Além de respiradores, medicamentos, uso de máscaras e álcool em gel, a alimentação está entre os fatores decisivos na rotina de combate à Covid-19. Não com receitas milagrosas, mas sim com um cardápio pensado para garantir uma resposta melhor do sistema imunológico na prevenção e também recuperação da doença.

Com isso, os profissionais da área de Nutrição entram na linha de frente para auxiliar a população na orientação científica e embasada sobre vitaminas e minerais necessários para garantir uma alimentação saudável.

Dentre tantas mudanças de hábitos na vida dos brasileiros desde março de 2020, quando a pandemia começou, uma está bem presente: a preocupação com a alimentação e com o que está sendo consumido. Muitas pessoas terem passado a trabalhar remotamente, adotando o homeoffice e, consequentemente, tendo mais tempo – e necessidade – de preparar as próprias refeições.

No entanto, a tarefa de cozinhar todos os dias trouxe para muitas pessoas a necessidade de um acompanhamento profissional, que trouxesse o equilíbrio necessário. É o que mostra a pesquisa da plataforma de saúde digital Conexa Saúde, que registrou um aumento de mais de 330% no número de atendimentos em telenutrição, entre janeiro e maio deste ano.

Neste novo cenário, os profissionais de Nutrição nunca foram tão lembrados e procurados. Atualmente o país possui cerca de 158 mil profissionais de nutrição e 600 cursos autorizados pelo MEC, segundo a Consulta Nacional de Nutricionistas realizada em fevereiro de 2021. Deste total, 94% são mulheres e 6% homens, que atuam nas diversas áreas: clínica, saúde pública, esportiva, alimentação coletiva, docência, indústria, marketing, entre outras.

Já o Conselho Federal de Nutrição (CFN) aponta que existem cerca de 132 mil profissionais no país, que podem atuar nos mais diversos segmentos do mercado, desde hospitais e escolas a clínicas particulares e ginásios esportivos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 60% da população brasileira estão acima do peso ideal.

Com a normatização das consultas on-line pelo Conselho Federal de Nutrição (CFN) desde o início do ano passado, os atendimentos por videoconferências se tornaram viáveis e se encaixaram na rotina dos pacientes. Desta forma, também por meio de aplicativos, os profissionais conseguem definir o planejamento alimentar de cada paciente e compartilhar as principais dicas e receitas.

De acordo com a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), em seu site, o momento pede uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas e minerais que possam auxiliar na imunidade da população.  O zinco, por exemplo, é um mineral encontrado em fontes de origem animal e fundamental para o aumento da produção das células de defesa do corpo. Mas o consumo deve ser sempre feito sem excessos e bem orientado para não prejudicar a absorção de outros minerais como ferro e cobre.

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Mais sobre o Dia do Nutricionista

Não dá para falar de vida em sociedade sem citar cada um desses profissionais que desempenham suas atividades nas clínicas, que fazem parte da vida dos 41 milhões de crianças e adolescentes que se alimentam da merenda nas escolas públicas todos os dias, que promovem um estilo de vida adequado para os que buscam reeducação alimentar, na recuperação de doentes em hospitais e em outras tantas maneiras de expressar o amor por meio do equilíbrio da vida.

O Dia do Nutricionista (31 de agosto) celebra a importância do profissional responsável por proporcionar saúde a seus pacientes por meio de alimentos e estilo de vida equilibrado. Suas responsabilidades vão muito além do emagrecimento e dieta, utilizando também seus conhecimentos para garantir o bem-estar e conscientização acerca da alimentação saudável à toda população.

A data foi instituída pela Associação Brasileira dos Nutricionistas (ABN) em 1949, sendo posteriormente substituída pela Federação Brasileira de Nutricionista e, em seguida, pela Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), que congrega profissionais e estudantes de nutrição do Brasil até hoje.

A profissão chegou ao Brasil no ano de 1939, com a criação do curso de Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), tendo o reconhecimento e prestígio notável ao longo do tempo. Três décadas depois, o Ministério da Educação estabeleceu regimentos ao curso que deram respaldo para a regulamentação da profissão de nutricionista em 1967.

O Conselho Federal e Regional surgiu logo em seguida, no final dos anos 70. Uma das explicações para o desenvolvimento da atividade deve-se ao Programa Nacional de Alimentação e Nutrição, criado em 1972, que impulsionou a criação de cursos na área e o aquecimento do mercado de trabalho.

 

Empresas focam nos nutricionistas

A indústria alimentícia tem mudado os rótulos dos produtos, deixando mais evidente a composição e os ingredientes. Os nutricionistas também ajudam na troca e compensação dos alimentos, indicando produtos mais saudáveis e menos nocivos à saúde do organismo. Nessa lista estão os orgânicos, por exemplo, que vêm caindo cada vez mais no gosto dos brasileiros.

De acordo com a Organis (Associação de Promoção dos Orgânicos), que ouviu produtores rurais, indústria, distribuidores, feirantes e varejistas de todas as regiões do país, somente no primeiro semestre deste ano, os orgânicos conseguiram se adaptar aos impactos sociais e econômicos provocados pela pandemia, já que 69% das empresas que atuam nesse mercado cresceram durante a pandemia.

Algumas indústrias viram na pandemia o momento ideal para ampliar ações e ajudar ainda mais os profissionais da nutrição. É o caso da Jasmine Alimentos, que lançou, em julho deste ano, um portal exclusivo para nutricionistas e profissionais da saúde aperfeiçoarem seus atendimentos.

“Se antes já víamos os nutricionistas como profissionais essenciais para uma boa alimentação, neste momento eles se tornam ainda mais necessários. São muitas as preocupações atuais com a alimentação dentro das casas dos brasileiros, que vão desde a comida de todo dia, para as principais refeições, até a compra de produtos mais saudáveis nos supermercados para consumir no decorrer do dia”, comenta a gerente de Marketing da Jasmine Alimentos, Thelma Bayoud.

Nutricionistas garantem alimentação saudável em empresa

Na prática, as ações devem ser aplicadas no dia a dia e também nas empresas, como é o caso da Alegra, indústria de alimentos derivados de carne suína do Paraná. “Nós buscamos manter uma tabela nutricional completa nas refeições dos colaboradores, além de redobrar as medidas de segurança na entrega desses alimentos, já que um cardápio balanceado e a ingestão de muita água durante o dia são mais algumas formas de proteção para todos”, explica a nutricionista da Alegra, Alaíssa Scudlarek.

Além da atenção na elaboração das refeições, a indústria adotou novos processos para garantir o cuidado com os colaboradores. “Passamos a usar o sistema de marmitas, retiramos objetos que possam ser foco de contaminação por meio de superfícies, como bandejas e talheres, instalamos pedaleiras nas máquinas de suco, para evitar o contato direto com a mão, além dos cuidados gerais de todos os setores, como distanciamento, uso de álcool em gel, máscaras e tapetes higienizantes”, ressalta.

No processo de produção da indústria, o cuidado também faz parte da rotina. “Todos os alimentos da Alegra são avaliados nutricionalmente para garantir a qualidade da carne. Além disso, os derivados da carne suína são uma excelente fonte de proteína, ferro, potássio e vitaminas do complexo B, sendo uma ótima opção para compor uma refeição completa e variada”, finaliza.

Desde 1949, no dia 31 de agosto, é comemorado o Dia do Nutricionista. Criada pela Associação Brasileira do Nutricionistas, a data é uma homenagem a esses profissionais tão importantes para a qualidade de vida e saúde dos seres humanos.

“Dentre as nossas diversas funções, somos responsáveis por planejar programas de alimentação para as pessoas, além de preparar dietas específicas visando auxiliar no bom funcionamento do corpo, junto ao bem-estar”, comenta Jessica Santosnutricionista da Superbom.

“Cabe a um nutricionista avaliar o organismo do indivíduo e todas as suas necessidades calóricas diárias e, a partir disso, definir uma dieta personalizada de acordo com as demandas nutricionais de cada um. Indicamos formas mais adequadas de se consumir alimentos saudáveis, avaliando os hábitos alimentares e identificando certos alimentos que precisam ser eliminados da dieta, os substituindo por alternativas mais saudáveis”, ressalta Jessica.

No entanto, a profissão não se restringe apenas à reeducação alimentar, sendo fundamental nas atividades do âmbito da indústria alimentícia. “O nutricionista garante que o melhor produto chegue até o consumidor, realizando projetos de desenvolvimento e assegurando sua melhor qualidade. O profissional é responsável também pelo o processamento de produtos industrializados e pode, até mesmo, auxiliar na área do marketing”, acrescenta David Oliveira, diretor de Marketing da empresa.

Com Assessorias

 

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