O termo técnico alopecia é amplo na Medicina e engloba qualquer tipo de queda de cabelo, inclusive, pelos corporais. A epidemia de queda capilar afeta milhões de pessoas em todo o mundo e tem sido uma grande preocupação, até mesmo entre os jovens. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), jovens entre 20 e 25 anos representam 25% dos brasileiros com alopecia. Diversos famosos, homens e mulheres, também estão na lista dos que apresentaram sinais de alopecia antes dos 30 anos.
Recentemente, a cantora Maiara revelou que, assim como a irmã gêmea Maraísa, também sofre de alopecia androgenética. O ator Paulo Vilhena, de 44 anos, enfrenta o problema desde os 20 anos e acaba de lançar um programa no Youtube para mostrar sua jornada contra a calvície. Ao longo dos anos lidando com a doença, o ator passou por três ou quatro tentativas de recuperar seus fios, mas não obteve sucesso.
“A cada tentativa frustrada, eu me sentia cada vez pior, minha imagem cada vez mais abalada”, desabafou Paulo Vilhena. “Além da calvície ainda tinha que conviver com resultados inestéticos dos procedimentos, que são as cicatrizes”.
São diferentes tipos dessa condição. Uma das mais comuns é a alopecia aerata, uma doença autoimune, com participação genética, que provoca queda de cabelos, resultando mais frequentemente em falhas circulares e localizadas no couro cabeludo. No entanto, a duração e a extensão da doença são variáveis e o paciente pode até perder todos os pelos do corpo. Pessoas de todas as idades, homens, mulheres e todos os grupos étnicos podem ser afetadas. Contudo, segundo dados do Ministério da Saúde, 60% dos pacientes têm menos de 20 anos.
Segundo o médico tricologista Danilo Cardoso, da novofio
“Predisposição genética, falta ou excesso de alguns hormônios, estresse, má alimentação, déficit de vitaminas e tabagismo são alguns dos fatores. É necessário ressaltar que o diagnóstico de calvície precoce necessita de avaliações individuais, para definir qual o caso do paciente e o tratamento mais adequado, como a mesoterapia, microagulhamento
ou formulações via oral e uso de soluções tópicas. Hoje o mercado já dispõe de serviços e transplantes cada vez mais democráticos”, explica o especialista.
Confira alguns famosos que enfrentam a alopecia
- Eslovênia
A ex-BBB Eslovênia Marques, de apenas 25 anos, publicou em seu Instagram que descobriu ter a doença, que provavelmente pode ter sido causada por razões emocionais. Ela compartilhou com os fãs: “E eu que do nada descobri que tenho alopecia? Acho que correria, ansiedade… A sorte é que eu tenho um monte de cabelo, aí não aparece. É muito louco, eu nem sabia que isso existia”. A influenciadora também compartilhou imagens onde seu cabelo apresentava falhas.
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Juliette
A campeã do BBB 21, que sempre aparece com fios bem longos e cheios, surpreendeu os fãs ao revelar para seus seguidores, em uma live nas redes sociais, que convive com a alopecia androgenética desde jovem. A doença afeta homens e mulheres, e, se diagnosticada precocemente pode ser tratada com medicações tanto tópica quanto oral. “É necessário ter paciência e confiar no processo do tratamento”, afirma o médico.
Maraísa
Quando uma seguidora questionou por que Maraísa havia optado por um corte de cabelo mais curto, visto que o cabelo longo era uma de suas características marcantes. A cantora respondeu: “Decidi dar um tempo nos apliques. E sabe por quê? Porque sofro de alopecia androgenética. Aqui em cima, minha cabeça é carequinha, dá para ver?”, revelou.
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Roger Guedes
Roger Guedes, do Corinthians. O jogador já foi assunto nas redes sociais após falar sobre o assunto em diversas entrevistas. O atacante do timão, que tem apenas 26 anos, explicou que desenvolveu o problema pois tem o hábito de pintar seu cabelo desde os 15 anos, o que ele acredita que possa ter danificado seu couro cabeludo.
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Ariana Grande
Ariana Grande, de 30 anos, é conhecida no mundo todo por sua carreira como atriz e cantora, com seus hits famosos pelo mundo e também por sua marca registrada: seu rabo de cavalo. Porém, o penteado, que é bem justo e firme preso no alto da cabeça, pode ter sido a causa para a cantora desenvolver alopecia por tração. Isso acontece quando a pessoa faz penteados como tranças e rabos de cavalo apertados, que forçam demais a raiz do cabelo, o que pode até causar danos irreversíveis nos folículos capilares.
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Principe William
Em 2021, o príncipe William foi nomeado como o homem careca mais sexy do mundo, segundo o jornal britânico The Sun. Recentemente, em um evento que promove prêmio de inovação vegana, o membro da família real britânica brincou sobre a calvície, compartilhando com o público que já lida com a condição há alguns bons anos.
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Principe Harry
Assim como o irmão, Harry atrai olhares para sua falta de cabelo. Segundo informações do Daily Mail, o médico cirurgião Asim Shahmalak, da Crown Clinic de Manchester, na Inglaterra, prevê que o membro da família real vai ficar completamente careca até os 50 anos, seguindo os passos do príncipe William, pois os dois possuem o mesmo gene da calvície.
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Alopecia Androgenética: a calvície hereditária
A calvície feminina é, na grande maioria das vezes, uma condição silenciosa. Muitas mulheres podem estar enfrentando a Alopecia Androgenética sem sequer perceber, pois os sintomas clássicos e evidentes normalmente demoram anos para surgir. A dermatologista especializada em transplante capilar, Hevelyn Mendes compartilha informações essenciais sobre essa condição que pode afetar a autoestima e bem-estar das mulheres.
“A alopecia androgenética pode se manifestar de forma sutil, mas com a expertise certa, é possível superar seus efeitos. Lembre-se de que a calvície feminina não deve ser negligenciada. Busque orientação profissional para entender sua condição e explorar as opções de tratamento disponíveis. Afinal, o silêncio da calvície não precisa ser uma realidade permanente, e medidas podem ser tomadas para restaurar a saúde capilar e a autoconfiança”, afirma.
Alopecia Androgenética: A Calvície Hereditária
A Alopecia Androgenética, ou calvície, é uma das doenças capilares mais comuns na população. A principal causa é genética, ou seja, há um importante fator hereditário envolvido. Embora seja frequentemente associada aos homens, as mulheres também podem ser afetadas por essa condição.
Nos casos de calvície feminina, a forma como a condição se apresenta é um pouco diferente em comparação com os homens. O intrigante é que os primeiros sinais da doença são frequentemente sutis e podem passar despercebidos. Muitas mulheres não associam esses sinais à calvície, o que pode levar a um diagnóstico tardio.
A identificação precoce da calvície feminina é essencial para a gestão eficaz da condição. Ao notar qualquer um dos sinais, é fundamental buscar a avaliação de um profissional tricologista. Através da tricoscopia, uma análise profunda do couro cabeludo, é possível diagnosticar a presença da Alopecia Androgenética e estabelecer um plano de tratamento personalizado.
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Tipos de alopecia e seus sinais
“A alopecia pode ter um impacto significativo na autoestima e bem-estar emocional de uma pessoa. Ao entender os sinais da alopecia, buscar um diagnóstico precoce e encontrar um profissional especializado, os indivíduos afetados podem tomar medidas proativas para tratar e gerenciar a condição”, afirma.
A Importância da escolha do profissional
“Encontrar o profissional de saúde adequado é essencial para o diagnóstico correto e o tratamento eficaz da alopecia. Encontrar um médico de confiança e com o qual você se sinta confortável é fundamental para estabelecer uma parceria efetiva e alcançar os melhores resultados no tratamento da alopecia”, afirma a Dra Kelly Pico.
Agenda Positiva
Caminhada alerta sobre a alopecia areata no mês de conscientização
Setembro é o mês de conscientização da alopecia areata, uma doença autoimune, com participação genética, que provoca queda de cabelos, resultando mais frequentemente em falhas circulares e localizadas no couro cabeludo. Como forma de conscientização, uma caminhada de conscientização e contra o preconceito será realizada neste domingo (3/09) pela Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ), em parceria com a Pfizer e a Theraskin.
Marcada para começar às 10h, a caminhada começará no Posto 12, seguindo até o Posto 10, em Ipanema, com a participação de pacientes, seus familiares e dermatologistas. Um dos objetivos do evento é aumentar a visibilidade sobre a doença, que não é contagiosa. Apenas o médico dermatologista pode diagnosticá-la com segurança e orientar o melhor tratamento, de acordo com o quadro clínico e o contexto de cada paciente.
“Ações de conscientização sobre a alopecia areata já são realizadas em diversas partes do mundo e a SBDRJ traz esse movimento para o Rio de Janeiro como uma forma de unir as pessoas, incluindo médicos, pacientes e familiares, em torno dessa causa. A proposta é esclarecer e orientar sobre a doença e seus sintomas. Quanto antes forem identificados os sinais, mais cedo o paciente poderá buscar ajuda profissional para o tratamento”, destaca a médica dermatologista Flávia Weffort, uma das coordenadoras do Departamento de Cabelos da SBDRJ.