Quando o Natal se aproxima, muitas famílias não conseguem comemorar o momento juntas, pois algumas pessoas estão em seus ofícios. Seja transportando um paciente no leito do hospital, ou fazendo o transporte pelos bairros da cidade. Alguns profissionais simplesmente não podem parar. Durante a pandemia, percebeu-se como algumas profissões são mais que essenciais: seja na área hospitalar, transporte público ou limpeza urbana. Eles continuam seu ofício independente do que aconteça no mundo.

Adilson Pedro Ferreira é gari há 33 anos e ama o que faz. Começou a trabalhar como auxiliar administrativo, mas ficar dentro do escritório não preenchia seu tempo como ele gostaria. Foi quando prestou o concurso e tornou-se gari em 1988. “Eu gosto de ser útil e aqui, na rua, me sinto assim. Inclusive cuido do jardim da praça, até ganhei uma placa por isso”, descreve Adilson.

Ele trabalha atualmente na Praça Comandante Xavier de Brito, na Tijuca e leva pouco mais de uma hora de sua casa, em São João de Meriti, até a Praça dos Cavalinhos, como é conhecida. Casado com Rosane Faial, pai de cinco filhos, avô de 20 netos e bisnetos. Para ele, o Natal é uma data triste. “A gente até reúne toda a família nesta data, mas eu fico triste por ver que tantas famílias não podem ter uma ceia, muitas nem tem o que comer em casa”, afirma o gari.

Angelito Ferreira Santos Soares é motorista de ônibus há aproximadamente 16 anos. Sente-se feliz com seu trabalho, pois é dele que tira o sustento para a sua família, a esposa Luciene Coelho de Souza Soares e o filho Thiago, de 17 anos.

  1. “Confesso que é uma profissão perigosa e muito sacrificante. Fico distante da minha família durante a noite e por vários anos passei o Natal e Ano Novo longe deles. Quantas vezes estava dirigindo e observava as famílias reunidas, felizes e eu com o coração partido, sem conseguir dar nem um beijo na minha esposa e no meu filho”, revela.

Adilson e Angelito receberam uma ceia de Natal antecipada no dia 14 de dezembro, com direito a música ao vivo. A celebração foi oferecida por voluntários no salão jovem da Igreja Adventista, em Botafogo. Os convidados eram profissionais essenciais das áreas hospitalar (maqueiro e médico), transporte público e limpeza urbana.

Mutirão de Natal arrecada 679 toneladas de alimentos

O Mutirão de Natal surgiu em 1994, através de uma gincana para promover a arrecadação de alimentos para beneficiar famílias carentes para um Natal sem fome. Desde então, a ação é apontada como um dos principais projetos sociais de arrecadação de alimentos no país, mobilizando comunidades, voluntários, empresas públicas e privadas e emissoras de televisão.

Neste ano, apenas a igreja adventista de Botafogo arrecadou 40 toneladas de alimentos que estão sendo doados a famílias cadastradas através da Assistência Social Adventista (ASA) da igreja, além de comunidades e instituições que atendem a população em situação de vulnerabilidade social.

Na região Central do Rio de Janeiro, o projeto arrecadou 679 toneladas de alimentos. Além disso, outras doações podem ser feitas como vestuário e brinquedos. O Mutirão acontece durante todo o ano, para atender famílias e projetos sociais mensalmente. Para participar do projeto, basta fazer sua contribuição numa igreja adventista.

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