O primeiro Ambulatório Pós-Covid-19 do país para tratamento das sequelas do coronavírus funciona no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), no bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e já atendeu mais de 30 mil pessoas em menos de um ano, além de gerar conhecimento para embasar ações de saúde pública. Administrada pela Secretaria de Estado de Saúde, a unidade está desenvolvendo uma grande pesquisa de mapeamento com mais de 7 mil pacientes.

Delegações da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) estiveram no hospital, na última sexta-feira (6/5), conhecendo as instalações do ambulatório. O grupo foi recepcionado pelo secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, e o diretor do Hupe, Ronaldo Damião. Inaugurado em junho de 2021, o ambulatório já registrou 30.330 atendimentos de reabilitação, além de oferecer apoio psicológico e social.

Ronaldo Damião, diretor do HUPE, lembrou que a unidade funcionou como centro de referência no controle e tratamento da Covid-19 durante o auge da pandemia e foi a primeira unidade de saúde pública a abrir um espaço especializado para tratamento da doença.

“É impressionante a recuperação do paciente que chega de cadeiras de rodas sem possibilidade de caminhar e, três meses depois, está correndo na esteira. Foi preciso mudar o conceito inicial de que este paciente pós-covid, após a alta, precisava ficar em casa. Hoje, nós vemos que ele precisa vir para a reabilitação”, ressaltou o diretor do Hupe.

O secretário ressaltou que o Ambulatório Pós-Covid está instalado em um centro acadêmico, um polo de aprendizado. O que, na opinião dele, é indispensável para se pensar políticas e financiamentos de ações futuras para todo o estado.

“Uma das principais funções do ambulatório é atender, mas não fica resumido a isso. Outra preocupação é gerar conhecimento com o aprendizado para todo o estado. A partir de então, podemos pensar como vamos tratar este paciente e organizar a nossa rede para atender às necessidades pós-Covid”,  completou Alexandre Chieppe.

A comitiva foi integrada pela líder técnica da OMS para Covid-19, Maria Van Kerkhove, do representante da OPAS e da OMS no Brasil, Socorro Gross, e pela coordenadora de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastres da OPAS e da OMS no Brasil, Maria Almiron. O encontro também contou com a participação da subsecretária de Estado de Saúde Cláudia Mello e do diretor de Articulação e Estratégia de Vigilância em Saúde, Breno Soares.

Número de óbitos pela doença reduziu 57%

Também na sexta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) a 80ª edição do Mapa de Risco da Covid19, mostra que o Estado do Rio de Janeiro segue em bandeira verde, de risco muito baixo para Covid19. A análise faz a comparação da décima sétima semana epidemiológica (SE 17), de 24 a 30 de abril, com a décima quinta semana (SE 15), de 10 a 16 de abril.

O mapa desta semana mostra que quatro das nove regiões de saúde do estado estão em bandeira verde, o que indica risco muito baixo para a doença. São elas: Baía de Ilha Grande, Baixada Litorânea, Metropolitana II e Metropolitana II. As regiões do Médio Paraíba, Centro Sul, Serrana, Noroeste e Norte permanecem em bandeira amarela (risco baixo).

   

“O cenário da Covid19 no estado entra no terceiro mês em risco muito baixo para a doença. Mesmo assim, não podemos relaxar e descuidar da vacinação. Precisamos que a população que ainda não completou o esquema vacinal retorne aos postos de saúde para receber a imunização”, ressalta o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

No período analisado, o número de internações caiu 62%, saindo de 37 internações, na SE 15, para 14, na SE 17. Os óbitos reduziram 57,1%, passando de 14 óbitos, na SE 15, para 6, na SE 17. Os indicadores apontaram que, no período de 27 de abril a 04 de maio, a taxa de positividade para SARS-CoV-2 em testes RT-PCR foi de 3%. Nesta quinta-feira (05.05), a taxa de ocupação de leitos para Covid19 estava em 20% para UTI e 18% para enfermaria.

A média móvel de atendimentos a casos de síndrome gripal em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), no período de 28 de abril a 4 de maio, foi de 321 pacientes ao dia, indicando uma queda de 15,9% no número de atendimentos nos últimos 14 dias. Nesse mesmo período, a média de solicitações de internação foi de 8 pedidos, o que indica redução de 24%, e a média da fila de espera para internação foi de 8 pessoas, uma queda de 66% nos últimos 14 dias.

Nesta edição do mapa de risco, 4 municípios foram classificados em risco muito baixo (bandeira verde) e 88 municípios, em risco baixo (bandeira amarela).

 

Fonte: SES-RJ

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