O mês de outubro ficou marcado pela conscientização do câncer de mama. A mobilização em torno da data, que, anualmente, ultrapassa a comunidade médica e atinge diferentes setores da sociedade, se justifica, já que este é o tipo mais comum entre mulheres (com exceção do câncer de pele). Neste Outubro Rosa, além do alerta sobre as práticas de prevenção, os médicos discutem novos tratamentos, cuidados e formas de lidar com a doença, aumentando a esperança de cura e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
A campanha de 2022 do Outubro Rosa ganha ainda mais importância por conta do período pós-pandemia. Segundo o médico oncologista Alexandre Boukai, da Oncoclínicas Rio de Janeiro, existem alguns fatores sociais e comportamentais que aumentam a incidência da doença, que é mais frequente após os 50 anos. Entre eles estão o tabagismo, o alcoolismo, a obesidade, a vida sedentária.  Alguns destes, como o sedentarismo, foram evidenciados no período pandêmico, o que acendeu um alerta vermelho para a necessidade de conscientização em relação à adoção de hábitos de vida mais saudáveis.

“Sabemos que o câncer de mama é uma doença curável e o diagnóstico precoce é muito importante, aumentando as chances. A pandemia da Covid-19 trouxe mais desafios para o tratamento e rastreio do câncer, já que muitas mulheres tiveram que postergar seu exame de mamografia e consulta médica de rotina, o que pode ocasionar grande impacto, levando a um diagnóstico mais tardio e à redução das chances de cura. Os exames regulares de rastreamento são fundamentais”, defende Alexandre Boukai.

Os tratamentos variam de acordo com a fase da doença e o tipo de tumor. Entre os procedimentos, há cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. Segundo Boukai, os avanços mais significativos estão relacionados a novas formas de se tratar e ao surgimento de novas drogas.

“Muitos avanços têm ocorrido no que diz respeito às novas estratégias de tratamento, trazendo ainda mais possibilidades de cura e de melhora da qualidade de vida para as nossas pacientes. Dentre estes, podemos citar a Imunoterapia, recém incluída para tratamento do câncer de mama triplo negativo, um subtipo de câncer de mama que até pouco tempo atrás tinha apenas a quimioterapia como possibilidade terapêutica” explica.

No último Simpósio Internacional Oncoclínicas e Dana-Faber Cancer Institute, que aconteceu no fim de setembro, além das pesquisas sobre novos procedimentos, algumas discussões chamaram atenção para a necessidade de focar no bem-estar do paciente. A manutenção da qualidade de vida é ponto importante, muitos debates ocorreram neste sentindo, inclusive no que diz respeito à redução de restrições durante o tratamento, como as relacionadas à prática de exercícios e a exposição moderada ao sol.

 

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