Na última quinta-feira (2), foi divulgada a morte da jornalista Glória Maria, em decorrência da falta de resposta do tratamento para combater novas metástases cerebrais. A notícia pegou de surpresa o Brasil, que está acostumado com a presença marcante da jornalista que é considerada um ícone da televisão brasileira.

Em momentos como esse, as pessoas geralmente têm boas intenções quando tentam consolar alguém que está de luto. Mas utilizar as palavras certas é difícil, e às vezes a linguagem errada pode até magoar quem já está passando por uma situação dolorida.

Na maioria dos casos, é difícil passar pela situação e a presença de alguém próximo pode ajudar. “Uma das atitudes mais importantes para quem está passando pelo luto é não optar pelo isolamento. A companhia de pessoas queridas é primordial nesses momentos”, diz Milene Rosenthal, co-fundadora da Telavita, clínica digital de saúde mental.

Mas a profissional lembra que quem está acompanhando o sofrimento de alguém precisa se atentar a detalhes que fazem a diferença. “Possíveis erros na forma como expressamos nossa simpatia pelos outros geralmente surgem de nosso desconforto em testemunhar outra pessoa com dor. Mas nunca é tarde demais para deixar alguém saber que você se importa”, acrescenta.

Para aqueles que buscam ideias sobre como ser verdadeiramente solidários, Milene dá algumas dicas sobre como centralizar a compaixão quando respondemos ao luto e à perda.

Evite dizer que vai ficar tudo bem – As pessoas que sofrem perdas não querem ouvir coisas do tipo que seu ente querido está em um lugar melhor. Em vez disso, simplesmente assegure-lhes que você está com eles.

Valide a dor que a pessoa compartilhar – Você pode dizer que o que ela sente faz sentido ou que não há problema em sentir as emoções com as quais está lidando.

Não pergunte a alguém em luto o que você pode fazer por ela – Eles já tem muitas coisas em suas mentes. Em vez disso, faça ofertas específicas: “Posso deixar café?” ou “Posso me sentar com você?”.

Evite comparar o sofrimento de outra pessoa com o seu – Em vez de dizer: “Eu também perdi alguém, então sei como você se sente”, diga: “Sei o quanto isso é doloroso para você”.

Afaste-se – É difícil testemunhar o sofrimento, então afaste-se quando precisar. Quando você tiver a chance de recuperar suas forças, retorne ao acompanhamento de seu familiar ou amigo que está de luto.

Glória Maria recebe homenagem do Canal Brasil

Lázaro Ramos entrevistou a jornalista Glória Maria no programa “Espelho”, exibido em 2013 no Canal Brasil (Foto: Mariana Vianna)

A jornalista e apresentadora Glória Maria, de 73 anos, morreu, na manhã desta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro por complicações de um câncer no cérebro. Ela lutava há três anos contra o câncer, que foi diagnosticado inicialmente no pulmão.

Glória escreveu seu nome na história como uma das mais importantes personalidades do jornalismo brasileiro. Glória começou sua carreira na Globo em 1970, como radioescuta e em 1971 estreou como repórter, em uma época em que jornalistas ainda não apareciam na TV. Desde então, ela passou pelo Jornal Hoje, RJTV, Bom Dia Rio, Jornal Nacional, Fantástico e Globo Repórter, além de ter mostrado mais de 100 países em suas reportagens.

A jornalista foi homenageada pelo Canal Brasil com a exibição da entrevista dada por ela ao ator Lázaro Ramos para o programa ‘Espelho’, em 2013. O tributo foi exibido na madrugada do dia 2 para o dia 3 de fevereiro, à 0h30. Na entrevista, Glória contou um pouco de sua trajetória profissional, suas viagens e sua infância, além de falar sobre a adoção e educação das duas filhas e de sua relação com a avó, que foi quem lhe ensinou princípios básicos da vida.

“A minha avó contava que os valores dela eram os valores da liberdade, porque ela tinha toda uma história de falta de liberdade. Ela não me ensinou nada sobre casar, nada disso, ela só me dizia que eu tinha que ser livre, porque a nossa história é de escravidão. E ela falava isso muito naturalmente, era a única coisa que ela sabia, que eu nunca deixasse que tirassem a minha liberdade, que nunca fosse escrava de novo. Isso eu tento passar para as minhas filhas, que elas têm que ser livres. Sempre, a qualquer custo”.

 

Com Assessorias

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