Para ressaltar a importância do aleitamento materno, principalmente nos primeiros seis meses de vida do bebê, foi instituída a lei nº 13.435, de 12 de abril de 2017, que tornou o mês de agosto inteiramente dedicado ao tema, passando a ser conhecido como Agosto Dourado.

Durante a Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada entre 1 e 7 de agosto, o Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam) reuniu esclarecimentos para as grávidas e mães que possuem dúvidas em relação à amamentação durante a pandemia da Covid-19.

De acordo com Ana Lúcia da Silva, supervisora do Programa Parto Seguro à Mãe Paulistana, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, é essencial a manutenção da amamentação mesmo em caso de mães infectadas pelo Covid-19.
“A amamentação deverá ser mantida em caso de infecção pela Covid-19, desde que a mãe deseje amamentar e esteja em condições clínicas adequadas para fazê-lo, sempre atentando-se para a higienização das mãos e uso de máscara”, explica a especialista.
Sendo assim, uma mãe infectada deverá lavar as mãos por pelo menos 20 segundos antes de tocar no bebê ou antes de retirar o leite materno, usar máscara facial durante as mamadas, cobrindo completamente o nariz e boca, e evitar falar ou tossir durante a amamentação.

No caso da mãe não se sentir confortável para amamentar diretamente a criança, poderá extrair o leite manualmente ou utilizar bomba de extração láctea, devidamente higienizada, e um cuidador saudável poderá oferecer o leite ao bebê através de um copinho, xícara ou colher.

A especialista esclarece ainda que não há evidência científica publicada que indique a transmissão do vírus pelo leite materno. “Parece improvável, portanto, que a doença seja transmitida por intermédio do leite materno, seja através da amamentação ou pela oferta do leite extraído pela mãe”, explica.

Já para os casos de mães doadoras de leite materno, Ana Lúcia alerta que o Ministério da Saúde recomenda que caso a mulher tenha sintomas de gripe ou more com alguém que apresente os sintomas, deverá suspender a doação durante esse período.

Especialista esclarece mitos e verdades da amamentação

Mais do que nutrir a criança, o ato de amamentar colabora para a prevenção de inúmeras doenças, graças a quantidade de anticorpos e proteínas presente no leite, contribui para o desenvolvimento cognitivo e sensorial, além de ser um dos momentos mais especiais e íntimos entre mãe e filho.

Entretanto, mesmo sendo um assunto tão relevante, afirmações equivocadas podem surgir, prejudicando assim o processo da amamentação.
Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis , selecionou algumas das principais dúvidas sobre o tema a fim de esclarecer essas questões. Confira:

Quem tem prótese de silicone ou fez redução mamária não pode amamentar

MITO. Cirurgias desse tipo não impedem a mulher de amamentar, desde que as estruturas das mamas sejam preservadas. Por isso, é importante alertar o profissional responsável pelo procedimento que ainda existe o desejo de engravidar, dessa forma, ele pode avaliar a melhor técnica a ser utilizada.

Mesmo congelado, o leite materno manterá os mesmos nutrientes

VERDADE. Se armazenado de forma correta, o alimento pode durar até 15 dias sem perder a qualidade nutricional e principais características.

É recomendado revezar os dois peitos a cada mamada

MITO. Até alcançar a parte nutricional do leite, onde se encontra o açúcar e a gordura, responsáveis pelo ganho de peso, o recém-nascido pode levar alguns minutos, então, efetuar essa troca durante a amamentação, pode ser prejudicial, contribuindo para que ele sinta fome mais vezes, já que não foi nutrido corretamente.

Itens como a mamadeira podem atrapalhar o processo da amamentação

VERDADE. Ao se alimentar diretamente no peito, é necessário que a criança faça um esforço maior para a sucção do leite, algo que não ocorre com a mamadeira devido ao posicionamento da língua. Essa facilidade, pode levar o bebê a rejeitar a primeira opção, ocasionando assim a diminuição da produção de leite.

É necessário higienizar os mamilos a cada mamada

MITO. Essa limpeza não precisa ocorrer sempre, desde que a cada banho a mãe lave os seios com água e sabonete neutro.

O estresse pode contribuir para a diminuição do leite

VERDADE. Durante a amamentação, a mulher produz em maior quantidade a prolactina, hormônio responsável pela produção do leite. Porém o alto nível de estresse, devido a noites mal dormidas ou outras interferências, eleva a liberação da adrenalina e, consequentemente, a diminuição do alimento.
Com Assessorias Cejam e Criogênesis
Shares:

Related Posts

1 Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *