Maria Martins Ferreira, de 35 anos, moradora da Pavuna, foi à Praça da Matriz, em São João de Meriti, neste sábado (3) e aproveitou para se imunizar e também a filha Eloá, de 8 anos, contra a febre amarela. “Tenho acompanhado o noticiário e percebido que o índice de letalidade está grande. Aproveitei a campanha para me proteger e principalmente proteger minha filha”, disse a dona de casa. As duas estão entre as cerca de 250 mil pessoas pessoas que foram imunizadas durante mais um Dia D da Vacinação contra a Febre Amarela no Estado do Rio de Janeiro. O número representa apenas a metade do esperado pela Secretaria de Estado de Saúde, que tem como meta vacinar mais 3,5 milhões de habitantes contra a doença que já fez 112 vítimas somente este ano, das quais 51 morreram, em 21 cidades fluminenses.
A ação ocorreu em todos os 92 municípios do Estado e foi a terceira realizada pela SES desde o ano passado para conter o avanço do vírus. Mesmo com o expressivo comparecimento dos moradores da Baixada Fluminense e da Zona Oeste nas tendas montadas pela Secretaria, a o procura foi baixa diante da expectativa de vacinar 500 mil. A mobilização contou com os postos municipais de saúde, 29 UPAs, 11 hospitais da rede estadual e o apoio de unidades do Corpo de Bombeiros, além de tendas montadas pela SES em cidades da Região Metropolitana.
“O movimento deste Dia D foi menor do que o da ação realizada em janeiro, mas é fundamental para manter o alerta sobre a importância da vacinação. Precisamos imunizar um total de 14 milhões de pessoas, e até agora cerca de 10,5 milhões estão protegidas. A campanha continua nos postos municipais, e vamos trabalhar de forma incansável até que todo o público-alvo esteja vacinado”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr. (na foto, vacinando um morador).
Idosos, que estão fora da faixa de recomendação da vacina, também procuraram as tendas. Maria Ximenes, 74 anos, compareceu à tenda montada no Parque dos Patins, na Lagoa, avaliada por um médico e imunizada. “Eu vim hoje aqui e achei tudo muito rápido. Fui avaliada bem rapidinho e liberada para tomar a vacina”, disse. O supervisor de segurança Cláudio Barros (foto) estava andando de bicicleta pela Lagoa, quando viu a tenda e resolveu se vacinar. “A iniciativa é sensacional, muito bom mesmo. Esse local é perfeito, de fácil acesso. Quem está passando aqui aproveita e toma a vacina”, opinou.
Na capital, mais de 57 mil vacinados
Na cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vacinou 57.751 pessoas nas 232 unidades que participaram da mobilização. Em 2018, 1.168.959 doses da vacina foram aplicadas no município do Rio. Somando-se à população imunizada nos anos anteriores, já são 4.220.619 pessoas protegidas contra a doença, o que dá uma cobertura de 78,1% da população alvo da vacina – pessoas de nove meses a 59 anos de idade. A dose usada na campanha continua sendo a fracionada.
A SMS alerta que “embora na cidade do Rio de Janeiro não haja casos da doença, nem em macacos e nem em seres humanos, o vírus está presente em municípios vizinhos e, nesta época do ano, a ocorrência da doença costuma ser mais constante”. Quem ainda não se vacinou deve procurar a unidade de Atenção Primária (Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde) mais perto da residência. “Não há motivos para pânico e há vacina para todos dentro do público alvo, que são pessoas entre nove meses e 59 anos de idade”, destaca a nota.
Especialistas reforçam que a vacinação é a melhor medida de prevenção. A vacina da febre amarela é feita com vírus vivo e tem contraindicações importantes para bebês até oito meses e pessoas que tenham quadro de imunodeficiência por doença ou tratamento. Mulheres que estejam amamentando crianças menores de seis meses devem buscar orientação com seu médico ou o pediatra do bebê.
Também há restrições para idosos, gestantes e pessoas com alergia grave ao ovo. Por isso, em regiões sem a presença do vírus em circulação, como a cidade do Rio atualmente, a vacina não é indicada para essas pessoas. Para que sejam vacinados nas condições epidemiológicas atuais da cidade, é então imprescindível a apresentação de atestado médico por escrito. Caso haja alteração nas condições epidemiológicas do município, essa recomendação poderá ser revista com base nos devidos critérios técnicos. Os postos de vacinação podem ser conferidos no site da Secretaria Municipal de Saúde, no link http://www.prefeitura.rio/web/sms/, ou pela Central 1746.
Fonte: SES e SMS, com Redação