Vacina bivalente liberada para todo mundo acima dos 18 anos

Imunização é voltada a todos os brasileiros maiores de 18 anos que completaram o esquema vacinal básico. 11,7 milhões já se vacinaram

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A vacina bivalente para reforçar a imunidade contra a Covid-19 agora está liberada para todo mundo acima de 18 anos. A decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde, depois dos registros de baixa cobertura vacinal na campanha iniciada em abril com públicos prioritários. A recomendação tem o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país.

Cerca de 97 milhões de brasileiros podem ser vacinados nesta etapa do Movimento Nacional pela Vacinação. A imunização com a vacina bivalente é voltada a quem já completou o esquema básico contra o vírus ou para quem recebeu uma ou duas doses de reforço. O intervalo entre a dose mais recente deve ser de quatro meses.

O governo brasileiro iniciou da aplicação das vacinas bivalentes contra a covid19 inicialmente apenas nos grupos de risco. O calendário foi dividido em quatro fases: 1) em pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas; 2) em pessoas com idade de 60 anos a 69 anos; 3) em gestantes e puérperas; e 4) para profissionais de saúde.

O Ministério da Saúde reforça que, tanto as vacinas monovalentes quanto as bivalentes, têm segurança comprovada e são igualmente eficazes na proteção contra o coronavírus. Luiz Vicente Rizzo, que coordenou o estudo do Einstein para avaliar a efetividade da dose de reforço das vacinas contra a covid19 entre os profissionais de saúde da instituição durante a pandemia do coronavírus, confirma:

“É importante relembrar que as vacinas monovalentes, aplicadas até aqui, continuam sendo importantes aliadas no combate à covid19. Por isso, quem não faz parte do público previsto para receber as doses bivalentes e não está com o ciclo vacinal completo, deve procurar uma unidade de saúde para tomar as doses de reforço pendentes”.

Mais de 11,7 milhões de brasileiros já receberam a bivalente

Mais de 11,7 milhões de brasileiros e brasileiras foram vacinados com a dose bivalente da vacina contra a Covid-19. Desse total, 8,8 milhões foram aplicadas na população idosa a partir de 60 anos, grupo vulnerável com maior contingente no país. Além da vacinação por faixa etária, que já soma mais de 9,2 milhões de doses aplicadas, os grupos focais mais vacinados até esta sexta-feira (28/4) são:

trabalhadores da saúde: mais de 1 milhão de doses aplicadas;

pessoas com comorbidades: mais de 747 mil doses aplicadas;

povos e comunidades tradicionais: mais de 150 mil doses aplicadas;

pessoas institucionalizadas: mais de 82 mil doses aplicadas; e

povos indígenas: mais de 63 mil doses aplicadas.

No total geral, as mulheres foram as que mais se vacinaram com o reforço bivalente: 6,7 milhões de doses. Entre os homens, 4,9 milhões de doses foram aplicadas até agora. Os dados são da plataforma LocalizaSUS.

Rio de Janeiro inicia oferta da bivalente para todos

Na cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde inicia, a partir desta terça-feira (25), a aplicação da vacina contra covid19 com bivalente para toda a população com 18 anos ou mais, seguindo a orientação do Ministério da Saúde.

Para receber a dose bivalente, é necessário ter tomado pelo menos as duas doses do esquema inicial e que a última dose tenha sido aplicada há pelo menos quatro meses. O usuário deve apresentar um documento de identificação e, se tiver, caderneta ou comprovante de vacinação.

Além da população adulta, a vacinação com a bivalente segue disponível para pessoas imunocomprometidas ou com comorbidades com 12 anos ou mais, pessoas com deficiência com 12 anos ou mais, gestantes e puérperas.

A vacinação contra covid-19 acontece em todas as 237 unidades de Atenção Primária do município do Rio (clínicas da família e centros municipais de saúde), além dos postos extras pela cidade.

O Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, é mais uma unidade de referência e funciona em horário especial, de domingo a domingo, das 8h às 22h, contando inclusive com drive-thru.

Todos os pontos de vacinação, a lista completa com as comorbidades e outros detalhes sobre o que é necessário para a vacinação dos públicos prioritários estão disponíveis no site coronavirus.rio/vacina.

Documentos necessários

– Documento de identidade, número do CPF e, se possível, a caderneta de vacinação.

– Para a segunda dose e as doses de reforço, é fundamental levar também o comprovante de vacinação das doses anteriores.

Documentos necessários para vacinação de crianças:

– Caderneta da criança e um documento de identificação, como CPF.

Documentos necessários para pessoas imunocomprometidas:

– Comprovante da sua condição, que pode ser o cadastro da sua unidade de referência ou documento assinado e carimbado, como laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde.

– CPF ou CNS do usuário.

Pfizer já entregou 368 mil doses da vacina bivalente

Fabricante da vacina bivalente, a Pfizer Brasil informou que realizou ao longo do mês de março a entrega de 368 mil doses da Vacina Bivalente, que é recomendada como reforço para o público maior de 12 anos. Com isso, até a data atual, o país já recebeu 47.6 milhões de doses da Vacina Bivalente.

Também foram entregues 9.2 milhões de doses das Vacinas Pediátricas e Baby, sendo 1.7 milhões de doses destinadas ao público pediátrico (5 a 11 anos) e pouco mais de 7.5 milhões para o público bebê (6 meses a 4 anos), totalizando 9.6 milhões de doses dos imunizantes Bivalentes, Pediátricos e Baby contra a Covid19. Dessa forma, restam 13.3 milhões de doses a serem entregues durante o primeiro semestre de 2023.

“Essas entregas são referentes ao adicional de 50 milhões de doses da vacina contra Covid19, acordado por meio de aditivo assinado junto ao Ministério da Saúde que contempla a entrega de imunizantes para todas as faixas etárias já com aprovação pela Anvisa e potenciais vacinas adaptadas a novas variantes que venham a ser aprovadas pela autoridade regulatória”, informou a farmacêutica.

Até o momento a Pfizer já distribuiu globalmente mais de 4.4 bilhões de doses da vacina ComiRNAty em mais de 181 países ao redor do mundo e cerca de 336 milhões de doses ao Brasil desde 2021.

Pesquisa confirma eficácia da dose de reforço contra a Covid

Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Einstein avaliou a efetividade da dose de reforço das vacinas contra a covid19 entre os profissionais de saúde da instituição durante a pandemia do coronavírus. O estudo evidenciou que a vacina à base de RNA mensageiro (mRNA) da Pfizer/BioNTech consegue ampliar a proteção obtida após duas doses prévias. A análise, publicada em artigo no periódico Clinical Infectious Diseases, foi realizada entre janeiro e dezembro de 2021 e avaliou 11.427 profissionais de saúde da organização.

Entre os profissionais que receberam 2 doses de CoronaVac, 31,5% foram diagnosticados com a covid19. Comparando com quem recebeu duas doses de CoronaVac e a dose de reforço da vacina de RNA mensageiro, a taxa caiu para 0,9%. Já nos indivíduos vacinados com duas doses de Oxford-AstraZeneca, 9,8% testaram positivo para o vírus, com a taxa caindo a 1% com a dose extra da Pfizer/BioNTech.

Nas análises ajustadas do estudo, a efetividade das vacinas à base de mRNA após a segunda dose se mostrou ainda maior na comparação com os profissionais de saúde que não receberam a dose de reforço. Naqueles que receberam duas doses da CoronaVac mais vacina a terceira da Pfizer/BioNTech a taxa foi de 92%, e de 60,2% para duas doses do imunizante da Oxford-AstraZeneca mais o reforço de mRNA.

“Embora duas doses de CoronaVac e Oxford-AstraZeneca previnam contra covid19, é importante analisarmos as taxas de imunização destas vacinas com a adição de um reforço, no caso a vacina Pfizer/BioNTech. O estudo de coorte retrospectivo entre os profissionais de saúde constatou que há uma proteção significativamente maior deste imunizante de reforço. Assim, conseguimos mapear as melhores estratégias para reduzir e administrar o impacto do vírus”, comenta Luiz Vicente Rizzo, que coordenou o estudo.

“Estamos falando de um vírus que deve permanecer entre nós. Por isso temos que ter as melhores formas de combate, o que inclui desde a prevenção até a busca por uma redução de males no organismo. Esta pesquisa é relevante por ter sido feita com um público que convive com o risco de contaminação”, destaca Alexandre Marra, pesquisador do Einstein e primeiro autor do estudo.

Segundo o pesquisador, independentemente das duas doses de vacinas contra covid19, CoronaVac ou Oxford-AstraZeneca, a dose de reforço com a vacina de RNA mensageiro fez a diferença não só no nível de infecção por covid19, mas também evitou hospitalizações e óbitos em um período de uma nova variante, que à época era a Delta variante.

Com informações do Ministério da Saúde, SMS-Rio, Pfizer e Einstein

 

 

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