A situação da Covid-19 no Rio de Janeiro é tão dramática que nem o prefeito escapa. No dia seguinte ao Estado do Rio atingir mais de 40 mil mortos pela doença, Eduardo Paes, anunciou que foi infectado pelo novo coronavírus pela segunda vez em menos de um ano. Em maio do ano passado, o prefeito do Rio testou positivo e ficou assintomático durante todo o período de quarentena. Ele acordou nesta quinta-feira (15) com sintomas leves e passa bem. Todos os que convivem mais de perto com ele nos últimos dias serão testados.

Paes disse que está “super bem”, apesar da notícia “não muito boa”, e mantém contato com os secretários da prefeitura por vídeo, estando “atento à cidade”. “Infelizmente ontem eu comecei a ter, ali pela noite, uns sintomas de gripe, de mal-estar, aquele iniciozinho de gripe. Não dormi bem hoje, acordei cedo e fui fazer o teste pra Covid-19 e, infelizmente, deu positivo” afirmou no vídeo postado em rede social.

“O sintoma é um pouco essa sensação de um estado gripal. Estou me cuidando aqui em casa, atento à cidade, online, conversando com os secretários por vídeo. Enfim, vai dar tudo certo aí, vou cuidar da saúde e vocês se cuidem também porque essa história não é brincadeira”, completou.

Em março, o prefeito entrou em rota de colisão com o governador em exercício Claudio Castro ao adotar medidas mais rigorosas para conter a expansão da epidemia. Antecipou feriados, na chamada pausa emergencial no município, por 10 dias. A população respeitou e não foi à praia, mesmo com calor de quase 40 graus em pleno outono.

Castro, por sua vez, anunciou que permitiria o funcionamento de bares e restaurantes até as 23h em todo o estado. A medida, segundo Castro, incluiria a capital mesmo no período de medidas mais duras impostas para cidade do Rio. “CastroFolia! A micareta do governador! Definitivamente ele não entendeu nada do objetivo de certas medidas”, disse Paes na ocasião.Mortes por Covid em alta no estado.

Em todo o país, mais de 365 mil mortos, sendo 3.560 em 24 horas

O Estado do Rio é o segundo com mais mortes pela Covid-19 (40.429), só perdendo para São Paulo (86.535). Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, 72,9% das enfermarias e 86,7% dos leitos dedicados ao tratamento de pacientes de Covid-19 no estado estão ocupados. No começo do mês, a taxa de letalidade atingia 7,8%, inferior à de 2020, de 9,3%. A taxa de incidência atinge 530,3 por 100 mil habitantes e a taxa de mortalidade é de 41,6 por 100 mil habitantes.

Com isso, a média móvel de mortes no estado está em 258 por dia, a segunda maior já atingida, subindo 17% em comparação à registrada há duas semanas. O estado também tem o maior volume de pacientes intubados devido à Covid-19 desde o início da pandemia. Funcionários de diversas unidades de saúde têm denunciado a falta de sedativos para manter os pacientes intubados.

Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias registraram mais 3.560 mortes provocadas pela covid-19 no Brasil. Com isso, o total de pessoas que não resistiram à doença subiu para 365.444. Ontem (14), o sistema de informações da pandemia trazia 361.884 vidas perdidas para a covid-19.

Ainda há 3.514 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.

Os novos dados estão no balanço sobre a pandemia do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta quinta-feira (15). A atualização é elaborada a partir das informações enviadas por autoridades locais de saúde.

As estatísticas não consideram os dados do Ceará. Por conta de um problema de alimentação de suas informações, o estado não repassou as novas mortes e casos registrados nas últimas 48 horas.

A soma de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 13.746.681. Entre ontem e hoje, foram confirmados 73.174 novos diagnósticos positivos. Ontem, a quantidade de casos acumulados até o momento estava em 13.673.509.

O número de pessoas recuperadas está em 12.236.295. Já o total de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.144.942.

Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pela menor quantidade de trabalhadores para fazer os novos registros de casos e mortes. Já às terças-feiras, os casos tendem a ser maiores, já que neste dia o balanço recebe o acúmulo das informações não processadas no fim de semana.

Depois de São Paulo e do Rio de Janeiro, os estados com mais mortes são Minas Gerais (29.105), Rio Grande do Sul (22.798) e Paraná (19.986). Já as unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.386), Roraima (1.422), Amapá (1.446), Tocantins (2.327) e Sergipe (3.876).

Até o início da noite desta quinta-feira, haviam sido distribuídos 48,8 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicados 32,2 milhões de doses, sendo 24,5 milhões da primeira dose e 7,7 milhões da segunda dose

Com Agência Brasil e G1

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