Por Rodrigo Vilar e Manuela Melo*
O mercado de saúde no Brasil tem passado por importantes transformações, marcada pela incorporação de tecnologias que já estão em funcionamento e impactam diretamente o cuidado com a população. Longe de serem apenas tendências, essas inovações fazem parte da rotina de clínicas, hospitais e serviços públicos e privados, mostrando como a digitalização está moldando o futuro da saúde brasileira. É um contexto que será amplamente abordado na fisweek25 (#fswk25) e no Rio Health Forum (#rhf), de 5 a 7 de novembro, no ExpoRio Cidade Nova.
Um dos avanços mais notáveis é o uso da Inteligência Artificial aplicada ao diagnóstico. Hoje, algoritmos de aprendizado de máquina conseguem analisar exames de imagem, eletrocardiogramas e até mesmo dados de sangue com rapidez e precisão, auxiliando médicos na detecção precoce de doenças como o câncer e problemas cardiovasculares. Na prática, isso reduz o tempo de espera por resultados, agiliza decisões clínicas e aumenta as chances de sucesso dos tratamentos.
Outro movimento em crescimento é a expansão da telemedicina, consolidada após a pandemia de COVID-19. O atendimento remoto já não se restringe a consultas básicas: abrange especialidades diversas, acompanhamento de doenças crônicas e até monitoramento de pacientes em regiões distantes. Essa modalidade amplia o acesso, especialmente em localidades onde há escassez de profissionais de saúde, e contribui para diminuir desigualdades regionais.
A internet das coisas (IoT) na saúde também se tornou realidade. Dispositivos conectados monitoram em tempo real sinais vitais, adesão a tratamentos e uso de medicamentos. Esses dados alimentam sistemas de gestão que permitem ajustes personalizados e respostas mais rápidas em casos de emergência, trazendo mais segurança ao paciente e eficiência ao sistema.
No campo da prevenção, destacam-se sistemas de triagem digital capazes de avaliar riscos de forma quase imediata, como em doenças cardiovasculares. Esses mecanismos reduzem o tempo de espera para consultas e exames, priorizando casos mais urgentes.
Ao mesmo tempo, tecnologias de gestão logística, apoiadas em algoritmos preditivos, já contribuem para diminuir desperdícios de insumos e vacinas, além de melhorar a distribuição em larga escala.
Por fim, a análise de grandes volumes de dados (big data) está sendo aplicada para prever surtos, mapear perfis de pacientes e otimizar políticas de saúde pública. O cruzamento de informações em tempo real fortalece a tomada de decisão em um setor que depende cada vez mais de respostas rápidas e baseadas em evidências.
As inovações tecnológicas que já estão em prática no Brasil não apenas tornam o sistema mais ágil e eficiente, mas também aproximam o país de um modelo de saúde mais acessível, preventivo e centrado no paciente. Trata-se de um movimento irreversível que tende a transformar a experiência de milhões de brasileiros.
Rodrigo Vilar é CEO da Iniciativa FIS, comunidade de saúde. Manuela Melo é CEO da fisweek e CMO da Iniciativa FIS.
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