Ainda que o Dia dos Pais seja uma data comercial, criada para fazer as pessoas comprarem presentes e aquecer a economia, a função de pai sempre teve importância na nossa cultura. O pai sempre foi visto como o provedor da família, ou seja, o responsável pela subsistência; seja trazendo o alimento, protegendo de possíveis ameaças e, mais recentemente, garantindo o sustento financeiro. Mas esse pai era, obrigatoriamente, uma pessoa do sexo masculino.  

Ainda que hoje, no Brasil, a maioria dos lares seja chefiado por mulheres (IBGE, 2022), e estatisticamente isso apareça como uma novidade, desde sempre houve famílias chefiadas por mulheres. O que parece ter mudado é que, atualmente as mulheres já não se constrangem em assumir que chefiam suas famílias. 

Durante muito tempo, o modelo patriarcal de família predominou como ideal, com um casal heterossexual, liderado pela figura do sexo masculino. E as mulheres que sustentavam suas famílias, quando inqueridas, afirmavam que o chefe era o homem da casa. E as famílias que não tinham um homem “para chamar de chefe”, eram discriminadas.  

Até mesmo a ciência, por meio de algumas teorias psicológicas, deram respaldo a esse modelo patriarcal, afirmando que a presença da figura masculina era fundamental para a saúde mental das crianças!

Atualmente “maternagem” e “paternagem” são conceitos cada vez mais em desuso, na medida que o conceito de família foi ficando mais associado aos vínculos afetivos e menos à figura masculina ou feminina.

As “novas” famílias são compostas por casais heterossexuais, mas também por pais e mães solos, casais homoafetivos, crianças criadas por avós, tios, padrinhos, irmão mais velhos. Até nas escolas, gradualmente as comemorações de “dia do pai” ou “dia da mãe”, vão sendo substituídas pelo ‘dia da família’.  

Mas se vamos comemorar o Dia do Pais, parabenizemos todas as pessoas que exercem os papeis de provedores, cuidadores e, principalmente, de porto seguro afetivo. Independentemente de serem homens ou mulheres, hetero ou homo, cis ou trans, terem vínculos de sangue ou afetivo

 

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