Covid-19: Fiocruz alerta para alta de casos no RJ e mais 6 estados

Vírus da gripe também está em alta e circula junto com o coronavirus. Fiocruz recomenda uso de máscaras em unidades de saúde

Fiocruz recomenda uso de máscara em unidades de saúde (Foto: Hospital Regional de Marabá / Divulgação)
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A previsão de aumento de internações por Covid-19 após o Carnaval, feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na semana passada, se confirmou. No novo Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (22), os pesquisadores alertam que o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados pela Covid-19 estão em ascensão em sete estados brasileiros, principalmente no Centro-Oeste e Sudeste.

O Rio de Janeiro – que teve 101 mortes por Covid-19 desde o início do ano e quase 20 mil casos, como mostramos aqui – aparece entre os estados que apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, junto com Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Há sinal de crescimento tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas).  “No Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina o sinal é mais incipiente, sendo mais claro nos demais. Em Minas Gerais, onde também se observou crescimento recente de SRAG por Covid-19, o cenário atual é de oscilação”, aponta o boletim.

A cidade do Rio de Janeiro está entre as 11 capitais que registram crescimento de casos, sendo os sinais mais evidentes naquelas localizadas no Sudeste e no Centro-Oeste. As outras são Aracaju (SE), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

“Em boa parte dos estados dessas duas regiões, há uma situação de retomada do crescimento semanal das internações associadas à doença”, afirma Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe e pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz). O boletim se refere à semana epidemiológica de 11 a 17 de fevereiro.

Já a Região Norte segue com tendência de interrupção do ciclo iniciado na virada do ano. “Agora, diversos estados da região já mantêm queda ou interromperam a sequência de crescimento do número de novos casos”, completou.

Vírus da gripe também em alta

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e população a partir de 65 anos de idade. Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade de SRAG mantém o padrão típico de maior impacto entre crianças pequenas e idosos.

Já a mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomínio de Covid-19. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas são o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus.

O documento também aponta para um aumento de casos positivos para o vírus Influenza A, responsável pela gripe, em estados do centro-sul do país. No entanto, os casos ainda são significativamente inferiores ao da Covid-19. Gomes pondera a possibilidade de circulação simultânea dos vírus.

“Eventualmente podemos ter uma situação de cocirculação, ou seja, um aumento simultâneo dos dois vírus em alguns estados do país, especialmente no Centro-Sul”, diz o pesquisador.

Uso de máscaras em unidades de saúde

Em caso de suspeita da doença, tais como sintomas de infecção respiratória ou parecidos com gripe, a recomendação fundamental é o repouso, o isolamento e buscar atendimento médico, além do uso da máscara. Além desses cuidados, manter em dia a vacina tanto da Covid quanto da gripe é fundamental.

Para minimizar o risco de contágio, pessoas com sintomas respiratórios semelhantes aos de um resfriado ou gripe devem ficar em isolamento e usar máscara facial apropriada ao sair de casa. O repouso também é essencial para a recuperação do organismo.

As máscaras são recomendadas para qualquer pessoa que precise ir a uma unidade de saúde, seja para atendimento médico, visita a pacientes ou trabalho.

“Faça uso de uma boa máscara de proteção, preferencialmente N95 ou PFF2, que oferecem maior capacidade de proteção coletiva através do uso individual”, orienta Gomes.

A Fiocruz reforça a importância da vacinação contra a Covid-19 e Influenza, além da manutenção de medidas de higiene como lavar as mãos frequentemente e evitar aglomerações. A atenção aos sintomas e a busca por atendimento médico precoce também são cruciais para conter o avanço das doenças.

Com informações da Agência Fiocruz

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