Dos 92 municípios fluminenses, 11 não têm mais vagas de UTI disponíveis para o tratamento da Covid-19 na rede pública de saúde. As informações são da Secretaria de Estado de Saúde, que mostra uma taxa média de ocupação de leitos de UTI de 85% e a de enfermaria, de 62%. Em todo o RJ, a situação mais crítica é de Guapimirim, na Baixada Fluminense, com taxa de 225%, seguida de Itaperuna, com 18%. O município de 103 mil habitantes no Noroeste Fluminense tem um dos maiores hospitais do interior do estado – o São José do Avaí – que atende pacientes de toda a região e sofre com a presença de duas variantes do coronavírus.
As cidades de Itaguaí (120%) e Rio das Ostras (109% também estão com taxas acima de 100% de ocupação nos leitos de UTI – 120 e 109%, respectivamente. Além delas, outras sete cidades não têm mais vaga para pacientes com Covid. A mais populosa delas é Angra dos Reis, na Costa Verde, com mais de 200 mil habitantes. Também estão com 100% das vagas de UTI ocupadas as cidades de Bom Jesus do Itabapoana, Cantagalo, Miracema, São Sebastião do Alto, Tanguá e Três Rios.
O Estado do Rio também tem registrado um número alto de casos confirmados. Foram 809.971 mortes por Covid-19, sendo 47.699 óbitos. Só na sexta-feira, foram 6.931 infectados. É o quinto maior número de casos confirmados em 24 horas desde o início da pandemia. Apesar dos índices alarmantes, o Mapa de Risco Covid-19 indica que o Estado do Rio está em bandeira laranja, ou seja, com risco moderado, como divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na sexta (14).
A Região Norte, que estava com risco moderado, passou ao risco baixo. A Região Litorânea tinha risco moderado e passou para o risco alto. A Região Metropolitana I, que inclui a capital, segue na bandeira vermelha, isto é, em risco alto. A 30ª edição do Mapa de Risco da Covid-19 revelou ainda redução de 28% dos óbitos e de 27% das internações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
A cidade do Rio ultrapassou os 300 mil casos de Covid-19 desde o começo da pandemia e o número de óbitos está em 25.278. Apesar dos números elevados, um boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura do Rio mostrou que a situação na capital tem melhorado. Segundo os dados, todas as 34 regiões da cidade continuam com uma classificação de risco alto, mas o relatório informa que houve uma desaceleração da pandemia em relação às semanas anteriores.
O prefeito Eduardo Paes (DEM) prepara a publicação de um novo decreto, para esta semana, flexibilizando ainda mais as medidas restritivas e até liberando eventos com protocolos de prevenção. O último decreto, que está valendo, já havia liberado diversas atividades econômicas e também o acesso às praias. Agora falta praticamente apenas alguns eventos fechados, como as rodas de samba.
Quatro entre 10 pacientes de Covid internados têm problema cardíaco
Dados do último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro apontam que 67% das pessoas que foram hospitalizadas com Covid na capital fluminense apresentavam algum tipo de comorbidade. As doenças que apresentam o maior índice percentual entre os hospitalizados são as cardíacas, com 38,01%. Em seguida, aparece a hipertensão, com 8,52%. Diabetes vem com 5,16%, e obesidade responde por 3,04%. Também há pacientes com câncer – 2,4%, oença neurológica – 1,8% e asma – 1,5%
A vacinação no município está em 1,7 milhão de pessoas que receberam a primeira dose, o que representa 26,4% da população. Com a segunda dose, já foram vacinados mais de 857 mil. Nesta etapa da campanha, a vacinação é voltada para pessoas com comorbidades (lista do PNI) ou com deficiência permanente, trabalhadores da saúde e guardas municipais envolvidos diretamente nas ações de combate à Covid-19 e ações de vigilância das medidas de distanciamento social.
O atendimento para esses grupos é escalonado por gênero e faixa etária, conforme calendário disponível em coronavirus.rio/vacina. São ainda atendidas nesta etapa pessoas com síndrome de Down e com doença renal crônica (em diálise) a partir de 18 anos, sem escalonamento etário.
Gestantes e puérperas com comorbidades, a partir de 18 anos, também podem se vacinar. Por orientação do Ministério da Saúde, elas receberão apenas as vacinas Pfizer e CoronaVac, de acordo com a disponibilidade. Para tomarem a vacina devem apresentar laudo médico detalhado justificando a recomendação e avaliação da relação risco-benefício para a vacinação, além da assinatura do termo de esclarecimento disponível em coronavirus.rio/vacina.
Novo posto de vacinação na cidade do Rio
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio inaugura nesta segunda-feira (17), às 8h, mais um ponto de vacinação (PV) na campanha contra a Covid-19 em Jacarepaguá. A casa de espetáculos Espaço Hall (antigo Barra Music) atenderá o público para vacinação de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Nesta segunda-feira, é a vez dos homens de 45 anos com comorbidades ou dos outros grupos prioritários receberem a vacina.
O PV do Espaço Hall é uma parceria entre a SMS e a ONG Core. A vacinação ocorrerá dentro da estrutura da casa de espetáculos, com ambiente amplo e refrigerado, exclusivamente para pedestres. O local tem grande oferta de transporte público e, para quem chegar de carro, o estacionamento estará liberado, gratuitamente. Ao todo, são mais de 250 PVs disponibilizados pela SMS em toda a cidade para atender a população.
Com Agências e SMS