Um dia você está bem e, no dia seguinte, percebe manchas indolores e avermelhadas na pele (urticas), que causam uma coceira incessante e inchaço (angioedema), sendo que esse último pode causar dor e ardor que acabam atrapalhando até o seu sono. Muitos podem associar essas reações cutâneas com uma alergia, mas esses sinais podem ser indícios de uma urticária.

Quando os sintomas persistem por seis semanas ou mais, ela deixa de ser aguda e passa a ser considerada crônica. Além disso, cerca de 67% das pessoas com urticária crônica não conseguem conectar o surgimento das lesões (urticas) a nenhum agente externo, o que caracteriza a Urticária Crônica Espontânea (UCE).

O dia 1º de outubro é dedicado à conscientização dessa doença que atinge mais de um milhão de brasileiros. A urticária gera impactos físicos, emocionais e sociais, afetando sobremaneira a qualidade de vida dos pacientes. Porém, quando tratados corretamente, 92% dos pacientes alcançam um controle completo da doença, ficando totalmente livres das lesões, coceiras e inchaços. E conseguem viver sem nenhum sinal da doença. 

Tudo sobre UCE: campanha tem Ticiane Pinheiro como madrinha

Ticiane Pinheiro é a nova madrinha de campanha para esclarecer sobre a urticária crônica espontânea (Foto: Divulgação)

Para expandir acesso à informação sobre a UCE e conscientizar as pessoas sobre as possibilidades de tratamento, a Novartis lançou, pelo terceiro ano consecutivo, a campanha Tudo Sobre UCE, um movimento nacional de conscientização sobre a doença.

Em edições passadas, a campanha contou com a participação de Eriberto Leão (2018) e Deborah Secco (2019). Em 2020, a apresentadora Ticiane Pinheiro é quem veste a camisa como embaixadora da causa – nenhum dos famosos, entretanto, declarou sofrer da doença ou revelou o cachê para participar da campanha.

“Por falta de conhecimento, algumas pessoas passam anos convivendo com esses sintomas, sem descobrir a doença e às vezes desistem do diagnóstico. Por isso é muito importante divulgar”, conta Ticiane.

A nova campanha focada na conscientização da doença acontecerá em ambiente digital, com conteúdo explicativo em vídeos postado periodicamente nos canais oficiais da campanha: YouTube (canal Tudo sobre UCE) e Instagram (@tudosobreuce) – e também nas redes sociais da apresentadora.

 

Os efeitos psicológicos da UCE, que atinge mais as mulheres

O médico alergista Luis Felipe Ensina explica que a UCE interfere bastante na vida dos pacientes, que deixam de se relacionar com amigos, familiares e colegas de trabalho, tendem a se isolar socialmente, além de sofrer com a privação do sono.

“Geralmente, as pessoas não sabem que estamos falando de uma doença não contagiosa. As lesões na pele fazem com que o paciente se sinta envergonhado e com medo de sofrer discriminação, enquanto as pessoas ao seu redor também podem demonstrar receio em se aproximar de alguém com urticas e/ou angioedemas”, explica.

A UCE é mais comum em pessoas entre 20 e 40 anos, atingindo duas vezes mais mulheres do que homens. “Sabemos que jovens adultos são os mais atingidos, porém, precisamos ficar atentos aos sintomas em qualquer idade”, afirma o especialista.

https://www.youtube.com/watch?v=5rMhjdhOwOQ

O que fazer para diagnosticar e tratar a doença?

Placas avermelhadas que coçam e incomodam bastante por mais de 6 semanas podem ser sinal de UCE (Reprodução de internet)

O médico também alerta que a diferença principal entre a UCE e os outros tipos de urticária crônica é em relação aos desencadeantes dos sintomas.

“A UCE não é causada por nenhum fator externo como perfumes, produtos de limpeza, frio, calor, água, estímulos físicos, luz solar, estresse ou sobrecarga emocional. Os pacientes não sabem quando os sintomas irão surgir, justamente por não existir um gatilho. As causas conhecidas estão associadas à autoimunidade, que faz com que o sistema imunológico do paciente ataque sua própria pele”, enfatiza Ensina.

https://www.youtube.com/watch?v=nY-h258sGNo

Por isso, buscar um alergista ou dermatologista para que seja feito o diagnóstico e, posteriormente, a indicação do tratamento correto, é fundamental para o controle da doença. O diagnóstico da UCE é simples e baseado na história clínica e lesões características. No entanto, algumas vezes são necessários exames para afastar outras doenças que poderiam se manifestar como urticária.

As diretrizes médicas recomendam que os pacientes sempre iniciem o tratamento com anti-histamínicos, mas grande parte não atinge o controle esperado da doença com esses medicamentos. Por isso, são recomendadas outras opções terapêuticas e a utilização de terapias mais avançadas, já disponíveis no Brasil, para garantir aos pacientes uma melhor qualidade de vida. 

 

Com Assessoria da Novartis

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