obesoAssim como para as mulheres, a obesidade traz sérias implicações para a fertilidade dos homens. Estudo publicado na revista ‘Reproductive BioMedicine’, realizado pela University of Adelaide’s Joanna Briggs, descobriu que, se comparados aos homens com peso adequado, os obesos são dois terços mais suscetíveis a serem inférteis.

De acordo com o ginecologista e obstetra Paulo Gallo, especialista em Reprodução Humana Assistida e diretor-médico da Vida – Centro de Fertilidade, o estudo indica que homens obesos estão mais propensos a ter DNA de má qualidade no esperma e a serem mal sucedidos em tratamentos de reprodução assistida.

“Os hábitos alimentares também têm impacto na qualidade dos gametas. O excesso de peso, acompanhado pela carência de nutrientes, prejudica a formação de óvulos e espermatozoides”, explica o especialista, que participa do 40º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, de 31 de outubro a 2 de novembro.

Outro alerta é em relação à capacidade de pacientes de câncer terem filhos. Maria Cecília Erthal, especialista em Reprodução Humana Assistida e também diretora-médica da Vida – Centro de Fertilidade, explica que o desenvolvimento das tecnologias para diagnóstico e tratamento do câncer permite que um grande número de mulheres alcance a cura e retome suas atividades normalmente. Porém, o tratamento contra a doença pode ser agressivo, com radioterapia, quimioterapia e algumas cirurgias mais invasivas, que podem destruir o potencial reprodutivo das pacientes.

“Nestes casos, o congelamento de óvulos é indicado para preservar a fertilidade. Os óvulos retirados da mulher ficam armazenados para que ela possa, após o tratamento contra o câncer, se submeter a fertilização in vitro e realizar o sonho da gravidez, dando continuidade às suas famílias e às suas vidas”, afirma a ginecologista e obstetra, que também participa do evento.

Durante o evento, Gallo e Maria Cecília ainda darão um curso sobre infertilidade para ginecologistas e farão um simpósio sobre ovários policísticos. Cerca de 20% das mulheres desenvolvem cistos nos ovários em algum momento da vida. Normalmente estes não têm relação com doenças e desaparecem de forma espontânea. Porém, 10% delas apresentam um tipo de disfunção ovulatória que está entre as causas mais comuns de infertilidade feminina.

“A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) tem tratamento, podendo ser corrigida com mudança nos hábitos alimentares e aumento da atividade física, seus sintomas podem ser amenizados e hoje já existem diversas opções de terapias que aumentam muito as chances de gravidez dessas mulheres”, explicam os especialistas.

O 40º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro acontece de 31 de outubro a 2 de novembro de 2016, no Centro de Convenções do hotel Windsor Barra. Mais informações: www.sgorj.org.br

Fonte: Vida – Centro de Fertilidade

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