Abril é o mês de conscientização da Doença de Parkinson (DP), com objetivo de oferecer conhecimento para a população e promover ações de prevenção e tratamento que melhorem a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 1% da população mundial com idade superior a 55 anos tem a doença. Entre 4 e 10 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com Parkinson.

No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com a DP, que causa tremores, lentidão dos movimentos, rigidez muscular, mudanças na entonação da voz, dores, entre outros sintomas. Embora sem cura, o tratamento da doença, que visa a contenção dos sintomas, pode ser potencializado com diagnóstico precoce, retardando o agravamento da condição e aumentando a qualidade de vida do paciente.

Atualmente, não há cura para a DP, mas existem tratamentos que podem ajudar a gerenciar os sintomas. Os sintomas aparecem cerca de 10 a 15 anos antes da doença se instalar. Para esclarecer a população, a Associação Brasil Parkinson (ABP), que ajuda pacientes a adotar e manter uma rotina de cuidados com profissionais multisetoriais, prepara várias ações para o Dia Mundial da Doença de Parkinson, em 11 de abril. Entre os destaques está o relançamento do e-book de orientação à população sobre diagnóstico precoce.

A programação também conta com o lançamento de um aplicativo para ampliar a participação do parkinsoniano no mundo digital, a realização de uma semana de ‘lives’, o treinamento para servidores da Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo e palestras na sede da ABP.

“São muitos os desafios para dar atendimento ao paciente no Brasil, na rede pública, privada ou no terceiro setor, porque a Doença de Parkinson tem sintomas que mascaram o diagnóstico, então, precisamos divulgar ao máximo informações para conscientizar a população e os profissionais da saúde”, explica Érica Tardelli, que é mestre em Neurociências pela USP e atual presidente da ABP.

De acordo com ela, são usadas tecnologia e meio digital para ampliar serviços, seja com o ebook, sobre sintomas e diagnóistico precoce, seja na parceria para difundir o aplicativo que inclui e estimula exercícios faciais.

“Temos parceria com universidades para incentivar estudos científicos, capacitamos profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e educadores físicos, ampliamos a troca de informações com as principais entidades nacionais e internacionais de pesquisa”, conta.

Entenda a doença

A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa crônica que afeta principalmente os movimentos automáticos, como: andar, falar, escrever. Alguns dos sintomas motores mais comuns incluem: lentidão de movimento (bradicinesia), rigidez muscular, tremor, problemas de postura e equilíbrio.  O Parkinson é considerado pelos estudiosos uma pandemia, por causa da potencialização de fatores ambientais, como consumo de agrotóxico e poluição.

Estatísticas

Estima-se que 1% da população mundial, acima de 55 anos, tem Parkinson. Cerca de 3,3% das pessoas com mais de 64 anos possuem o diagnóstico no Brasil. Em 2040, o número de pessoas com doença de Parkinson é projetado em todo o mundo para exceder 12 milhões, segundo estudos do Global Burden of Disease.

De acordo com a OMS, estima-se que existam cerca de 10 milhões de pessoas com a Doença de Parkinson no mundo.

No Brasil, estima-se que entre 200 e 300 mil pessoas tenham DP

A DP é mais comum em pessoas com mais de 60 anos, mas pode afetar pessoas mais jovens também.

A doença é mais comum em homens do que em mulheres.

Sintomas

Parkinson é a segunda doença degenerativa mais comum, atrás apenas do Alzheimer. Não tem cura, mas tem tratamento. É genético, mas não hereditário.  Os sintomas da Doença de Parkinson podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

Lentidão dos movimentos (bradicinesia): pode afetar a capacidade da pessoa de realizar tarefas do dia a dia, como vestir-se ou comer.

Tremores: nas mãos, braços, pernas ou queixo, que ocorrem quando a pessoa está em repouso.

Rigidez muscular: a rigidez pode afetar qualquer parte do corpo e pode tornar os movimentos difíceis e até mesmo dolorosos.

Problemas de equilíbrio e alterações posturais: a pessoa com DP pode ter postura curvada para frente e/ou para os lados, dificuldade para andar (passos curtos) e maior risco de quedas por piora dos reflexos posturais.

Alterações cognitivas: a DP pode afetar a atenção, e a capacidade de tomar decisões complexas.

Problemas de sono: a DP pode causar insônia, sonolência diurna e sonhos que parecem realidade (vívidos).

A DP também pode causar:  depressão, ansiedade, alterações do humor, falta de atenção e concentração e isolamento social.

Dor muscular, diminuição do olfato, intestino preso, alteração da escrita e redução da expressão facial também estão entre os sintomas

Tratamento

É importante o diagnóstico precoce consultando um neurologista especialista em distúrbios do movimento. O tratamento ajuda na qualidade vida do paciente e atrasa os impactos da evolução dos sintomas. Cuidados multiprofissionais – fisio, fono, terapia ocupacional, artes e esportes.

Agenda da ABP – Abril Verde

Semana de Lives ABP – De 10 a 14 de abril, pelo Instagram, a semana de ‘Lives da ABP’ reunirá, sempre às 20h, no Instagram da entidade, médicos, advogado e o jornalista Andre Tal, que tem DP.

  • 10/04 – Tratamento Medicamentoso nas complicações motoras da DP, com Chien Hsin Fen, neurologista especialista em Distúrbios do Movimento;
  • 11/04 – Enfrentamento da Doença de Parkinson em pessoas jovens, com o Repórter Especial da Record TV, Andre Tal – @andretaloficial;
  • 12/04 – Direitos das pessoas com Parkinson: Aposentadoria, Curatela e Testamento Vital, com o advogado Felipe Braule – @oliveirabraule;
  • 13/04 – Tratamento cirúrgico da Doença de Parkinson: o que eu preciso saber?, com a Dra. Vanessa Milanese, Neurocirurgiã – @dravanessamilanese;
  • 14/04 – Equipe multidisciplinar na Doença de Parkinson: qual a importância do atendimento integrado?, com a equipe da Associação Brasil Parkinson SP e Núcleo Piracicaba – @colibri.parkinson.
  • Outras atividades:

• 11 de abril – relançamento do e-book de orientação à população sobre diagnóstico precoce, sintomas e tratamento – download gratuito aqui.

• 12 de abril – treinamento sobre DP para servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo.

• 15 de abril – workshop para cuidadores, profissionais e familiares

• até 30 de abril – palestras e atividades internas na sede da ABP.

– lançamento de um aplicativo Scrolling Therapy, da Eurofarma/Detsu, para ampliar a participação do parkinsoniano no mundo digital

Ebooks orientam sobre a doença

A ABP elaborou material especialpara conscientização da população sobre os sintomas, a importância do diagnóstico precoce, os tratamentos e como manter a qualidade vida para conviver e retardar a evolução da doença. Clique aqui.

A ABP lança ainda dois e-books: um com informações sobre diagnóstico precoce, sintomas e tratamento e outro sobre exercícios físicos. Os e-books são gratuitos e devem ser baixados no site www.parkinson.org.br.

E-book ‘Sintomas Iniciais (Prodrômicos)’ – pessoas com Doença de Parkinson relatam ter vivenciado sintomas motores e não motores antes do aparecimento dos sintomas clássicos. Para auxiliar na identificação desses sinais e sintomas, a ABP, em parceria com a ProPark, elaborou um material para alertar a população sobre sinais e sintomas que podem surgir antes do diagnóstico.

E-book ‘Atividades e Exercícios Físicos’ – essencial para pessoas com Doença de Parkinson, esse e-book traz algumas atividades e exercícios indicados para auxiliar na melhora da qualidade de vida para as pessoas com DP, pois são comprovadamente neuroprotetores para o cérebro, além de melhorar os sintomas motores e não-motores relacionadas à doença.

A Associação Brasil Parkinson (ABP) é uma entidade sem fins lucrativos que se dedica ao atendimento, suporte e orientação a pacientes com Doença de Parkinson e suas famílias em todo o país. A ABP foi fundada em 1985 e tem como missão promover a qualidade de vida das pessoas com DP por meio de ações que visam o acesso a informações e serviços especializados, como: atendimento psicológico, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, orientação jurídica, entre outros.

Fonte: ABP

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