Esse é um investimento histórico, ampliando em três vezes o investimento em IA da Anvisa pelos próximos dois anos. A estratégia é agilizar os registros, eliminando parte do tempo de análise com processos administrativos”, relatou Adriano Massuda.
Dois dias antes no Rio de Janeiro, ao lado de Adriano Massuda na mesa de abertura do Rio Health Forum, evento paralelo à Fisweek 2025, o diretor-presidente da Anvisa, Leandro Safatle, já havia anunciado aos empresários presentes “um conjunto de medidas” para reduzir a burocracia e acelerar o sistema de aprovação de novos medicamentos na agência. Ele falou sobre o tema com exclusividade ao Portal Vida e Ação.
100 novos servidores vão ampliar o trabalho da Anvisa
Objetivo é modernizar e aprimorar as análises regulatórias do órgão, fortalecendo a capacidade institucional e ampliando o acesso da população às tecnologias em saúde
Na sexta, Safatle também apresentou o Plano de Ação para Redução das Filas de Registro na Anvisa, com uma série de estratégias para possibilitar o acesso mais rápido a novas opções de tratamento pela população. O investimento também será destinado à contratação de especialistas em IA, o que colocará a Anvisa em avanço ainda maior na tecnologia dos processos.
Além disso, mais de 100 novos servidores foram convocados para ampliar o escopo de trabalho da Anvisa, com início do curso de formação em dezembro deste ano, que atuarão diretamente nas ações de agilidade dos processos de análise.
O apoio do Ministério da Saúde é fundamental para avançarmos no processo de registro, além de viabilizar a recuperação do nosso corpo técnico com novos servidores. Atuaremos em diversas frentes e esperamos, em um ano, diminuir o tempo médio em 50%, que hoje é de no máximo três anos”, destacou o diretor-presidente da Anvisa, Leandro Safatle.
Projeto será realizado em dois anos com uso de IA
De acordo com o Ministério da Saúde, as ações preveem maior celeridade na avaliação de propostas de inovação radical e incremental, visando “atrair o investimento de empresas nacionais e internacionais na produção no Brasil e ampliar o acesso da população a medicamentos, vacinas e inovações em saúde para o tratamento de diversas doenças, principalmente as raras e crônicas”.
De acordo com o ministro da Saúde em exercício, o investimento tem como objetivo modernizar e aprimorar as análises regulatórias da Anvisa, aumentando a capacidade institucional para otimizar as filas de análise de produtos para registro comercial no Brasil.
Esse é um avanço importante para garantir cada vez mais o acesso da população a tecnologias em saúde que podem salvar vidas e fortalecer o nosso sistema público de saúde, que é referência mundial em atendimento”, disse Adriano Massuda.
AnvisAI será realizado em dois anos com uso de IA
A iniciativa será realizada por meio do Projeto AnvisAI, com o objetivo de estruturar soluções tecnológicas e analíticas para garantir uma resolução mais ágil, precisa e baseada em evidências científicas aos processos.
O projeto terá vigência de 24 meses, com entrega de um protótipo funcional de IA, painéis de Business Intelligence (Power BI) e um manual de diretrizes éticas e operacionais.
O AnvisAI está contemplado nas ações de competência do Comitê Permanente de Articulação e Monitoramento de Ações Regulatórias referentes ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS).
Outras duas ações serão instituídas nos próximos meses para redução das filas de registro: a criação do Comitê Regulatório para a Inovação e a do Comitê de Acompanhamento do Plano de IA. Estão previstos ainda:
- análise de registro por agrupamento de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) e forma farmacêutica (sintéticos);
- a publicação de edital para substituição de posição na fila de análise de registro de medicamentos, mediante desistência formal de um requerente; e
- o aprimoramento da matriz de risco de inspeções, que permitirá mais agilidade em casos de maior risco sanitário e simplificará os processos.
Também será ampliado o diálogo com o setor regulado para qualificar as submissões, reduzir retrabalhos e mitigar atrasos decorrentes de petições incompletas ou de baixa qualidade técnica”, informou o ministério.
Fonte: Ministério da Saúde, com Redação




