Desde 2009, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de câmaras de bronzeamento artificial no Brasil após comprovação de que estes equipamentos causam danos à saúde, aumentando o risco para o câncer de pele. Episódios de bronzeamento artificial e exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, principalmente na infância e adolescência, contribuem para o aparecimento da doença.

Apesar disso, muitas pessoas ainda se submetem ao bronzeamento artificial de forma ilegal, colocando a saúde em perigo. Durante uma operação conjunta cerca de 30 câmaras de bronzeamento fabricadas sem autorização da Anvisa em dois estabelecimentos foram interditadas nas cidades de Arujá e Guarulhos, na Grande São Paulo, nesta sexta-feira (1º),

Além disso, foram verificadas outras irregularidades como ausência de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) e alvará sanitário. Após os registros das irregularidades, Anvisa, Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) de São Paulo e o Centro de Vigilância Sanitária (CVS)  interditaram totalmente as atividades dos dois estabelecimentos inspecionados.

Bronzeamento artificial é fator de risco para o melanoma cutâneo

O bronzeamento artificial é um dos principais fatores do melanoma cutâneo, uma neoplasia maligna (tumor) potencialmente muito agressiva. Segundo o oncologista clínico da Unimed Araxá, Gabriel de Oliveira Simões, mesmo lesões pequenas, porém profundas, podem causar doenças graves. “Como toda doença oncológica, o diagnóstico precoce é a principal ferramenta para aumentar as chances de cura”, ressalta.

Outros fatores de risco para o câncer de pele são:

– exposição solar principalmente devido aos raios ultravioleta B;

– exposição solar associada à queimadura;

– pessoas pele clara e olhos claros;

– imunossupressão (pacientes transplantados, que convivem com HIV e portadores de linfoma);

– história pessoal de câncer de pele.

Tratamento

O tratamento evoluiu de forma significativa nos últimos anos, com o advento da terapia-alvo, na presença da mutação do gene BRAF, que ocorre em até 50% dos casos, e da imunoterapia, que atualmente representam o padrão de tratamento sistêmico, quando indicado.

Nos estágios iniciais, a doença é tratada, a princípio, apenas com cirurgia. Ao passo que, se localmente avançada, existe o benefício do tratamento sistêmico associado, que é acompanhado pelo oncologista clínico”, explica o médico.

Como o diagnóstico precoce é a melhor ferramenta de controle da doença, é fundamental a visita periódica ao dermatologista para o exame de toda a pele, com periodicidade individualizada a depender do risco e dos fatores clínicos de cada pessoa.

Da Agência Brasil e Unimed Araxá

 

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