A edição 2019 do Prêmio Empreendedor Social – que celebra os 15 anos do maior concurso de empreendedorismo socioambiental da América Latina e um dos mais importantes do mundo -, traz como novidade a criação do Troféu Grão. A nova categoria é exclusiva para organizações sem fins lucrativos que atuam com causas de grande relevância para o Brasil. As inscrições para o Prêmio Empreendedor Social 2019 já estão abertas e podem ser feitas até 30 de abril. Os vencedores e finalistas terão acesso a benefícios que totalizam cerca de R$ 400 mil. Inscrições aqui. 

Realizada pela Folha de S.Paulo em parceria com a Fundação Schwab – uma das entidades irmãs do Fórum Econômico Mundial –, a premiação é voltada a gestores de ONGs, os líderes de iniciativas inovadoras e empreendedores de impacto social dos quatro cantos do Brasil. Os vencedores e finalistas terão acesso a benefícios que totalizam cerca de R$ 400 mil.

Pioneiro e comprometido em identificar inovações sociais e ambientais brasileiras, o Prêmio Empreendedor Social e o Prêmio Empreendedor Social de Futuro já reconheceram 76 gestores –finalistas e vencedores–, conferindo chancela e visibilidade internacional para líderes de iniciativas de impacto social que estão mudando a forma de fazer negócios no Brasil.

Os empreendedores sociais brasileiros atacam alguns dos problemas mais urgentes do país, incluindo reabilitação de condenados, modernização do sistema educacional por meio do ensino digital e proteção da Amazônia”, afirma Hilde Schwab, fundadora e presidente da Fundação Schwab.

O passaporte para entrar na Rede Schwab e participar de encontros do Fórum Econômico Mundial não é o único benefício conferido aos vencedores do Prêmio Empreendedor Social. Eles ganham, ainda, acesso a premiações que totalizam R$ 350 mil em mentorias, capacitações e cursos de qualificação em instituições renomadas, como Insper e Fundação Dom Cabral.

Conheça algumas histórias de empreendedores sociais premiados

Um desses empreendedores é Carlos Pereira, fundador da Livox e vencedor do prêmio em 2016. A empresa que ele criou fornece tecnologia para que pessoas com deficiências na fala possam se comunicar e aprender. “Pereira encontrou, no Fórum Econômico Mundial, três empreendedores e juntos formaram uma parceria para levar o modelo para a Europa”, diz Hilde.

Em 2018, os vencedores do Prêmio Empreendedor Social foram Roberta Faria e Rodrigo Pipponzi, fundadores da Editora Mol, uma editora que promove impacto social ao produzir e livros que são vendidos com preços acessíveis em parceira com redes de varejos. A renda é revertida para 39 organizações sociais, descontados os custos da operação – desde 2007, foram repassados R$ 25 milhões.

Na categoria Prêmio Empreendedor Social de Futuro, voltada a jovens de 18 até 35 anos, os ganhadores foram os empreendedores Raphael Mayer e Mathieu Anduze, criadores da Simbiose Social – negócio de impacto social que utiliza tecnologia para otimizar recursos de leis de incentivos no Brasil.

Realizada exclusivamente pela Folha desde 2009, essa categoria visa impulsionar jovens empreendedores. A premiação conta com benefícios exclusivos, como participação no Festival Social Good Brasil e no Encontro Nacional de Empresas Juniores – ambos com despesas pagas –, além de mentorias, cursos e capacitações.

Troféu Grão 

A grande novidade do ano na premiação, o Troféu Grãopassa a compor o concurso com reconhecimento voltado exclusivamente a iniciativas sociais sem fins lucrativos. Um dos critérios para participar é que as organizações tenham no mínimo um ano de atuação e um alto potencial de impacto.As organizações finalistas do Troféu Grão passarão pelo mesmo processo de avaliação do concurso principal.

Após a inscrição, os selecionados são chamados para uma segunda etapa, na qual são demandadas mais informações sobre o empreendedor social e a organização, além de documentação. Depois, são definidos os semifinalistas, que receberão visita do Comitê Avaliador, formado por jornalistas da Folha e consultores independentes. A avaliação in loco resulta no material jornalístico e no relatório enviado ao júri.

SOBRE A PREMIAÇÃO

Criado em 2005 pela Folha de S.Paulo e Fundação Schwab, o Prêmio Empreendedor Social é destinado a gestores de iniciativas com mais de três anos de atuação em setores como saúde, educação, tecnologia assistiva e meio ambiente, entre outros. As iniciativas de negócios de impacto social e startups com foco socioambiental – que estão em fase inicial (de um a três anos) – podem se inscrever para o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro, destinado a empreendedores com até 35 anos.

Além da projeção nacional e internacionalmente dos líderes selecionados, a Folha de S.Paulo e a Fundação Schwab – correalizadora do Fórum Econômico Mundial de Davos e idealizadora da premiação no mundo – oferecem um alto nível de qualificação e networking, viabilizando aos premiados a conquista de maiores e melhores indicadores em sustentabilidade, impacto social direto e indireto, influência em políticas públicas e escalabilidade para seus projetos.

Os interessados em participar da seleção devem preencher formulário online, disponível no site do Empreendedor Social, ou fazer download do questionário e enviar, também pelo site, até 30 de abril.O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio da Coca-Cola. Conta com apoio de Instituto C&A e Instituto Porto Seguro, além da parceria estratégica de ESPM, Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), Fundação Dom Cabral, Insper e UOL.

PRÊMIO EMPREENDEDOR SOCIAL

Quem pode participar: empreendedor maior de 18 anos; negócios de impacto social e ambiental de impacto com mais de três anos, que possa ser replicada e influenciar políticas públicas.

Principais prêmios: bolsasde estudos em instituições como Harvard, Faap e Fundação Dom Cabral; plano de medição de impacto realizado pelo Insper; participação em fóruns nacionais e internacionais; e consultoria jurídica.

PRÊMIO EMPREENDEDOR SOCIAL DE FUTURO 2019

Quem pode participar: iniciativas ou startupscom no mínimo um ano e empreendedor residente no Brasil de 18 a 35 anos.

Principais prêmios: assessoria jurídica e de gestão; apoio das aceleradoras Artemisia e Yunus; participação em fóruns de investidores; mentoria de Din4mo e Vox Capital; e bolsas para cursos de capacitação.

TROFÉU GRÃO

Quem pode participar: empreendedores com mais de 18 anos; iniciativas socioambientais de impacto social com no mínimo um ano de atuação; ONGs sem fins lucrativos que atuam com impacto social.

Principais prêmios: Curso de extensão na Faap em 2020 e ainda mentorias, consultorias e bolsas em instituições como Insper, Faap, FGV Cenn e Ink Assessoria e Treinamento.

PREMIAÇÕES PARA TODOS OS FINALISTAS: assessoria de imprensa; perfil publicado em caderno especial daFolha;integração à Rede Folha de Empreendedores Socioambientais; relatório técnico de avaliação da iniciativa; e fotos e videodocumentário.

Negócios de impacto social ainda são maioria entre os homens

Os negócios de impacto social fundados apenas por homens – ou que têm mais homens entre os empreendedores –, são maioria nas faixas de faturamento acima de R$ 4,1 milhões (74%) e entre R$ 501 mil a R$ 1 milhão por ano (67%). Os empreendimentos com quadro societário majoritariamente feminino estão presentes nas faixas de faturamento de até R$ 50 mil (33%) e de R$ 51 mil a R$ 100 mil anuais (36%).

Como microempreendedoras individuais de impacto social, elas lideram 44% dos negócios e atuam em 33% dos negócios não formalizados. Essas são algumas das conclusões do recorte Empreendedoras Brasileiras de Impacto Social, que integra o 2º Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental, conduzido pela Pipe.Social.

O recorte Empreendedoras Brasileiras de Impacto Social mostra que elas acessam menos capital investidor: enquanto 55% dos negócios fundados apenas por homens – ou com mais homens do que mulheres no quadro societário – já captaram investimento, apenas 25% das empresas com apenas ou mais mulheres como fundadoras conseguiram captar.

A maior presença masculina no quadro societário é um padrão dos negócios que captaram investimento em incubadoras/aceleradoras, empresas privadas, fundos de venture capital, fundos de private equity e institutos/fundações. Enquanto eles tendem a acessar recursos por meio de mecanismos de equitye dívida conversível, os negócios com maior presença feminina no contrato social têm acessado fontes como crowdfunding; Family, Friends & Fools (FFF); instituições públicas/governo; bancos de fomento e comerciais por meio de empréstimos e doações.

Analisando o principal fundador dos negócios pesquisados vemos que 66% são homens e 34% mulheres; 66% são brancos, 19% pardos e mulatos, 7% negros, 3% de orientais e 1% indígena. Esse empreendedor tem entre 30 e 44 anos (53%); 21% entre 19 e 29 anos; 17% entre 45 e 54 anos; e 9% acima de 55 anos.

Há concentração no Sudeste do país: 62% estão na região, sendo 38% em São Paulo, 12% no Rio de Janeiro, 11% em Minas Gerais e 1% no Espírito Santo. Os homens ainda são maioria no quadro societário nas verticais de Cidades (57% tem apenas homens ou mais homens); e Tecnologias Verdes (55%). A presença de mulheres é maior nos negócios relacionados à Cidadania (36% têm apenas mulheres ou mais mulheres) e Educação (37%). Há alguns tipos de soluções tecnológicas nas quais as mulheres se destacam; a realidade aumentada é uma delas.

SOBRE O MAPA DE NEGÓCIOS DE IMPACTO SOCIAL + AMBIENTAL

Conduzido pela equipe da Pipe.Social – plataforma de conexões para fomentar o ecossistema de impacto no Brasil –, a segunda edição do Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambientalfoi estruturado para acompanhar a evolução do pipeline de negócios de impacto socioambiental no país, ajudando a orientar estratégias e ações dos diversos atores que estão construindo e fomentando um novo setor da economia do país. O Mapa tem uma medição a cada dois anos para trazer dados e números atuais sobre o perfil e atuação dos negócios, assim como um overview dos esforços e agenda do ecossistema para apontar gaps, desafios e oportunidades de crescimento do setor no país.

A segunda edição do mapeamento conta com uma pesquisa quantitativa – 1.002 negócios compõem a base – e análises qualitativas do contexto do país, conduzidas por meio de entrevistas em profundidade com os empreendedores, além de visões dos principais especialistas em startupse negócios de impacto social do Brasil e exterior. A equipe conduziu, ainda, sessões de análise com diversos atores do ecossistema para construir uma visão de futuro do setor. O filtro para análise foi norteado por negócios com sustentabilidade financeira que não dependem ou dependem de subsídio para cobrir até 50% da despesa operacional. A pesquisa de campo foi realizada entre janeiro e fevereiro de 2019.

Sobre os setores mapeados, destaque para Educação (negócios com soluções para todos os segmentos de educação da primeira infância ao ensino superior, atuando em diferentes níveis – pais, alunos, professores, gestores e governo); Saúde (desde negócios com soluções específicas para problemas de gestão da saúde – atendimento, governança, análise de dados, redução de custo – até soluções com foco na melhoria da qualidade de vida de pacientes como diagnósticos, tratamentos, prevenção, suporte e cura); Serviços Financeiros (serviços financeiros voltados para a base da pirâmide, visando redução de custos e escala em áreas como acesso a crédito, transações financeiras, educação financeira, formalização de negócios etc); Cidadania (negócios com soluções para democracia, gestão de governo, transparência, engajamento cívico, inclusão social, questões de diversidade e gênero, direitos e deveres do cidadão); Cidades (negócios com soluções para mobilidade urbana, habitação, monitoramento de dados, segurança pública, uso de áreas públicas e demais desafios urbanos); e Tecnologias verdes (todos os tipos de negócios que têm impacto ambiental – energia, água, poluição, reciclagem, resíduos –, projetos com impacto em agricultura, biotecnologia, análises de atmosfera, soluções para preservação de fauna e flora).

A segunda edição do Mapa – com o patrocínio da Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto; Itaú e ApexBrasil – traz inovações e mostra a união do ecossistema de negócios de impacto social para uma ação conjunta de mapeamento desses negócios. Na prática, a Pipe.Social articulou cerca de 55 organizações que somaram esforços para entender melhor o pipeline atual e as demandas e oportunidades dos negócios nos diferentes estágios de maturação. O Mapa Negócios de Impacto foi coordenado por Mariana Fonseca e Lívia Hollerbach, sócias-fundadoras da Pipe.Social.

Com Assessorias (Atualizado em 3/4/19)

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