O orgasmo faz, ou deveria fazer, parte da vida adulta e senti-lo é tão importante para o bem-estar físico e mental que ganhou um dia só dele: 31 de julho. Para comemorar a data, o Sexlog, maior site de sexo e swing da América Latina, convidou especialistas no assunto para explicar os vários caminhos que podem levar ao ápice do prazer, inclusive aqueles que não demandam a masturbação ou relações sexuais.
Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que o orgasmo é uma reação do corpo humano diante da sensação progressiva de intenso prazer e excitação. De acordo com a psicóloga e especialista em sexualidade Suelen Tavares, o cérebro é o órgão mais importantes quando se trata de prazer e é ele o responsável por enviar as mensagens para que o corpo se prepare para o sexo.
Ela explica que é comum pensar que o sexo se resume ao estímulo do pênis e da vagina e que é necessário ocorrer a penetração. “O sexo é uma experiência e para sentir esse prazer intenso e chegar ao orgasmo é importante estimular os cinco sentidos, assim você estimula seu cérebro a focar no momento presente.”
Um motivo a mais para praticar exercício físico
De acordo com Suelen, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos em 2022, pela pesquisadora Debby Herbenick, apontou que 23,4% das mulheres já tiveram orgasmo quando estavam fazendo exercício físico.
“O que se sabe é que quando praticamos essas atividades são liberados neurotransmissores e hormônios como a serotonina e endorfina, responsáveis pela libido e prazer. Juntando essa sensação prazerosa provocada pela atividade física e o aumento do fluxo sanguíneo na região pélvica, o corpo em movimento intenso e sendo estimulado, acontece essa sensação de orgasmo”, diz.
Explorando a audição
Um bom exemplo de como a audição é importante na hora do prazer são os podcasts eróticos que trazem contos e histórias narradas por vozes doces e sensuais que direcionam o ouvinte a dar asas à imaginação.
No topo da lista dos podcasts de sensualidade do Spotify, está o podcast Sexlog, com histórias picantes baseadas em relatos da própria comunidade, bate-papos sobre fetiche, swing, ménage e outros temas que excitam o público.
O uso de músicas relaxantes ou mesmo de barulhinhos conhecidos como ASMR (Resposta Sensorial Meridiana Autônoma) têm feito a cabeça das pessoas, como uma espécie de masturbação mental, principalmente na internet, onde há uma infinidade de perfis com essa finalidade.
Suelen explica que no caso do ASMR o cérebro é estimulado a imaginar e ele entende que aquilo é real, por isso seu corpo reage e se excita como acontece quando sonhamos. “Se você possui fantasias, mas ainda não se sente pronta (o) para realizar ou quer só ficar na imaginação, estimule seu cérebro, fantasie, leia e escute”, indica.
Hipnoterapia
A hipnotista e performer, Madame Duba, atua com disfunções sexuais em homens e mulheres. Ela conta que as queixas principais de seus clientes são anorgasmia (dificuldade ou incapacidade de chegar ao orgasmo), falta de libido e pessoas com deficiência que não têm sensibilidade em determinadas partes do corpo. Ela afirma que com a hipnose é possível ter orgasmos sem necessariamente tocar no corpo ou nas zonas erógenas. “Eu consigo apenas fechar o olho e já sentir um orgasmo. É bem doido, mas é bem legal!”, afirma.
A profissional explica que a hipnoterapia auxilia na desinibição, de forma divertida e que ativa gatilhos para que a pessoa chegue ao orgasmo de maneira mais fácil. “Já atendi uma mulher com vaginismo e, por meio da hipnose, consegui deixá-la no controle das suas sensações até ser confortável para ela”, comenta.
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Orgasmo durante o sono e momentos de relaxamento
A mentora sexual Bianca Torres, explica que os orgasmos durante o sono podem acontecer por meio de sonhos eróticos. Mesmo sem nenhum estímulo, o corpo chega ao clímax. “Ficar um tempo sem transar, pensar muito em sexo durante o dia e mudanças hormonais podem contribuir para os orgasmos durante o sono.”
Para quem quer experimentar essa sensação sem nenhum toque ou estímulo físico, ela indica exercícios de visualização, respiração, movimentos e sons feitos por praticantes do tantra (filosofia comportamental com origem indiana) e taoismo (filosofia de vida e religião chinesa milenar).
Ela explica que estes estados orgásticos são diferentes dos orgasmos de pico experimentados em estímulos clitoriano em pessoas com vulva ou orgasmo ejaculado em pessoas com pênis. “O orgasmo energético não é como uma onda, ele é mais oceânico. Alguns terapeutas tântricos oferecem massagem sem toque que levam ao clímax por meio da manipulação energética do corpo interagente”, explica.
Fonte: Sexlog