A Inteligência Artificial veio para ficar. E tem dominado os debates também na saúde. durante a FISWeek 2025, maior encontro de inovação em saúde da América Latina, diversas ferramentas de IA foram apresentadas por empresas e instituições presentes.

Nesta quinta-feira (6),  Instituto Nacional de Câncer (Inca) trouxe ao palco um recado claro: em oncologia, tecnologia e humanização devem caminhar juntos. No painel, mediado pelo diretor-geral Roberto Gil, o Inca abordou suas iniciativas tecnológicas já em andamento, como a cirurgia robótica e o aplicativo de comunicação paciente-equipe, e projetou os próximos passos do instituto para empregar a inteligência artificial no cuidado oncológico.

O painel de hoje mostrou que não podemos olhar a tecnologia só tecnicamente. A inteligência artificial não é um robô distante e frio que atende uma pessoa. É uma ferramenta a serviço de um ser humano, que é tratado por outro ser humano”, afirma Roberto Gil.

Segundo ele, uma instituição como o Inca tem a obrigação de associar o desenvolvimento tecnológico com a humanização. “Discutimos como processar informações e criar ferramentas facilitadoras para que possamos cumprir o nosso papel fundamental de acolhimento do paciente oncológico, sem nunca perder a humanização.

O médico oncologista salientou que o Inca já adota tecnologia em sua rotina: a cirurgia robótica , aplicada em diferentes especialidades, e o aplicativo Lila, que oferece canal remoto de comunicação entre pacientes e equipes de assistência.

Para a coordenadora de Ensino do Inca, Alessandra Siqueira, a FISWeek propicia o cenário ideal para discutir essa relação entre tecnologia e saúde, reunindo público diverso, como lideranças, setor público, privado e o terceiro setor, sob o tema “inovação na saúde”.

Estamos aqui na FISWeek, no Rio Health Forum, eventos extraordinariamente significativos para o Rio de Janeiro e para a saúde do Brasil. Este ano, o fórum traz a inovação como seu tema principal. Isso está expresso muito na discussão permanente do papel da inteligência artificial na saúde. A gente já não vive isso como um futuro, a gente já tem isso no presente, com soluções já possíveis que vamos encontrar por meio da inteligência artificial, quer seja na assistência, quer seja na gestão, quer seja na informação de dados e na saúde.”

Ela complementou que o evento permite diálogo aberto e construção coletiva:

Tudo isso hoje sendo feito num ambiente de muito diálogo, e o que é importante: ninguém hoje tem conclusões definitivas e completamente assertivas sobre tudo que está acontecendo. Então nós nos debruçamos na busca de soluções e no enfrentamento dos problemas.”

Ao se inserir em um dos painéis daFISWeek 2025, o INCA reforça sua missão de “acolher para curar”, agora ampliando seus instrumentos para além do bisturi: algoritmos, robôs, apps e dados entram no leque assistencial, mas sempre com o paciente no centro. O painel mostrou que a inteligência artificial não deve substituir o humano, mas fortalecer sua atuação.

AFISWeek 2025, realizada de 5 a 7 de novembro, no Rio de Janeiro, que reúne no Rio de Janeiro mais de 10 mil participantes, 700 palestrantes e 1.200 empresas em torno de inovação, criatividade e tendências na saúde, soma 15 palcos simultâneos e mais de 200 painéis, promovendo debates que vão de bem-estar e longevidade a regulação, ética e tecnologia na saúde.

Inteligência Artificial, a nova Revolução Industrial

No Rio Health Forum, um dos painéis abordou o tema “Avaliando o impacto da IA na economia”, com Adolfo Sachsida, sócio-fundador da Xamã AI; Armínio Fraga, sócio-fundador da Gávea Investimentos; e Sergio Malta, CEO do Sebrae-RJ.

Sachsida comparou a IA à Revolução Industrial, e que também levará, em 20 anos, à melhoria dos indicadores sociais, mas que no curto prazo são necessárias políticas educacionais e de emprego, por exemplo.

Fraga disse que muitos empregos serão destruídos, mas que muitos empregos também serão criados. Malta, por sua vez, destacou as dificuldades de acesso das pequenas empresas à Inteligência Artificial, e que o Sebrae-RJ tem desenvolvido iniciativas como cursos e mentorias.

Fonte: Inca e Fisweek

 

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