Questão de pele: campanha mostra como se proteger do sol no verão

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O verão está de graça no Rio de Janeiro neste início de ano… Depois do dia radiante de segunda-feira, o primeiro de 2018, nadica de dias ensolarados por aqui. E até uma chuvinha típica, típica de São Paulo, teima em cair… A previsão é de um janeiro mais chuvoso, com temperaturas mais amenas – para desespero de muitos turistas, e, claro, dos cariocas, que como eu, detestam dias nublados. Porém, a qualquer momento o astro rei pode dar o ar da graça. E é preciso estar preparado.  Afinal, proteger a pele contra os raios solares é fundamental durante todas as estações do ano, mas é no verão que esses cuidados precisam ser redobrados. Pesquisa mostra que apenas um entre cada quatro brasileiros se protege efetivamente do sol.

Além do risco de queimaduras e do envelhecimento precoce, a exposição solar é o principal fator ambiental para o desenvolvimento do câncer de pele. “A exposição solar intensa e intermitente parece trazer maior risco que a exposição contínua e cumulativa, sendo também maior o risco da exposição solar na infância e adolescência”, aponta a oncologista clínica Andreia de Melo, do Grupo Oncologia D’Or. Daí a importância da  divulgação sobre o uso do filtro solar.

Pessoas que trabalham sob exposição direta a raios ultravioletas do sol são mais vulneráveis a desenvolver o  câncer de pele não-melanoma (que corresponde a cerca de um terço dos tumores malignos diagnosticados entre todos os tipos de cânceres). A doença tem maior probabilidade de incidência em pessoas de pele clara, acima de 40 anos e em pessoas que já tiveram doenças cutâneas, o que inclui negros, crianças, mesmo que os casos sejam mais raros.

Pensando na promoção de saúde e na prevenção do câncer de pele, o Grupo Oncoclínicas promove a campanha #questãodepele, na  Lagoa Rodrigo de Freitas (próximo ao parque dos patins), Zona Sul do Rio, das 9h às 12h, neste sábado, 6 de janeiro. O objetivo da iniciativa é conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do conhecimento dos sintomas desse tipo de câncer. Para isso, será montado um cenário onde o público será convidado a tirar fotos e postar a hashtag #questãodepele, e serão distribuídos flyers com dicas de prevenção ao câncer de pele. A ação tem apoio das clínicas do grupo no Rio de Janeiro – Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico, Oncoclínica Radioterapia, Centro de Infusões e Terapias e Centro de Excelência Oncológica.

Risco de câncer de pele: como se proteger e se tratar

Mas apesar de campanhas como o Dezembro Laranja, de prevenção ao câncer de  pele, observa-se que a população não se protege do sol como deveria. “Por isso é fundamental a conscientização de que medidas simples de proteção podem evitar a maioria dos casos de câncer de pele”, afirma a dermatologista do Hospital Oeste D’Or, Valéria Stagi.

O oncologista Frederico Arthur Pereira Nunes, da Oncoclínica, lembra das recomendações de sempre (uso de filtros solares com fator de proteção 15 ou mais, de chapéus, de guarda-sol e de óculos escuros, além de manter distância da exposição ao sol das 10h às 16h). “Estas recomendações continuam válidas e são imprescindíveis para todas as faixas etárias, ajudando a preservar vidas”, ressalta.

Visitas periódicas a especialistas – para avaliação e acompanhamento – também fazem parte desses cuidados. “É fundamental se consultar, periodicamente, com um médico dermatologista. Uma das armas de prevenção mais poderosas é a universalização dos sintomas e da prática do autoexame”, esclarece o Dr. Frederico.

Estudos indicam que quando diagnosticado precocemente, o câncer de pele tem mais de 90% de chances de cura. “Manchas, bolinhas que sangram facilmente, feridas que não cicatrizam, crescimento ou aparecimento de pintas são os principais sintomas da doença. É recomendado que um dermatologista seja procurado imediatamente após a identificação destes sinais”, alerta a Dra Valéria.

Novos tratamentos

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que o câncer de pele é o tipo de tumor de maior incidência no Brasil – a cada ano, 176 mil casos são diagnosticados. Contudo, especialistas destacam os avanços no tratamento, principalmente em estágios avançados, como é a proposta da imunoterapia, e reforçam a importância da prevenção.

Andreia de Melo, do Grupo Oncologia D’Or, afirma que novos medicamentos estimulam o sistema imunológico do paciente a identificar e extinguir as células do câncer. “Nosso sistema imunológico é capazde reconhecer células normais do corpo, o que é essencial para que não sejam destruídas. Ele faz isso utilizando pontos de verificação, que são moléculas que precisam ser ligadas (ou desligadas) para iniciar a resposta imune. As células do melanoma podem ‘aprender’ a utilizar estes pontos de checagem para evitar a sua destruição pelas células de defesa. Estas novas drogas agem sobre estes mesmos pontos, com resultados promissores”, explica.

A oncologista reforça que existem inúmeras terapias em desenvolvimento – envolvendo imunoterapia – que poderão ser encontradas no país nos próximos anos. “Podemos citar a manipulação gênica decélulas de defesa retiradas do próprio indivíduo para serem, depois, reinfundidas com um maior potencial de defesa contra as células tumorais”, finaliza.

Fonte: Oncologia D´Or e Oncoclínica 

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