A doação de sangue é um ato fundamental para salvar vidas e garantir a continuidade de muitos tratamentos médicos. A necessidade de sangue é maior para quem espera por cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS). Em cada operação podem ser utilizadas de duas a seis bolsas. E como situações graves não têm data para ocorrer, é preciso que os bancos de sangue sempre estejam abastecidos, o que pode significar o sucesso ou não de um procedimento de última hora.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 120 milhões de bolsas de sangue são doadas anualmente no mundo, mas a demanda continua alta. No Brasil, apenas 1,4% da população doa sangue regularmente, o que equivale a 14 pessoas a cada mil habitantes, segundo dados do Ministério da Saúde, enquanto a OMS recomenda que esse índice seja de pelo menos 3% para garantir estoques suficientes para situações de emergência.
Em 2024, o Brasil registrou aproximadamente 3,16 milhões de doações de sangue por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Para suprir as necessidades de transfusões, um número ideal seria de cerca de 8 mil doações de sangue por dia em todo o país. Essa baixa adesão pode estar relacionada, em grande parte, à desinformação sobre o processo de doação.
Para reverter esse cenário, campanhas como o Junho Vermelho ganham força ao longo do mês, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue. Além disso, no dia 14 de junho é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma data criada para reconhecer os doadores que ajudam a salvar vidas e incentivar que mais pessoas adotem esse gesto de solidariedade.
A campanha é ainda mais especial nos meses de inverno, quando historicamente os estoques caem devido ao aumento de doenças respiratórias e à redução das doações. A data visa levar informação para quem doa, para quem recebe e para estimular novos doadores. Mais uma vez em seu especial Junho Vermelho, o Portal Vida e Ação reúne informações de diversos médicos hematologistas para esclarecer todas as dúvidas dos leitores interessados em doar sangue. Confira
15 perguntas e respostas sobre o tema
Com o intuito de esclarecer dúvidas e combater os mitos mais comuns, a médica hematologista Camila Gonzaga, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), respondeu às principais perguntas sobre o tema.
1. Somente maiores de idade podem doar?
Não. Jovens a partir de 16 anos podem doar sangue, desde que estejam acompanhados de um responsável legal e com autorização por escrito.
2. O sangue doado pode me fazer falta?
Não. O volume retirado representa menos de 10% da quantidade total de sangue do corpo e é reposto pelo organismo em até 24 horas.
3. Existe risco de contaminação ao doar sangue?
Nenhum. Todos os materiais utilizados são estéreis, descartáveis e livres de substâncias que provocam reações imunológicas. Além disso, o doador passa por uma triagem clínica rigorosa antes da doação.
4. Doar sangue afina o sangue?
Mito. A doação de sangue não interfere na viscosidade ou na concentração do sangue. Tal mito surgiu da correlação com o procedimento médico de Sangria Terapêutica, que é realizado com volume e intervalos diferentes do realizado na doação de sangue.
5. Preciso estar em jejum para doar?
Não. Pelo contrário, o jejum é contraindicado. Recomenda-se fazer uma alimentação leve e evitar alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas nas 24 horas que antecedem a doação.
6. Quem toma medicamentos pode realizar a doação?
Depende. Alguns medicamentos exigem inaptidão temporária ou permanente do doador. A análise é feita com base na legislação vigente, especialmente a Portaria nº 158, de 4 de fevereiro de 2016, que regula os critérios de segurança para doação de sangue.
7. Quem tem tatuagem ou piercing pode doar?
Sim, desde que tenha passado pelo menos 6 meses da realização da tatuagem ou do piercing em pele. Piercings em mucosas, como língua e genitais, impedem a doação enquanto estiverem no local e até um ano após sua retirada.
8. Doar sangue aumenta o apetite ou engorda?
Mito. Ao doar sangue você não tem alteração de apetite e não existe relação com engorda ou emagrecimento.
9. Se eu doar em nome de alguém, o sangue irá direto para essa pessoa?
Não necessariamente. O sangue doado é encaminhado ao banco de sangue e destinado conforme a compatibilidade sanguínea. A doação em nome de alguém, porém, ajuda a manter os estoques e aumentar as chances de atendimento para esse paciente.
10. Quem tem anemia leve pode doar?
Não. A anemia é uma condição que contraindica a doação, pois pode piorar o estado clínico do doador. Apenas pessoas que trataram e se recuperaram da anemia poderão doar, após seis meses do fim do tratamento.
11. Quais testes são feitos no sangue doado?
São realizados exames sorológicos para detecção de doenças como HIV, Hepatites B e C, Sífilis, Chagas e HTLV, além da tipagem sanguínea e outros testes importantes para garantir a segurança da transfusão.
12. Mulheres podem doar durante o período menstrual?
Sim. A menstruação não impede a doação, mas condições como fluxo excessivo serão avaliadas pela equipe médica no momento da triagem.
13. Gestantes e lactantes podem doar?
Não. A gestação impede temporariamente a doação, que só é liberada 12 semanas após o parto ou abortamento. Mulheres em período de amamentação também não podem doar, a menos que tenham passado mais de 12 semanas do parto.
14. Doar sangue traz benefícios ao doador?
Sim. Além da satisfação de ajudar a salvar vidas, em alguns estados, como São Paulo e o Distrito Federal, doadores regulares têm direito à isenção de taxas em concursos públicos, além de atestado para se ausentar do trabalho no dia da doação.
15. É permitido doar sangue todos os meses?
Não. Homens podem doar sangue até quatro vezes ao ano, com intervalo mínimo de dois meses entre as doações. Já as mulheres podem realizar até três doações por ano, com intervalo mínimo de três meses.
Confira 10 perguntas e respostas sobre doação de sangue
Hematologista tira dúvidas e salienta a importância de se manter bancos abastecidos
Hematologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), José Francisco Marques explica que há alguns períodos do ano em que os estoques dos bancos de sangue caem substancialmente, tendo a necessidade de contar com a solidariedade da população e estimular a doação por meio de campanhas.
Geralmente nos períodos de férias, final de ano e Carnaval há uma grande redução por conta das viagens e nos períodos de frio também, pois há uma resistência maior em sair de casa”, ressalta.
Confira abaixo perguntas e respostas importantes do especialista sobre o tema:
1. Quantos anos preciso ter para poder doar?
“A idade mínima para ser um doador é 16 anos. Quem ainda não completou 18 precisa de autorização dos pais ou responsáveis. Já a idade máxima para a doação é de 69 anos, sendo necessário ter efetuado doações antes dos 65 anos”, explica o médico.
2. Quantas vezes por ano posso fazer doações?
“Homens podem fazer doações a cada dois meses, ou seja, o máximo de quatro doações por ano. Já as mulheres o período é maior, por conta das regras menstruais: podem doar a cada três meses, ou seja, três vezes ao ano. Importante lembrar que as gestantes não podem doar”.
3. Há regras sobre peso, alimentação e período de descanso?
“Para doar sangue é preciso pesar no mínimo 50 quilos; ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas; e estar alimentado, evitando alimentos gordurosos no período que antecede a doação de sangue”, lista Marques.
4. Para onde vai o sangue que eu doar?
“O sangue doado fica em ‘bancos’, que abastecem os diversos hospitais. Nestes locais as pessoas podem fazer a doação e receber todas as informações necessárias. Depois de doado, a bolsa de sangue passa por uma série de avaliações para garantir toda a segurança, tanto do doador, quanto do receptor.
5. Não sei o meu tipo sanguíneo. Tem problema?
“Não tem problema! O processo classifica o sangue do doador nos quatro tipos existentes: A, B, AB e O. Enquanto o Fator Rh determina se é positivo ou negativo. Essas informações são essenciais para que as bolsas de sangue sejam destinadas de forma correta ao paciente que irá recebe-las. E cada uma, com aproximadamente 400ml, pode beneficiar até quatro pacientes, dependendo da necessidade apresentada, como hemácias para anemia, plasma, crioprecipitado e plaquetas para hemorragias. O processo é bem rigoroso e ainda classificar e descartar doenças transmissíveis por transfusão, incluindo testes como sífilis, hepatites B e C, HIV, chagas, sorologias e alguns testes moleculares.”, salienta o médico.
6. Tive Covid-19. Posso doar?
“Quem teve Covid-19 pode doar apenas 14 dias após o fim dos sintomas”.
7. Tenho tatuagem. Ainda posso ser doador?
“Sim. É possível doar sangue um ano depois de ter feito tatuagem”.
8. Coloquei piercing. Posso doar sangue?
“Pode, desde que tenha sido no nariz, umbigo ou orelha e não esteja inflamado. Em outras partes do corpo, menos comuns, é recomendável esperar pelo período de um ano, a fim de ter certeza de que não haverá nenhuma inflamação”.
9. Eu tomo medicamentos para controle de pressão. Posso ser doador?
“Tudo depende do tipo de medicamento que está sendo administrado e se a pressão está controlada. Isso pode, e deve, ser avaliado na triagem, antes de se colher o sangue”.
10. Onde posso doar?
“Para realizar o procedimento é preciso comparecer nos hemocentros de Campinas, ou consultar o hemocentro de sua cidade, com documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (por exemplo: Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista ou Carteira Profissional emitida por classe). Também são aceitos os documentos digitais com fotos”.
10 dúvidas e respostas sobre a doação de sangue
O médico Breno Lacerda, hematologista e hemoterapeuta do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), hospital de ensino da Uniube, traz explicações importantes para entender como a doação de sangue impacta a vida dos pacientes, quais são as principais necessidades dos hospitais e os desafios da medicina nesse campo. Confira:
1, Qual é a importância da campanha Junho Vermelho para os hospitais e pacientes que dependem de transfusões de sangue?
O Junho Vermelho é essencial para estimular a conscientização sobre a doação de sangue, especialmente nos meses mais frios do ano, quando historicamente os estoques dos bancos de sangue caem. Para os pacientes, significa ter acesso a um componente que pode ser a diferença entre a vida e a morte.
2. Quais são as principais doenças e condições que mais necessitam de transfusões regulares de sangue?
As transfusões são fundamentais para pacientes com doenças hematológicas crônicas, como anemias hereditárias (ex: talassemia, anemia falciforme), cânceres hematológicos (leucemias, linfomas, mieloma), pacientes oncológicos em quimioterapia que frequentemente precisam de plaquetas e hemácias, pessoas com insuficiências medulares, como na aplasia ou MDS, vítimas de traumas graves e pacientes no pós-operatório complicado com sangramentos. Além disso, gestantes com hemorragias obstétricas também estão entre os grupos que mais dependem desse recurso.
3. O que é considerado um “sangue raro” e por que ele é tão importante para os bancos de sangue?
Um sangue é considerado raro quando possui características muito difíceis de encontrar na população. Isso não se limita ao tipo ABO (como A, B, O ou AB), mas envolve mais de 30 outros sistemas de classificação que definem a presença de diferentes antígenos.
Por exemplo, se uma pessoa não possui um antígeno específico que a maioria da população possui, ela pode reagir mal ao receber sangue comum, tornando essencial encontrar um doador com as mesmas características. Pacientes com doenças hematológicas que precisam de transfusões frequentes, como aqueles com anemia falciforme ou talassemia, estão entre os que mais dependem desse tipo de sangue.
No Brasil, existe o Banco de Sangue Raro, que se dedica a identificar e conectar esses doadores com pacientes que precisam desse tipo específico de transfusão, garantindo que eles recebam o tratamento adequado.
4. Como a doação de sangue pode impactar a recuperação de pacientes com doenças crônicas ou que passaram por acidentes graves?
A transfusão de sangue, nesses casos, restaura o volume e a capacidade de transporte de oxigênio, corrige sangramentos e estabiliza o paciente. Em doenças crônicas, como leucemias e anemias hereditárias, a transfusão permite que o paciente mantenha qualidade de vida, energia e sobrevida até que outras terapias tenham efeito. Em acidentes graves, salva vidas imediatamente.
5. Quais avanços a medicina tem feito para otimizar o uso do sangue doado e reduzir desperdícios nos hospitais?
Hoje, usamos práticas como a transfusão restritiva, com critérios bem definidos para transfundir apenas quando necessário, gestão ativa de estoques com softwares que monitoram validade e demanda, capacitação de equipes médicas para uso racional do sangue e protocolos de Patient Blood Management (PBM), que visam evitar sangramentos e reduzir o uso desnecessário de hemocomponentes.
6. Quais tecnologias ou técnicas médicas estão sendo desenvolvidas para criar substitutos do sangue humano para situações de emergência?
Estudos vêm sendo feitos com hemoglobinas sintéticas, que imitam a função de transporte de oxigênio, sangue artificial a partir de células-tronco, ainda em fase experimental, e expansores de volume como cristaloides e coloides, que não substituem o sangue, mas ajudam na estabilização inicial em emergências. No entanto, até hoje, nada foi capaz de substituir completamente o sangue humano, pois as hemácias humanas são estruturas complexas e dificilmente replicadas por alternativas sintéticas.
7. Existem grupos sanguíneos que são mais críticos para os bancos de sangue?
Sim. Os grupos mais críticos incluem o O negativo (O-), conhecido como doador universal para hemácias, o RH negativo em geral (A-, B-, AB-), que são menos comuns na população e, por isso, mantêm estoques mais baixos, e o AB positivo (AB+), que é o receptor universal de plasma.
8. Quais os principais critérios para que uma pessoa esteja apta a doar sangue e quais fatores podem temporariamente impedir a doação?
Os critérios principais incluem ter entre 16 e 69 anos (menores com autorização), pesar mais de 50 kg, estar em boas condições de saúde e estar alimentado e descansado. Impedimentos temporários comuns incluem febre, infecções recentes, procedimentos invasivos (como tatuagens, piercings) há menos de 6 a 12 meses, gravidez ou amamentação recente e uso de certos medicamentos ou vacinas.
9. Qual o maior impacto que a doação de sangue tem na vida de um paciente?
Uma única doação pode salvar até 4 vidas ao ser fracionada em hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado. Para o paciente, representa uma nova chance de viver, um alívio da dor, ou mesmo a possibilidade de realizar um transplante ou continuar o tratamento com dignidade e segurança.
10. Além das campanhas como o Junho Vermelho, o que mais pode ser feito para aumentar a conscientização e adesão à doação de sangue ao longo do ano?
Educação nas escolas e universidades, parcerias com empresas para campanhas internas, eventos itinerantes com coleta externa e programas de fidelização para doadores frequentes são algumas das estratégias que podem fortalecer a cultura da doação no Brasil.
8 mitos e verdades sobre doação de sangue
Especialista esclarece dúvidas mais comuns no Dia Mundial do Doador de Sangue
A doação de sangue é um gesto simples e nobre que pode salvar vidas. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 1,4% da população brasileira doa sangue anualmente, ou seja, a cada mil pessoas, apenas 14 são doadoras regulares. Embora essa seja uma taxa dentro da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 1% a 3%, o número ainda é considerado baixo.
Para incentivar maior adesão a esse ato de cidadania e solidariedade, foi criada a campanha Junho Vermelho, que reforça a importância da prática, especialmente no Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho.
Em Curitiba, os hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR) utilizam, em média, 9.500 bolsas de sangue anualmente. A biomédica Renata Arrazão, responsável pela Agência Transfusional das duas unidadess, especialista reforça a importância de manter os estoques em níveis adequados.
O sangue e seus componentes são vitais e insubstituíveis para todos os seres humanos. São essenciais para garantir um bom atendimento em urgências, cirurgias e no tratamento de doenças”.
Ainda assim, as dúvidas sobre o processo são frequentes e podem desmotivar muitas pessoas. Por isso, a esclarece algumas das concepções mais comuns sobre a doação de sangue:
- Doar sangue afina ou engrossa o sangue
Mito. A doação não altera a viscosidade do sangue. O volume coletado (cerca de 450 ml) é reposto naturalmente em 24 horas, sem afetar nenhuma característica do sangue.
- Uma doação pode salvar até quatro vidas
Verdade. O sangue coletado é separado em vários componentes, como hemácias, plasma e plaquetas, o que pode beneficiar até quatro pacientes em diferentes condições de saúde.
- Tatuagem e piercings impedem a doação
Mito. A biomédica aponta que o tempo de espera depende da tatuagem, e os piercings variam de acordo com a região do corpo. O recomendado é aguardar 12 meses após a aplicação da tatuagem. Se o piercing for em mucosas ou na área genital, ele pode impedir a doação enquanto estiver no corpo e por até um ano após a sua retirada. Esses procedimentos são considerados invasivos e podem representar risco de contaminação, especialmente quando realizados em locais sem avaliação sanitária adequada.
- Para doar é preciso estar em jejum
Mito. A alimentação ajuda a manter a glicose no sangue em níveis adequados, evitando mal-estar durante o processo. Ao contrário de alguns exames laboratoriais, a doação de sangue visa retirar uma quantidade de sangue do organismo de forma segura e confortável para o doador. Se a pessoa estiver em jejum, ela pode apresentar queda de pressão, tontura ou hipoglicemia. A recomendação é fazer uma refeição leve, evitando alimentos gordurosos nas horas que antecedem a doação.
- Mulheres não podem doar sangue durante o período menstrual
Mito. O período menstrual não compromete a “qualidade” do sangue das mulheres. No entanto, devido à reposição de ferro no organismo, o intervalo indicado para elas é de três meses entre as doações, com um limite de três doações anuais. Já os homens podem doar a cada dois meses, com um limite de quatro doações por ano.
- Não posso doar sangue após ter sido vacinado
Verdade. Renata afirma que “vale consultar qual vacina você tomou, para aguardar o período para realizar a doação”. Algumas vacinas podem impedir temporariamente a doação, podendo ser de 2 dias a 4 semanas após a aplicação da dose. Por isso, é importante informar o profissional de triagem sobre vacinas recentes.
- Somente maiores de idade podem doar sangue
Mito. “Pessoas a partir de 16 anos já podem doar, desde que os menores de idade tenham autorização e estejam acompanhados dos pais ou responsáveis”, explica Renata. A idade máxima é de 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos.
- Posso doar independentemente do meu tipo sanguíneo
Verdade. Não é necessário saber o tipo sanguíneo para doar, já que será identificado através de amostras da coleta. Porém, alguns tipos são mais necessários em certos momentos.
Mitos que ainda afastam as pessoas da doação de sangue e como eles podem ser esclarecidos
“Doar sangue engorda ou emagrece” – falso, a doação não altera o metabolismo.
“Vou me contaminar com doenças” – impossível, o material usado na coleta é 100% estéril e descartável.
“Tenho tatuagem, então não posso doar nunca” – falso, pode doar após 6 a 12 meses, dependendo do caso.
“Tenho pressão alta ou tomo medicação” – muitos hipertensos controlados podem doar normalmente.
“Sou LGBTQIA+ e não posso doar” – falso, a doação de sangue não depende da orientação sexual, mas sim de outros critérios de saúde.
Seja doador
Para doar, é necessário pesar no mínimo 51 kg, estar descansado, alimentado e hidratado (evitando alimentação gordurosa e bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto.
Com Assessorias