Mandetta disse que a opção para as operadoras privadas de saúde foi adotar outros tipos de modelos de negócio, como os nichos de especialização e a verticalização, a exemplo do que ocorre com planos voltados para a população idosa, como o MedSenior. Ele enfatizou que é necessária uma solução híbrida para atender a todos, inclusive, qualificando ainda mais a área.
A sustentabilidade vai estar em quem tiver bons profissionais de saúde ao seu lado”, disse, apontando a falta de qualificação profissional como um gargalo do setor.
Médico ortopedista e autor do livro ‘Um Paciente Chamado Brasil’, que aborda a gestão da saúde pública no país, Mandetta atuou como secretário de Saúde em Campo Grande (MS) e foi presidente da Unimed. Atualmente, é membro do Conselho de Administração da Alliança Brasil (anteriormente conhecida como Alliar),
Após sua apresentação no evento, o ex-ministro da Saúde, que comandou a pasta logo no início da pandemia da Covid-19, conversou com jornalistas do Portal Vida e Ação – você pode conferir no nosso canal do Youtube.
O painel ‘Consolidações, Verticalizações e outras Estratégias de Negócios para uma Saúde Sustentável’ reuniu ainda o diretor de Inovação da MedSênior, Marcus Leitão; o diretor da Athena Saúde, Paulo Jorge Cardoso; e o conselheiro da Dasa e moderador da palestra, Romeu Domingues.
Quantidade x qualidade dos novos médicos no Brasil
A preocupação com a qualificação profissional também esteve no centro dos debates durante o Rio Health Fórum, organizado no segundo piso do ExpoRio Cidade Nova, em paralelo à Fisweek. No painel Compatibilizando Quantidade com Qualidade na Educação Médica, a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo ressaltou a importância da melhoria na formação acadêmica dos futuros profissionais de Medicina.
Um médico hoje formado no Rio de Janeiro ou em São Paulo muito provavelmente terá muita dificuldade de exercer a profissão na região norte do Brasil em função da diversidade cultural”, disse a médica.
Segundo ela, o que vai encontrar na cidade de Manaus (AM) não tem nada a ver com o que é encontrado aqui. “Um país da diversidade do Brasil, exige uma geodistribuição das escolas”, um outro modelo de alocação de formados, onde a pessoa ficasse num ambiente onde nasceu, onde é culturalmente adaptado e onde será seguramente mais valorizado e não competindo num mercado que é muito selvagem.
Com moderação do reitor da UFF, Antonio Claudio da Nóbrega, o tema também foi debatido por Ana Paula Resque, diretora médica da Sanofi; Rosita Fratari, diretora de pesquisa da Ebserh; e Chao Lung Wen, professor da USP.
Que tal, nesta nuvem do conhecimento, nós criarmos o conceito de telepreceptoria qualificada?”, indagou o professor da USP. De acordo com ele, são formados 50 mil novos médicos e existem 15 mil vagas para residentes”.
Chao Lung Wen sugeriu que todos formandos tenham acesso a um cartão, com um programa de milhagem de conhecimento, chamada de nuvem do conhecimento. Trata-se de uma coordenadoria nacional de qualificação de pessoas recém-formadas, e que durante os próximos quatro anos, eles adquirissem assistência sob supervisão.
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Mais sobre o evento
A Fisweek é uma realização da Iniciativa FIS, maior comunidade de saúde da América Latina, um amplo ecossistema de lideranças e com uma rede de mais de 40 empresas e entidades parceiras. Organização sem fins lucrativos, a FIS atua com o propósito de ampliar o acesso à saúde pública e privada.
Assim como no primeiro dia da fisweek houve corrida na Lagoa Rodrigo de Freitas e coffee parties, com DJ, no ExpoRio, Cidade Nova, Rio de Janeiro. Para mais informações sobre a programação do último dia do evento (7/11), acesse os links da Fisweek – https://fis.org.br/fisweek e do Rio Health Forum – https://www.fis.org.br/rhf/schedule.





