Estamos chegando naquela reta final de dezembro, um período que, para muitos, deveria ser de descanso, celebração e renovação, mas que acaba se tornando uma verdadeira maratona de estresse e excessos.. No quadro ‘VIDA E AÇÃO’ da Rádio Roquette Pinto desta segunda-feira (22), falamos sobre dois fenômenos que caminham juntos nesta época: o consumismo desenfreado e a chamada “dezembrite”. O quadro vai ao ar no programa Painel, apresentado por Jorge Ramos, e a rádio pode ser sintonizada no dial 94,1 FM e também pela internet – acesse aqui.
O que significa a ‘Dezembrite’?
Você já sentiu aquela ansiedade inexplicável, um cansaço extremo ou a sensação de que o tempo está escorrendo pelas mãos enquanto você tenta dar conta de compras, festas e metas não batidas? Sabe aquela pressão para que tudo seja perfeito? Isso acontece quando perdemos de vista o que realmente importa.
Pois saiba que você não está sozinho. A ‘dezembrite‘ não é um diagnóstico médico oficial, mas é um termo que psicólogos e especialistas usam para descrever esse estado de melancolia, ansiedade e exaustão que atinge muita gente em dezembro.
Isso nada mais é que o peso das expectativas. A cobrança para estar feliz o tempo todo, a pressão para reunir a família perfeitamente e, claro, o balanço de tudo o que planejamos em janeiro e não conseguimos realizar.
O ciclo do consumo e o bem-estar
Somado a isso, temos o gatilho do consumo. O comércio nos empurra para o consumismo, mas a nossa saúde pede equilíbrio. Somos bombardeados com a ideia de que o afeto é medido pelo valor do presente.
Em meio a essa sensação, precisamos falar sobre a dopamina. Quando compramos algo novo, nosso cérebro libera uma sensação rápida de prazer. O problema é que esse prazer é fugaz. Logo após a compra, o nível de satisfação cai, e a ansiedade volta, muitas vezes acompanhada de culpa financeira.
As luzes de Natal e as promoções “imperdíveis” criam uma falsa urgência que nos empurra para gastos acima das nossas possibilidades. O resultado? Janeiro chega com dívidas e uma ressaca emocional difícil de curar.
Gastar o que não se tem para impressionar quem não se conhece não é saúde mental. O verdadeiro bem-estar de fim de ano vem da presença, e não necessariamente do presente.
Menos excesso, mais presença
O segredo para uma transição de ano saudável está no equilíbrio. Que a gente possa trocar o “ter” pelo “ser”. Que o foco saia das vitrines e volte para o nosso interior, para a nossa saúde física e mental.
Lembre-se: o melhor investimento que você pode fazer neste fim de ano é em você mesmo, na sua paz de espírito. Não deixe que o barulho das compras abafe a voz do seu bem-estar.
Neste fim de ano, troque o burburinho dos shoppings pelo silêncio de um abraço. Troque o consumo desenfreado pela paz de uma consciência tranquila. O verdadeiro espírito do Natal não está no tamanho do presente ou no luxo da ceia.
O excesso de comida, o abuso de bebidas alcoólicas e o uso de outras substâncias, lícitas ou ilícitas, são armadilhas que mascaram o cansaço emocional. O corpo sente o peso desses exageros.
Se você vai pegar a estrada, o cuidado deve ser redobrado. Lembre-se: a pressa de chegar não vale o risco da sua vida ou a de outras famílias. Dirija com responsabilidade, respeite os limites e, se beber, nunca assuma o volante. O melhor destino é sempre o retorno para quem amamos.
Dicas para um fim de ano equilibrado
Como, então, sobreviver à ‘dezembrite’ e fugir da armadilha do consumismo? Aqui vão algumas sugestões práticas:
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Pratique o “suficiente”: Antes de comprar, pergunte-se: “Eu preciso disso agora ou estou apenas tentando aliviar meu estresse?”. Estabeleça um teto de gastos e respeite-o.
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Reduza a velocidade: Não é obrigatório ir a todas as confraternizações. Dizer “não” para alguns eventos é dizer “sim” para o seu descanso.
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Foque no significado: Muitas vezes, um cartão escrito a mão ou um tempo de qualidade com quem amamos tem muito mais valor emocional do que um objeto eletrônico caro.
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Seja gentil com você: Não se castigue pelas metas que não foram cumpridas em 2025. O ano novo é uma oportunidade de recomeço, mas o seu valor não depende da sua produtividade.
Solidariedade que transforma
Por fim, é importante lembrar que este é um tempo de conexão. Em vez de focar apenas no que podemos comprar, que tal focar no que podemos oferecer? A verdadeira Atitude Sustentável começa no olhar para o próximo. Existem populações vulneráveis que precisam de roupas, alimentos e brinquedos e diversas ações solidárias podem conectar você com quem realmente precisa.
Mas você também pode doar o que não tem preço: a vida. Considere ser um doador de sangue, de medula ou declarar sua vontade de ser doador de órgãos. Um gesto seu pode ser o milagre de Natal de outra família.
O Vida e Ação acompanha você
No Vida e Ação, o nosso foco é o equilíbrio e estamos comprometidos com o seu bem-estar durante todo o ano. Por isso, preparamos o nosso Especial Fim de Ano e o Especial de Verão, trazendo dicas de saúde e lazer consciente. Também estamos atentos ao Dezembro Laranja, reforçando a prevenção ao câncer de pele neste sol forte do Rio.
A nossa Agenda Positiva deste mês convida você para o exercício da solidariedade. Quer saber mais sobre nossas seções como Boas Ações e como manter uma rotina equilibrada? Aqui no você encontra conteúdo exclusivo para transformar sua intenção em atitude para 2026.
Desejamos a todos um encerramento de ciclo com muita saúde e segurança. Que o seu Natal seja marcado pela presença, pela sobriedade e pelo amor ao próximo. A gente se encontra na próxima frequência.
