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Uma nova esperança no tratamento do câncer de próstata para 25 milhões de brasileiros. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou a incorporação da enzalutamida ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, a partir de janeiro de 2018. Desde 2016, a terapia está disponível no rol da ANS para uso pós-quimioterapia. “Mais de 25 milhões de homens em nosso sistema de saúde privada terão acesso a esta nova opção de tratamento. Essa inclusão é muito importante. É um avanço para o tratamento dos pacientes no Brasil”, estima Machado Moura, diretor médico sênior para América Latina da Astellas Farma Brasil.

De acordo com ele, os resultados dos estudos clínicos mostraram que o medicamento adiou por 17 meses o tempo mediano necessário para iniciar a quimioterapia. “Um período significativo de tempo durante o qual os homens têm a sua doença controlada”, ressalta. Moura explica que a enzalutamida, de uso oral, é um inibidor da via de sinalização do receptor de andrógenos. Com isso, o medicamento é capaz de diminuir a proliferação e induzir a morte das células de câncer de próstata, com consequente redução do volume do tumor, conforme estudos realizados in vitro.  “O processo de incorporação ao rol da ANS acontece a cada dois anos. A sociedade civil é amplamente envolvida por meio de consultas públicas, onde são emitidas opiniões sobre os medicamentos e procedimentos em análise”, conclui Moura.

Medicina Nuclear no diagnóstico

 

A tecnologia tem sido a grande aliada para a detecção precoce do câncer de próstata, com exames que identificam possíveis metástases antes mesmo de elas provocarem alterações anatômicas. “A Medicina Nuclear conta com um exame que “vê” a extensão do câncer e localiza possíveis metástases, antes mesmo dele provocar alterações anatômicas ou grande alterações nos níveis de PSA”, comenta o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho – responsável clínico da Dimen SP.

Chamado PET/CT com PSMA, o exame reúne o PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada) com o PSMA – um traçador ativado que é captado pelas células cancerígenas. “Este exame tem sido uma ferramenta indispensável para avaliar o avanço inicial da doença, a resposta ao tratamento, investigar reincidências e validar o uso de algumas terapias”, afirma o especialista.

Simpósio internacional apresenta novas tecnologias

Pesquisadores dos mais renomados institutos de oncologia do mundo, como o Dana Farber Cancer Institute/Harvard Medical School (EUA), se reúnem dias 17 e 18 em São Paulo para discutir o que há de mais avançado no tratamento do câncer. Novas tecnologias, pesquisas e debates de casos clínicos de câncer também estão entre os assuntos de destaque do 5º Simpósio Internacional do Grupo Oncoclínicas, no centro de convenções do Grand Hyatt Hotel.

O evento espera contar com a presença de 800 convidados, com 16 palestrantes internacionais, 210 nacionais, coordenadores e debatedores entre oncologistas, mastologistas, dermatologistas, cirurgiões oncológicos, urologistas, gastroenterologistas e coloproctologistas. Com salas temáticas, divididas em cinco macrotemas – Trato Gastrointestinal, Geniturinários, Tórax, Melanoma e Hematologia – o Simpósio abordará diferentes enfoques sobre aspectos que envolvem desde o diagnóstico à terapêutica, bem como estadiamento da doença.

Fonte: Astellas Farma Brasil, Dimen e Grupo Oncoclínicas

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