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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da população mundial sofrem ou já sofreram com enxaqueca, sendo 70% mulheres, 10% homens e os outras 10%, crianças em idade escolar. O problema traz para a pessoa impactos nos mais variados setores da vida. Foi o que aconteceu com a advogada Débora Silva, de 29 anos, que desde pequena sofria com o problema.

“Aprendi a conviver com a dor, a descobrir quais alimentos ou situações que desencadeiam a crise e tentar evitá-las. Porém, uma em especial estava fora do meu controle, a TPM, que desencadeava uma crise terrível de enxaqueca, além de uma cólica muito forte, que só conseguia controlar com remédios recomendados para dores mais intensas como as que eu sentia”, relata.

Foi depois de uma forte crise de enxaqueca que ela iniciou o tratamento com microfisioterapia, uma terapia que estimula a auto cura através do toque, fazendo com o que o corpo reconheça seu agressor e inicie o processo de reprogramação celular. A técnica não é invasiva e dispensa o uso de medicamentos porque identifica a causa primária de uma doença ou sintoma e estimula a auto regulação do organismo, para que o corpo reconheça o agressor e inicie a reprogramação tecidual.

“Resolvi tentar, fiz duas sessões, mas a segunda foi apenas para uma ‘manutenção’ do sucesso já obtido. Nunca mais tive enxaqueca, daquelas de ficar de cama, ir para o hospital, perder dias de trabalho. Hoje em dia, se me submeto a situações que antes desencadeariam uma crise na certa, como ficar muito tempo no sol ou muito tempo sem comer, eu sinto dor de cabeça, mas daquela que qualquer um sente e um analgésico resolve”, afirma.

Na TPM, Débora ainda sente um leve incômodo, como se fosse o organismo avisando sobre a menstruação, mas algo que às vezes um chazinho já resolve ou no máximo um analgésico. “Dores de ter de parar no hospital, tomar remédio na veia, perder o dia de trabalho, como ocorria praticamente todo mês não acontecem há um bom tempo. Desde setembro de 2016, não sei mais o que é isto”, garante.

Grande parte das pessoas tratadas com a microfisioterapia tem resultados satisfatórios. A maioria consegue se livrar desse mal, e aqueles poucos que não, levam uma vida regular e normal, menos limitante e dependente de fármacos. “Após a primeira sessão, a melhora é de pelo menos 60% nos sintomas. Isso se dá porque a técnica trabalha estimulando o corpo a se livrar da causa e não apenas atacando os sintomas”, afirma Fábio Akiyama, fisioterapeuta que desenvolve um trabalho focado na Microfisioterapia.

Ele explica que a enxaqueca nada mais é do que uma crise de dor de cabeça que pode perdurar por horas ou até mesmo dias, sempre acompanhada de algum sintoma como enjoo, vômito, sensibilidade excessiva a luz, barulhos e cheiros. “Em casos mais severos pode trazer cegueira parcial, pontos luminosos na visão, fala embaralhada, tontura, alteração de humor, problemas de concentração, diarreia e até problemas motores”, revela.

Entenda as causas da enxaqueca

Dor de cabeça é um sintoma com uma infinidade de causas e origens.  As causas da enxaqueca ainda são controversas. “ Há suspeitas de que seja uma resposta química do cérebro e de seus vasos sanguíneos provenientes de hormônios e neurotransmissores, alterando os receptores e vasos cerebrais, modificando assim a modulação da dor, frequentemente associado aos fatores externos como o estilo de vida e seus hábitos”, explica o especialista.

Para resolver o problema, há quem aposte em métodos tradicionais como os medicamentosos, que variam entre antidepressivos, betabloqueadores e neuromoduladores ou alternativos como a acupuntura e reike. Porém, há casos que nenhuma das opções já conhecidas ofertam a solução desejada. Para estes, existe a microfisioterapia.

Fábio explica que essas agressões primárias deixam “cicatrizes” que ficam armazenadas nos tecidos, atrapalhando o funcionamento e desregulando o ritmo vital. “ Através de micro palpações, procuro onde essa “cicatriz”, que ficou armazenada e reconhece qual tecido (músculo-esquelético, tecido do sistema nervo, pele ou visceral) teve essa perda de vitalidade e está com o seu funcionamento afetado. Depois desta etapa, apresento para o corpo a estimulação necessária para que o próprio organismo elimine e produza uma defesa para combater a origem do mal”, destaca. Segundo ele, não há contraindicações para essa técnica.

Da redação, com assessorias

 

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