bebê. O leite extraído pode ser armazenado no refrigerador por 12 horas ou no congelador por até 15 dias.

2. Amamentar necessita de paciência. VERDADE!

Apesar de ser um ato natural, amamentar é uma ação que deve ser aprendida. Durante o processo surgem vários questionamentos. Muitos são os obstáculos que a mãe pode enfrentar durante a jornada, e é necessário paciência e força de vontade para vencê-los. Entre as dificuldades estão a falta de conhecimento e conscientização da população e dos profissionais da saúde; culturas, crenças e mitos; condutas inapropriadas e pouca qualificação dos profissionais.

3. O bebê deve mamar a cada 3 horas. MITO!

Muitos profissionais ainda orientam às mães a oferecer o seio ao bebê a cada 3 horas, o que na prática gera dúvida, pois se o filho(a) chorar após 1 hora da mamada, a mãe deve ou não oferecer o seio novamente? Hoje trabalha-se com o conceito de livre demanda para alimentação da criança, sem horários preestabelecidos, atendendo às necessidades calóricas e emocionais do bebê, quando ele quiser, pelo tempo que ele quiser.

4. É necessário oferecer chá ou suco para o bebê antes dos 6 meses para suprir sua sede. MITO!

O aleitamento materno é responsável pela influência positiva na sobrevivência, na saúde e no desenvolvimento das crianças. Muitos efeitos positivos do leite materno, como a proteção contra infecções, são mais evidentes se a amamentação for exclusiva nos primeiros meses de vida, pois a ação protetora contra diarreias e doenças respiratórias pode reduzir quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer outro alimento.

5 . As mães devem evitar a cafeína e cortar a bebida alcoólica. VERDADE!

Muitas substâncias e alimentos podem alterar a composição do leite. Deve-se evitar doses excessivas de cafeína, pois pode deixar o bebê irritado e sem sono e o álcool, que destrói as células nervosas e deixa o bebê sem fome, levando ao baixo ganho de peso. Deve-se também evitar o tabagismos e tomar cuidado com o consumo de certos medicamentos.

Fonte: Medela

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