Atualmente a mamografia de rotina é disponibilizada apenas para mulheres entre 50 e 69 anos no Sistema Único de Saúde (SUS). Mas um movimento nacional quer permitir às mulheres a partir dos 40 anos fazer o exame anualmente no sistema público de saúde, contribuindo para a detecção precoce do câncer de mama.

A iniciativa brasileira segue as recomendações das sociedades médicas nacionais e internacionais de que a mamografia é a forma mais eficiente para a detecção precoce do câncer de mama, aumentando a possibilidade de tratamentos menos agressivos e a redução da mortalidade.

Durante cinco meses, uma campanha conseguiu engajar uma parcela importante da sociedade para o tema. Mais de 900 mil mensagens em defesa do Projeto de Decreto Legislativo nº 679/2019, de autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), foram enviadas aos deputados federais.

No dia 4 de fevereiro de 2021, o deputado Jesus Sérgio (PDT-AC) apresentou um novo Projeto de Decreto Legislativo (PDL 9/2021) com o mesmo objetivo da PDL nº 679/2019 de sustar a portaria de 2015 e devolver às mulheres o direito ao exame SUS a partir dos 40 anos.

Mas, afinal, a mamografia deve ser realizada apenas após os 40 anos?Esse é um dos mitos que cercam os exames preventivos femininos. Segundo especialistas, a mamografia é um exame radiológico das mamas e é utilizada como rotina anual a partir dos 40 anos – ou antes para pacientes que possuem histórico familiar de câncer ou nódulos na mama.

A mamografia pode detectar o câncer de mama em suas fases iniciais, inclusive quando ainda não é palpável. O exame também pode ser indicado para pacientes que apresentem nódulos palpáveis ou secreção papilar”, explica Fernanda Philadelpho, coordenadora médica radiologista e especialista em saúde feminina do Bronstein Medicina Diagnóstica.

Confira outros mitos e verdades sobre exames femininos

Com a proposta de promover a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças mais comuns entre as mulheres, a especialista traz uma relação de verdades e mitos para que as pacientes possam sanar dúvidas das mulheres. Confira!

  1. Câncer de mama é a única doença diagnosticada pela mamografia?

Mito. O exame possibilita também diagnosticar nódulos benignos, lesões de alto risco para o câncer, doenças inflamatórias e alterações pós-terapêuticas, como cirurgias e radioterapias.

2. O Papanicolau é o mesmo exame que a Colpocitologia Oncótica?

Verdade. O nome mais conhecido é Papanicolau, porém, seu médico também pode colocar no pedido Colpocitologia Oncótica. Trata-se de um exame preventivo, ou seja, que permite retirar lesões que ainda são benignas. Desta forma, é um importante método para a prevenção do câncer de colo do útero e, também, para detectar processos inflamatórios. O exame permite, ainda, uma avaliação hormonal da paciente.

3. A Colposcopia serve para esclarecer as alterações de um Papanicolau?

Verdade. Com este exame visualiza-se o colo do útero por meio de um microscópio, sendo possível diagnosticar alterações inflamatórias e lesões suspeitas de HPV.

4. HPV e Sífilis podem ser diagnosticado pelo Papanicolau?

Verdade. O exame preventivo faz o diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis como a Sífilis e a Gonorreia, câncer de colo do útero e de infecções vaginais, como a Candidíase.

5. A Densitometria Óssea deixa a paciente muito exposta à radiação e pode ser prejudicial à saúde?

Mito. Esse é o melhor e mais moderno método para diagnosticar a osteoporose. Rápido, indolor e com baixa exposição à radiação, este exame é capaz de quantificar a massa óssea e o risco de uma possível fratura.

6. A Ultrassonografia Pélvica só pode ser realizada via endovaginal?

Mito. Esse exame pode ser feito via abdominal ou endovaginal e permite avaliar bexiga, útero e ovários, assim como detectar doenças dos órgãos pélvicos, como miomas uterinos, cistos ovarianos, pólipos, entre outros.

Com Assessorias

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