Uma pessoa morre a cada sete segundos por causa das complicações causadas pela diabetes em todo o mundo. A doença já atinge 422 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), quatro vezes mais que há quatro décadas. Estima-se que o número de diabéticos e pessoas em estágio pré-diabetes passem de 1,1 bilhão em 2035. Até lá, o Brasil deverá ter 20 milhões de casos – hoje são 9 milhões de pessoas convivendo com a doença no Brasil.

Em 2014, o diabetes já representava mais risco letal que HIV, malária e tuberculose somados. Foram 4,9 milhões de mortes causadas pela doença em todo o mundo. No mesmo período, 1,2 milhão de pessoas morreram vítimas de HIV, 584 mil perderam as vidas para a malária e 1,5 milhão para a tuberculose, segundo os números da OMS.

Outro dado alarmante é em relação à faixa etária que tem sido atingida pelo diabetes mellitus tipo 2, quando dieta e exercícios sozinhos não são suficientes para o controle da glicemia. Segundo a Federação Internacional de Diabetes, aproximadamente 86% dos novos casos foram diagnosticados nos chamados jovens adultos, pessoas a partir dos 20 anos de idade, que deveriam estar gozando de saúde plena e ativos econômica e socialmente.

Neste dia 27 de junho, Dia Nacional de Combate ao Diabetes, entidades que atuam no combate à doença alertam para os riscos de complicações, como insuficiência renal, amputação de membros, cegueira e doenças cardiovasculares, como AVC (derrame) e infarto, que podem levar o diabético à morte. Este risco, porém, pode ser reduzido com tratamento adequado, garantem especialistas.

Medicamento reduz riscos, diz estudo

 

Um estudo apresentado no dia 13 no 76º Congresso da American Diabetes Association (ADA), a Associação Americana de Diabetes, mostrou que o liraglutida, medicamento conhecido e disponível para baixar a glicose, pode diminuir em 13% os riscos de desenvolver complicações no coração,como óbito cardiovascular, ataque cardíaco e AVC. Publicado no New England Journal of Medicine, o  estudo Leader envolveu 9.340 adultos com diabetes tipo 2 com alto risco cardiovascular de 32 países.

O Brasil teve o segundo maior número de participantes com 939 pacientes e 33 centros. O Victoza® foi lançado no Brasil em 2011 e está disponível comercialmente em mais de 85 países, tratando mais de 1 milhão de pessoas com diabetes tipo 2 mundialmente. O medicamento tem indicação aprovada pela Anvisa para tratamento de diabetes tipo 2 e pode ser usado em combinação com antidiabéticos orais e/ou insulina basal quando estes, em conjunto com dieta e exercício, não alcançaram um controle glicêmico adequado.

“Essas descobertas são animadoras, pois demonstram que Victoza® promove resultados que vão além da redução da glicose e da perda de peso, ajudando a evitar complicações cardiovasculares e óbito em pessoas com diabetes tipo 2″, afirma John Buse, presidente do Comitê de Gestão do Leader, chefe de Endocrinologia e diretor do Centro de Tratamento de Diabetes da Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte. “Os tratamentos para o diabetes tipo 2 que também podem reduzir o risco cardiovascular são importantes, já que essa é a principal causa de óbito nessa população de pacientes no mundo inteiro.”

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