Saúde do coraçãoEle é cercado por veias e artérias e tem a delicada missão de bombear sangue para todo o nosso corpo, realizando a troca de importante substâncias. O coração deve ser lembrado todo dia, mas ganhou uma data no calendário só pra ele: 29 de setembro. O Dia Mundial do Coração serve de alerta para o cuidado que é preciso ter com a saúde, mesmo em meio à turbulenta rotina dos dias atuais, além de conscientizar a população sobre os problemas cardiovasculares que podem acontecer em qualquer idade.

A doença cardíaca é a principal causa de morte no mundo. Só no Brasil, em 2015, pouco mais de um terço das mortes registradas estão ligadas a doenças cardiovasculares, totalizando mais de 350 mil óbitos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. As causas são diversas: obesidade, estresse, sedentarismo, hipertensão arterial, colesterol elevado, hereditariedade, falta de alimentação equilibrada, uso do álcool e tabaco, entre outras.

Segundo o chefe da Cardiologia Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), Dany David Kruczan, a doença arterial coronariana é a mais prevalente e uma das que tem exigido bastante atenção dos especialistas. “Podemos dizer que o mal do século é a doença arterial coronariana. Existem fatores genéticos, associados a certos hábitos, como o estresse do dia a dia e a alimentação de fast foods, que tornam muito mais prováveis as doenças do coração”, destaca o cardiologista. Dos 40 anos de profissão, ele já dedicou 35 aos pacientes do instituto.

Como identificar a doença cardíaca

A doença arterial coronariana pode ser dividir em duas fases. A crônica é quando há uma dor no peito e se manifesta com algum esforço físico ou até mesmo em repouso, podendo irradiar para a mandíbula, braço esquerdo, abdômen, dorso, punhos e até para os dentes. Há também a fase aguda, quando ocorre uma fortíssima dor no peito, também podendo irradiar para outros membros e geralmente é acompanhada de náuseas, vômitos e palidez.

“Nestes casos, acontece o conhecido Infarto Agudo do Miocárdio, que provoca uma dor tão intensa que parece uma sensação de morte, segundo relatos de pacientes. É uma doença que ainda atinge em maior parte o público masculino, mas vem avançando também entre as mulheres, que hoje tem a vida tão ativa como a do homem”, enfatiza Kruczan.

O cardiologista reforça que a mudança de hábitos é essencial e começa com a conscientização de que é preciso dar um basta para ter uma nova vida. A prevenção continua sendo a melhor forma de cuidar da saúde, com o acompanhamento médico, boa alimentação e a inserção de atividades físicas na rotina.

“A avaliação completa de um cardiologista é o primeiro passo para a busca pelo tratamento. Somente ele é capaz de orientar sobre exames, medicamentos e condutas mais adequadas para cada paciente. Além disso, adquirir costumes mais saudáveis ao próprio dia a dia, como fazer caminhadas ou mesmo trocar o elevador pela escada. Costumo dizer que a palavra-chave é disciplina. Se a pessoa ainda não tem bons hábitos, é preciso mudar e a hora é agora”, finaliza.

“A gente sabe que alguns hábitos alimentares e comportamentais nos últimos anos têm feito surgir diversos problemas de saúde, como a doença cardíaca, mas é importante lembrar dos cuidados que o nosso corpo precisa e visitar regularmente o médico para o acompanhamento necessário”, destaca Luiz Antonio Teixeira Jr., secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.

Veja também 5 dicas para manter o coração saudável

Sobre o Instituto Estadual de Cardiologia

O Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC), no Humaitá, é uma unidade da Secretaria de Estado de Saúde voltada exclusivamente para o tratamento de doenças cardíacas e cardiovasculares. Inaugurada em 1941, é referência no tratamento de patologias cardíacas de alta complexidade em adultos e crianças, oferecendo procedimentos de hemodinâmica e Cardiologia intervencionista com atendimento de urgência e emergência especializada 24 horas, cateterismo, entre outros. Em 2016, foram mais de 23 mil exames, cerca de 115,5 mil consultas e 1.590 internações.

O instituto ainda conta com aparelhos para ausculta cardíaca coletiva, que estuda os sons gerados pelo ciclo cardíaco e seu significado. Os sons captados são enviados via rádio para residentes e alunos de graduação da área que utilizam a ferramenta para estudos na área de cardiologia e aprimoramento das técnicas utilizadas pelos profissionais da unidade.

Fonte: SES-RJ

 

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