A trombose venosa profunda (TVP) é um coágulo de sangue que se forma em uma veia profunda do corpo. Esse tipo de coágulo sanguíneo ocorre quando algo diminui ou altera o fluxo sanguíneo, fazendo com que o sangue se aglutine e coagule. Se um fragmento deste coágulo se desprende e viaja pela circulação, ele pode se alojar nos pulmões, o que é conhecido como embolia pulmonar (EP), uma condição grave e que pode ser fatal. Juntos, TVP e EP são conhecidos como tromboembolismo venoso (TEV). 

Os coágulos sanguíneos são a causa subjacente de ataques cardíacos, derrames isquêmicos e tromboembolismo venoso (TEV), os três principais assassinos cardiovasculares. O TEV ocorre quando um ou mais coágulos sanguíneos se formam em uma veia profunda, mais frequentemente na perna (trombose venosa profunda, TVP), e podem viajar na corrente sanguínea e se alojar nos pulmões (uma condição conhecida como embolia pulmonar, EP).

“Os coágulos sanguíneos são muitas vezes esquecidos porque seus sintomas podem se assemelhar aos de muitas outras condições”, pontua a professora Beverley Hunt, presidente do Comitê Diretivo do Dia Mundial da Trombose (13 de outubro) em âmbito global. “É absolutamente crucial que os profissionais médicos e o público em geral estejam cientes dos sinais, sintomas e fatores de risco para garantir que os coágulos sanguíneos sejam tratados o mais rápido possível”, explica ela.

Com destaque para os fatores de risco associados aos coágulos sanguíneos de tromboembolismo venoso, as principais áreas da campanha do Dia Mundial da Trombose de 2022 têm como foco o tromboembolismo venoso (TEV):

Associado à internação hospitalar: mais de 50% dos TEV ocorrem durante ou após a internação hospitalar, de acordo com dados globais da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH). Por isso, a campanha deste ano convoca os profissionais de saúde a tomarem medidas como a realização de avaliações de risco de TEV quando os indivíduos são internados no hospital. A campanha incentiva ainda o público em geral a solicitar uma avaliação de risco de TEV quando for internado no hospital;

Associado ao câncer: pacientes com câncer são quatro vezes mais propensos a desenvolver um coágulo sanguíneo grave devido aos efeitos do câncer, cirurgia e quimioterapia, conforme a ISTH;

Associado ao gênero: homens são mais propensos a desenvolver coágulos sanguíneos do que as mulheres e, quando têm trombose, são mais propensos a ter recorrência do que as mulheres. As mulheres têm períodos em suas vidas em que estão em maior risco, por exemplo, se fizerem uso de contraceptivos orais hormonais ou terapia de reposição hormonal oral, e durante a gravidez e até seis semanas após o parto;

Associado à saúde mental: aumento da ansiedade, depressão e/ou transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) são comuns após um diagnóstico físico de um coágulo sanguíneo.

Dicas importantes que ajudam a prevenir coágulos sanguíneos:

Conheça os sinais e sintomas de um coágulo sanguíneo: dores nas pernas inexplicáveis, às vezes associadas a sensibilidade, vermelhidão e/ou inchaço. A embolia pulmonar (EP) pode causar falta de ar, respiração rápida, dor no peito e, ocasionalmente, tosse com sangue.

Solicite uma avaliação de risco de tromboembolismo venoso (TEV): todos os indivíduos, quando internados em hospital, devem solicitar ao seu profissional de saúde uma avaliação de risco de TEV, um questionário que reúne informações médicas para discernir os potenciais fatores de risco de um paciente para desenvolver coágulos sanguíneos.

Mantenha-se ativo e hidratado ao realizar longos períodos de trabalho sentado: defina um alarme para cinco minutos antes de cada hora e use esse tempo para se levantar, caminhar e se alongar. Permanecer imóvel por longos períodos de tempo pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos. Beba bastante água para evitar a desidratação, que pode fazer com que o sangue engrosse, resultando em coágulos sanguíneos.

“Encorajamos todos, em todo o mundo, a se envolverem no Dia Mundial da Trombose  para aumentar a conscientização e a educação do público sobre coágulos sanguíneos”, afirma a médica e professora Flora Peyvandi, presidente da ISTH.

“Queremos agradecer à professora Beverley Hunt (presidente) e ao Steering Committee, um grupo de pacientes e renomados especialistas médicos internacionais nas áreas de trombose, hemostasia, medicina interna geral e vascular e saúde pública, por cederem seu tempo, conhecimento e orientação para ajudar a campanha a impactar bilhões de pessoas a cada ano”, completa.

Com Assessorias

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