A cirurgia bariátrica à qual a cantora Jojo Todynho se submeteu no último dia 8 de agosto despertou novamente a atenção de muita gente para o procedimento. Com mais de 300 mil procedimentos realizados entre 2017 e 2022 (315.720) em todo o Brasil, segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a cirurgia bariátrica tem sido uma alternativa para os mais de 6 milhões de pessoas com obesidade no país. Esse número cresceu 29,4% em 2022 em relação ao ano anterior.
A rotina de muitos brasileiros conta com alimentação desregrada e falta de atividades físicas. Por conta disso, a cirurgia bariátrica tem sido cada vez mais uma opção. O tema alcançou um recorde de pesquisa na internet, segundo dados da plataforma Google Trends.  Numa escala que vai até 100, sendo este número o máximo de interesse despertado, a procura por informações sobre o procedimento atingiu, em fevereiro, 90 pontos.
Por conta do aumento de demanda, o Hospital Marcos Moraes criou um serviço multidisciplinar voltado para candidatos à bariátrica, com nutricionista, endocrinologista, psicólogo, entre outros profissionais. Apesar da insatisfação com o que se vê na balança, pensar que a cirurgia é o caminho para ter o corpo desejado, é um erro. De acordo com o cirurgião Luiz Gustavo de Oliveira e Silva, não é simples assim.
Em primeiro lugar, a operação não é indicada para todas as pessoas com sobrepeso, e sim, para aquelas que apresentam índice de massa corpórea (IMC) acima de 40. Para chegar ao valor, basta dividir o peso, em quilos, pela altura, em metro, multiplicada por dois.
Se um homem mede, por exemplo, 1,70m e pesa 90 quilos, ele é obeso, mas não é um candidato à bariátrica, já que o IMC fica em torno de 31. Se ele estiver com 120 quilos, pode ser operado, já que o IMC é de 41.
Se o paciente tiver IMC entre 35 e 40 e doenças associadas, também pode se candidatar. A cirurgia traz inúmeros benefícios além da perda de peso. Ela é capaz de fazer a remissão a longo prazo da diabetes tipo 2, melhorar o risco cardiovascular e até a apneia do sono, além de dores nas articulações.
“É importante que o paciente entenda que após a cirurgia há uma necessidade de acompanhamento constante, envolvendo uma equipe de cardiologista, nutricionista, psicólogo e endocrinologista. Se não houver isso, alguns pacientes correm o risco de voltar a ganhar peso. É um número pequeno, mas acontece”, diz o cirurgião do Hospital Marcos Moraes.
A instituição passou a oferecer um polo de atendimento multidisciplinar para os obesos que procuram a unidade em busca de cirurgia bariátrica.

Adaptações na rotina alimentar pós-bariátrica

A nutricionista Ana Cláudia Gomez explica que os pacientes precisam receber uma série de orientações antes da entrada no hospital e no período seguinte à cirurgia. Não basta, como se pensa normalmente, adotar uma dieta líquida e pastosa nas primeiras semanas e, depois, comer normalmente.
“Nos primeiros seis meses, não se deve tomar bebidas alcoólicas ou gaseificadas, pois causam mal-estar e sensação de “estufamento”. Elas provocam até mesmo náuseas e vômitos. Além disso, é preciso entender que não basta comer pouco após a cirurgia. É preciso escolher alimentos com boa qualidade nutricional, ricos vitamina B12, zinco, cálcio, ferro e ácido fólico”, diz.
As adaptações à nova rotina podem até parecer complicadas para alguns, mas os resultados da bariátrica valem o esforço.  Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, analisou 22 mil pessoas que passaram pelo procedimento, nos últimos 40 anos, e revelou que a cirurgia reduziu os riscos de câncer, diabetes e doenças cardíacas. A pesquisa mostrou que as mortes por doenças cardiovasculares diminuíram 29%, enquanto que, os óbitos em decorrência de câncer caíram 43%.

Guia gratuito tira dúvidas sobre bariátrica

O aumento da procura por cirurgia bariátrica vem acompanhado também de dúvidas. Por isso, o Hospital Angelina Caron criou um guia gratuito para tirar todas as dúvidas sobre cirurgia de redução do estômago. O livro digital traz informações objetivas e práticas. Quem pode realizar a cirurgia, quais os métodos disponíveis e alguns mitos sobre o procedimento são algumas delas.
O e-book apresenta ainda um conteúdo explicativo chamado de “Bari de A a Z” com as principais dúvidas recebidas pelos especialistas em consultas no hospital. O e-book pode ser acessado de qualquer dispositivo eletrônico, como tablets, computadores e smartphones. Para baixar o livro digital clique aqui.
“Esperamos que esse material seja útil para aquelas pessoas que ainda estão em dúvida sobre a indicação cirúrgica, quando é recomendada e a vida depois da cirurgia. São dúvidas que, geralmente, precedem a consulta médica com um especialista no assunto e seguram o paciente em casa”, afirma o coordenador do núcleo de cirurgia bariátrica do Hospital, Pedro Henrique Caron.
Além do livro digital, o hospital abriu um canal de perguntas direto com um de seus cirurgiões bariátricos, Pedro Henrique Caron, para que as dúvidas sejam respondidas pelo profissional. A página para envio de dúvidas pode ser acessada aqui.
Com Assessorias

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