Os números da violência contra as mulheres são assustadores. Ao longo da vida, uma em cada três mulheres – cerca de 736 milhões de pessoas -, é submetida à violência física ou sexual por parte de seu parceiro ou sofre violência sexual por parte de um não parceiro, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). As estatísticas apontam que 46% das mulheres vítimas de violência doméstica perdem seus empregos.

Em 2020, primeiro ano da pandemia, foram registrados no Estado do Rio de Janeiro quase 100 mil casos de violência contra a mulher (98.681). Desses, mais de 34 mil foram de forma física e outros 31 mil de forma psicológica. Houve também outros 23 mil casos de violência moral, 5.600 casos de violência sexual e 4.500 casos de violência patrimonial. Na Região Metropolitana do Rio, foram 22.846 vítimas de lesão corporal dolosa e 1.802 vítimas de ameaça.

Em adesão ao movimento pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas, uma mobilização internacional realizada há mais de três décadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Cristo Redentor foi iluminado com a cor laranja, que simboliza o movimento, na noite desta sábado (5). A ação é promovida pelo Grupo Mulheres do Brasil, por meio do seu Comitê de Combate à Violência contra as Mulheres, que também realiza a quinta caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas neste domingo (6), a partir das 9h, no Aterro do Flamengo.

“Precisamos incentivar as mulheres a buscarem sua independência econômica e psicológica para que possam tomar decisões a respeito de suas vidas de forma mais efetiva e parem de colocar suas vidas, por medo de deixarem seus filhos passarem fome ou por dependência emocional. No Grupo Mulheres do Brasil encorajamos as mulheres a se libertarem de seus agressores formando uma rota de fuga do relacionamento abusivo”, afirma Marilha Boldt, líder do Comitê de Combate à Violência contra Mulheres.

As ações no Rio contam com apoio da Secretaria Municipal de Políticas e Promoção da Mulher, Secretaria Municipal de Trabalho e Renda que lidera o Projeto Novos Rumos voltado a mulheres vítimas de violência doméstica junto com o Tribunal de Justiça. Também participam órgãos e instituições como Coordenadoria da Mulher do Município de Niterói, Secretaria Municipal de Mulheres de Itatiaia, Firjan/SESI, OAB RJ, IBDFAM, Detran/RJ, além dos grupos Superação da Violência Doméstica, Mulheres Brilhantes, Miss Cadeirante.

Marcaram presença no Cristo Redentor promotoras de justiças, defensoras públicas e juízas da causa, como Adriana Ramos de Mello, os desembargadores Wagner Cinelli e Andrea Pacha, o procurador do Trabalho Fabio Mobarak, a delegada Sandra Ornellas, além de artistas e influenciadoras como Luiza Brunet e Cristiane Machado. 

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