Hoje, Dia das Crianças, muitos deles não querem parar nem um pouco. Aproveitam para brincar, experimentar novos brinquedos, interagir com outras crianças. Outros, preferem se isolar em casa e ficar na frente do celular, do tablet ou do notebook, assistindo vídeos no Youtube, acessando aplicativos ou jogando pela internet. É a nova geração antenada cada vez mais cedo nas redes sociais e viciadas em novas formas de comunicação que cabem na palma da mão.

Uso excessivo de celulares é condenado por pediatras, psicólogos e educadores
Uso excessivo de celulares é condenado por pediatras, psicólogos e educadores

O vício começa cada vez mais cedo, com bebês ainda, que já dominam os novos meios, causando muitas vezes espanto e graça entre os adultos, que acham bonitinho a criança precoce saber lidar com essas tecnologias. Para especialistas, no entanto, o tempo de tela excessivo vem tornando nossas crianças mais desanimadas, irritadas e preguiçosas.

Mas como limitar o excesso e evitar os danos causados à saúde por este comportamento, principalmente quando se trata de filhos adolescentes ou pré-adolescentes? Lá em casa isso é realmente um sacrifício. Fazer a Clarinha desgrudar os olhos da telinha é sempre um drama. E é preciso negociar o tempo todo, oferecendo atividades mais atrativas e educativas. Um desafio a cada dia.

Em todo o mundo, especialistas recomendam limitar o tempo de exposição aos celulares e tablets. A Associação Japonesa de Pediatria começou uma campanha para restringir o uso prolongado desses aparelhos, sugerindo controle e mais brincadeiras entre pais e filhos. Agora são a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria que revelam 10 razões para controlar o uso desses dispositivos por crianças menores de 12 anos.

Para estas entidades, bebês de 0 a 2 anos não devem ter contato algum com a tecnologia. E entre os 3 e 5 anos, deve ser restringido a uma hora por dia. Já de 6 a 18 anos a restrição deveria ser de duas horas por dia. Entenda os motivos pelos quais as crianças devem evitar o contato excessivo com estes dispositivos.

1. O crescimento do cérebro

O cérebro de uma criança cresce em um ritmo rápido, e se não for estimulado pelo ambiente como deveria, por conta da exposição excessiva à tecnologia, como telefones celulares, TV, iPads, Internet, etc,. a criança pode vir a desenvolver déficit de atenção, prejuízos na aprendizagem, atrasos cognitivos e não irá desenvolver a capacidade de auto-controle.

2. Consequências para o desenvolvimento

O uso precoce da tecnologia retarda o movimento da criança e o resultado é um atraso no seu desenvolvimento, o que afeta negativamente a sua alfabetização e rendimento acadêmico. Crianças menores de 12 anos devem ser proibidas de usar muita tecnologia portátil.

3. Obesidade

Uso da tecnologia priva a criança de movimento e atividades físicas, o que leva à obesidade. Esta é a razão por trás do fato de que uma em cada quatro crianças no Canadá e EUA são obesas. 30% delas desenvolvem diabetes e isso significa um maior risco de ataque cardíaco e menor expectativa de vida.

4. Insônia

Cerca de 75% das crianças que utilizam a tecnologia no quarto não conseguem dormir bem por conta disso, o que afeta no seu rendimento escolar.

5. Transtorno Mental

O uso excessivo da tecnologia é a razão por trás de muitos casos de comportamentos problemáticos, déficit de atenção, ansiedade e depressão infantil.

6. Agressividade

Grande parte da responsabilidade pelo estrondoso aumento dos casos de  agressividade infantil é causada pela mídia violenta, pelo conteúdo violento e sexual dos jogos de vídeo game, onde assassinatos e tortura são cenas comuns. Devido a isso a mídia violenta tem sido categorizada nos EUA como um grande risco à saúde pública.

7. Demência

Quando o cérebro da criança é atacado por um conteúdo de mídia de alta velocidade, ela desenvolve déficit de atenção e diminuição da concentração e memória. Isso afeta a sua capacidade de aprender.

8. Vício tecnológico

Pais que fazem uso excessivo de tecnologia se separam de seus filhos. Por isso muitas crianças acabam se apegando à tecnologia, o que resulta no vício tecnológico.
9. Radiação

Telefones celulares foram classificados como possivelmente carcinogênicos (risco de categoria 2B) pela Organização Mundial de Saúde e, portanto, podem ser muito perigosos para o desenvolvimento cerebral de uma criança. Anthony Miller, da Universidade de Saúde Pública de Toronto até recomenda que deveriam ser reclassificados como 2A (cancerígeno provável) com base em novas pesquisas.

10. Sustentabilidade

Crianças que crescem brincando com a tecnologia não são sustentáveis porque não se desenvolvem plenamente, a fim de se engajarem na sociedade. As crianças são o nosso futuro, por isso devemos criá-las da maneira correta.

Fonte: Psiconlinews

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