O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou na manhã desta segunda-feira (28) a criação da Central Unificada de Regulação no estado do Rio de Janeiro. O anúncio foi realizado durante a inauguração do Centro de Diagnóstico de Câncer de Próstata do Inca II, no Centro do Rio, com a presença do secretário de Estado de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Junior, e do secretário municipal de Saúde, Marco Antônio de Mattos.
– Em todos os estados temos um comando para que a Central de Regulação organize as demandas do SUS, porque os usuários são do SUS, e não do estado ou município. Para isso, quando ele necessitar de um serviço, deve usar uma fila única. Dessa forma ele saberá o seu lugar na fila e como evolui esse andamento. Quero agradecer aos secretários pelo entendimento para a inauguração – declarou o ministro.
Para o secretário estadual de Saúde, a unificação da central de regulação garantirá ao cidadão mais agilidade no atendimento, tendo em vista que a regulação passará a ter acesso a todos os leitos de todas as unidades do estado.
– A Central Unificada de Regulação vai trazer mais celeridade aos atendimentos, porque vamos passar a ter os leitos das unidades federais regulados por essa mesma central. Poderemos garantir o acesso de forma igual a quem mora na capital às pessoas que vêm de regiões populosas e que não possuem uma maior estrutura de atendimento especializado, como a Baixada Fluminense e São Gonçalo – afirmou o secretário.
A unificação dos serviços está prevista para a primeira quinzena de dezembro, e deve ocorrer de forma progressiva. O atendimento passará a ser realizado no Centro Integrado de Comando e Controle do Governo do Estado (CICC), onde já funciona parte da regulação estadual. O serviço municipal também será transferido para o prédio do CICC, no Centro do Rio.
– O mais difícil já conseguimos: que era determinar as competências, quem ia regular o que e a responsabilidade por cada serviço. Isso já está bem definido. A partir de agora acreditamos que essa organização só vai facilitar a vida das pessoas – conclui Luiz Antônio.
“Com estas ações estamos organizando a rede de assistência do estado do Rio de Janeiro e melhorando a oferta de serviços a partir da especialização de cada unidade. A expectativa é ampliar em 20% o número de cirurgias com a mesma estrutura. A unificação da central de regulação deve organizar as demandas do SUS numa fila única, os pacientes saberão seu lugar na fila. É preciso um sistema organizado e é isso que estado e municípios estão articulando junto às unidades federais, para que todos ofertem um conjunto de serviços adequado à população”, reforçou o ministro Ricardo Barros, durante o anúncio.
Meta é aumentar em 20% o atendimento em oncologia, ortopedia e cardiologia
As novas medidas integram o plano de reestruturação dos hospitais federais, que prevê a especialização de cada uma das seis unidades em determinadas áreas de atuação, qualificando a assistência e ampliando a oferta dos serviços à população. A meta, segundo o Ministério, é aumentar em 20% o atendimento em oncologia, ortopedia e cardiologia. O anúncio ocorreu durante a inauguração do Centro de Diagnóstico de Câncer de Próstata do Inca, no Rio de janeiro.
“A iniciativa do plano de reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro, que já está em curso, visa aperfeiçoar o atendimento oferecido na capital do Rio. Foi empreendido pelo Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH). A especialização das unidades possibilitará um aumento do número de procedimentos realizados e maior qualificação das equipes de profissionais. Setores com baixa produção em uma unidade serão realocados para outra, onde a estrutura existente poderá ser melhor aproveitada pela população”, informa o órgão.
Para viabilizar a proposta, está em andamento o processo de especialização das unidades federais no Rio de Janeiro, com a consultoria de profissionais do hospital Sírio Libanês (SP), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), promovendo entre as seis unidades uma redefinição dos perfis assistenciais, otimizando o funcionamento dentro de uma rede unificada.