A dor tem sido companheira diária de muitos brasileiros e aparece em diversas áreas do corpo, podendo se tornar crônica após três meses do início. Uma nova pesquisa lançada recentemente mostra que 96% da população brasileira já sentiram alguma dor no corpo e 95% têm dores todos os dias, aponta a pesquisa Global Pain Index 2018, encomendada pela GSK.
Outro dado apresentado pela Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED) mostra que ao menos 37% da população brasileira, cerca de 60 milhões de pessoas, relatam sentir dor de forma crônica. No Brasil e no mundo a prevalência de dores crônicas gira em torno de 30% da população, ou seja, em cada 10 pessoas três apresentam algum tipo de dor crônica.
Apesar da intensidade e a reação à dor ser muito particular, pode-se dizer que ela já afetou o dia a dia de quase todo mundo. Ainda segundo o estudo, que ouviu 24 mil pessoas de 24 países, quatro em cada cinco entrevistados em todo o mundo se sentem pessoas melhores quando não estão sentindo dor.
Essas dores afetam o dia a dia das pessoas de diferentes maneiras. Há quem fique mais estressado, não consiga se concentrar no trabalho ou em outras atividades. Como vivemos uma rotina cada vez mais multitarefa, trabalhando, cuidando dos filhos, da casa e dela mesma, as dores não devem ser mais um obstáculo”, explica Ana Santoro, Gerente Médica da GSK Brasil.
Enxaqueca atinge um em cada sete brasileiros
Entre as dores mais comuns está a enxaqueca, que só no Brasil atinge 34 milhões de pessoas, ou seja, uma em cada sete. Já a popular dor nas costas é responsável por mais 10,54% dos afastamentos do trabalho e pedido de entrada no benefício do INSS. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que 80% dos adultos irão sofrer pelo menos uma crise aguda de dor nas costas durante a vida, sendo que 90% das pessoas poderão ter mais de uma vez.
De acordo com a pesquisa da GSK, no mundo, as dores musculares são as mais frequentes (95%), contemplando as dores nas costas (92%), dores na lombar (87%), pescoço (86%) e ombros (83%). No entanto, falar sobre dores no Brasil ainda é um tabu para quatro em cada dez entrevistados e para a metade deles a dor é algo muito pessoal, sendo difícil falar sobre o assunto.
Quando a dor se torna crônica
E como essa dor evolui e se torna crônica? Diante de tantos números e áreas do corpo humano afetadas, a enfermidade está associada à redução da qualidade de vida e custo financeiro para o indivíduo e sociedade. O anestesiologista Leandro Tonhá de Castro, especialista em Dor da NeuroAnchieta, explica como a dor pode evoluir e o que fazer.
-Quando uma dor é considerada crônica? É possível conviver com dores crônicas e/ou agudas?
A dor é considerada crônica quando ela dura ou é recorrente pelo menos durante três meses. Hoje existem diversas opções de tratamento que melhoram muita a qualidade de vida desses pacientes. Portanto, é inadmissível que ainda existam profissionais de saúde que afirmem para seus pacientes “você tem que aprender a conviver com essa dor”.
– Qual a diferença entre dor aguda e dor crônica?
Basicamente pela duração da dor, aquela que dura menos de três meses é considerada aguda, já a com duração maior que três meses é considerada crônica. Porém, existem alguns fatores que aumentam a chance dessa dor cronicar, por isso é importante que a dor aguda seja tratada adequadamente para diminuir a chance de se tornar crônica.
– Os brasileiros ainda praticam bastante a automedicação, principalmente em casos de dor. Como isso pode afetar o nosso corpo? Qual a recomendação para o caso de dor?
A prática da automedicação deve ser sempre condenada e contra indicada. Todas as medicações podem apresentar algum efeito colateral que pode ser leve ou até mesmo fatal. É importante que qualquer tratamento seja sempre feito sob orientação médica e de maneira individualizada, levando em consideração as características de cada paciente.
– Quais tratamentos são realizados hoje? A morfina ainda é o medicamento mais utilizado para dores?
Existem vários tipos de tratamento para dores, com medicamentos que vão dos analgésicos comuns, anti-inflamatórios, relaxantes musculares, alguns anticonvulsivantes e antidepressivos. Há também tratamento não medicamentoso com fisioterapias, prática de atividades física, terapia com psicólogos, acupunturas e os procedimentos minimamente invasivos realizados através de bloqueios guiados por radioscopia e ultrassonografia. A morfina é uma excelente medicação para algumas dores, porém não é a mais utilizada.
– Quais doenças a dor é frequente e não tem cura?
Em praticamente todas as doenças a dor se faz presente como sintoma. Porém, em certas doenças a dor é mais frequente e intensa, como, por exemplo, no câncer. Em algumas situações a dor é considerada a própria doença, como na enxaqueca, neuralgia pós-herpética e na neuralgia do trigêmeo. As cefaleias e as lombalgias são as dores mais comuns.
– Quando uma dor deve ser investigada para não se tornar algo mais grave? Tratamentos caseiros, como compressas quentes, gelo, chás, arnica, ajudam ou mascaram possíveis sintomas e complicações?
A dor é sempre um sinal de alerta, deve sempre ser investigada e o tratamento realizado com orientação médica. O problema desses tratamentos caseiros é o atraso na procura do atendimento médico.
– Quando a dor muscular é causada por uma determinada atividade física, realizar novamente o exercício, ou seja, malhar aquela mesma região ajuda na recuperação ou isso é mito?
Atividade física quando feita de forma adequada e com orientação de um profissional de atividade física dificilmente causa dor. Caso haja dor é necessária uma investigação e o profissional deverá ser informado para readequação da atividade física.
Remédio para combater a dor
“O mais comum é que as pessoas optem por comprimidos para aliviar as dores, como aqueles à base de dipirona ou ibuprofeno e, raramente, vão ao médico, a menos que a dor se prolongue por muito tempo ou seja realmente incapacitante. Mas, é preciso lembrar que há opções de medicamentos em emulgel, que são tão eficazes quanto os comprimidos”, completa Dra. Ana Santoro.
Um exemplo é o CataflamPro que, segundo ela, pode ser um aliado no combate às dores musculares do dia a dia, sendo sua versão Emulgel 1% uma alternativa ao tradicional comprimido. Segundo um estudo clínico realizado pela GSK, comprovou-se que CataflamPro possui a mesma eficácia de um comprimido de ibuprofeno.
“Por ser aplicado diretamente no local dar dor, CataflamPro não causa efeitos colaterais no estômago, além de trazer alívio rápido. Além disso, o ativo fórmula da CataflamPro (diclofenaco dietilamônio) ainda é um anti-inflamatório e analgésico, assim ajuda não somente a aliviar a dor, mas a também a tratar a inflamação”, informa o fabricante.
Da Redação, com Assessorias