Em breve a vacina russa “Sputnik V”, a primeira contra a Covid-19 registrada no mundo em meio a muita desconfiança da comunidade científica, está na disputa para entrar no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu documentos preliminares para registrar vacina em conformidade com os procedimentos regulatórios brasileiros no dia 29 de outubro.

O anúncio da pré-submissão da vacina russa à Anvisa foi feito no dia seguinte pelo Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF, fundo soberano de riqueza da Federação da Rússia), a empresa União Química Farmacêutica Nacional e o Governo do Estado do Paraná.

Em 11 de agosto, a vacina “Sputnik V”, produzida pelo Centro Nacional de Pesquisas em Epidemiologia e Microbiologia Nikolay Gamaleya, recebeu um certificado de registro do Ministério da Saúde da Rússia, tornando-se a primeira vacina contra o coronavírus registrada no mundo.

Em 4 de setembro, uma das principais revistas médicas do mundo, a The Lancet, publicou um artigo científico com os resultados das fases 1-2 dos ensaios clínicos da vacina, que demonstrou a ausência de eventos adversos graves e a formação de uma resposta imunológica estável em 100% dos participantes do estudo.

Atualmente, o estudo pós-registro da vacina “Sputnik V” continua com a participação de 40 mil voluntários. Ao mesmo tempo, mais de 60 mil pessoas expressaram sua vontade de se voluntariar para o estudo. Os primeiros resultados do estudo de pós-registro devem ser publicados em outubro-novembro de 2020.

Como parte do acordo de transferência da tecnologia entre o RDIF e a União Química, em breve será lançada a produção dos primeiros lotes da vacina “Sputnik V” no território brasileiro. Os esforços de todas as entidades e pessoas envolvidas no desenvolvimento, testes e produção da vacina Sputnik V no Brasil visam assegurar, o quanto antes, a disponibilidade da vacina para a população com base em princípios de transparência, segurança e eficácia.

Kirill Dmitriev, CEO do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), disse que junto com a União Química, com o apoio do Governo do Paraná, “cooperam de forma proativa” com a Anvisa para registrar, o quanto antes, a vacina Sputnik V no país.

O registro permitirá passar à produção, bem como à distribuição da vacina no território brasileiro em breve. Enquanto a situação com a pandemia do coronavírus no mundo ainda não está melhorando, a parceria em relação à vacina “Sputnik V” permitirá coordenar os esforços dos nossos países e disponibilizar à população brasileira uma vacina segura e eficaz, baseada na plataforma bem estudada de vetores adenovirais humanos”.

Informações detalhadas sobre a vacina “Sputnik V”, a plataforma tecnológica de vetores adenovirais humanos usados na sua criação, e outros detalhes estão disponíveis no site sputnikvaccine.com.

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