Além da conjuntivite e da ceratite, o olho vermelho pode indicar glaucoma (Foto: Divulgação)
Além da conjuntivite e da ceratite, o olho vermelho pode indicar glaucoma (Foto: Divulgação)

Os raios ultravioleta são tão prejudiciais para os olhos quanto para a pele. Com as altas temperaturas, o surgimento de fungos, bactérias e vírus é favorecido na água e em lugares fechados, úmidos e quentes. Por isso, mais do que saber como escolher o óculos de sol ideais para este verão, as pessoas devem se preocupar com doenças típicas que podem afetar os olhos, como a conjuntivite e o terçol. Outras como  ceratite, pterígio e catarata também costumam se intensificar nesta época do ano, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

A conjuntivite é uma infecção que se dá na conjuntiva (membrana que recobre a parte branca do olho), podendo ser do tipo alérgica, bacteriana ou viral. Dentre os sintomas, estão a coceira intensa, vermelhidão, inchaço e lacrimejamento. Já o  hordéolo, popularmente conhecido como terçol,  provoca dor e vermelhidão na pálpebra superior ou inferior acompanhada da formação de um pequeno nódulo que parece um espinha.

A ceratite é uma infecção que surge na córnea, causada por fungos e bactérias. Os sintomas mais frequentes são a sensação de corpo estranho nos olhos e a vermelhidão. A catarata  torna o cristalino (lente natural dos olhos) opaco, deixando a visão embaçada. A doença se manifesta, em média, aos 60 anos, mas uma exposição solar excessiva sem proteção ao longo da vida pode ocasionar o seu aparecimento precoce.

Já o pterígio é comum em pessoas que passam muito tempo ao ar livre, e sem proteger os olhos dos raios ultravioletas (especialmente no verão). Ardência, irritação, olhos vermelhos e incômodo com a luz são sintomas da doença, que costumam piorar com exposição excessiva ao ar condicionado, sol, vento, poeira, fumaça ou esforço visual.

Mais sobre o terçol

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do  Instituto Penido Burnier, o terçol pode aparecer em qualquer período do ano, mas é mais comum no verão. Isso porque, explica, o terçol é uma inflamação das glândulas de zeiss e moll que ficam na base dos cílios. É provocada pelo acúmulo de oleosidade da pele e proliferação de bactérias que aumentam no calor.

“Quando a inflamação obstrui as glândulas sebáceas de Meibomius, localizada na base das pálpebras e responsáveis pela produção da camada lipídica da lágrima, forma o calázio”, afirma. O oftalmologista explica que ao contrário do terçol que pode desaparecer espontaneamente em 7 a 10 dias, o calázio pode necessitar de intervenção cirúrgica. Isso porque, a obstrução forma um granuloma que pode atrapalhar a visão de acordo com a quantidade de secreção sebácea acumulada.

Queiroz Neto recomenda ao primeiro sinal tanto de terçol como de calázio aplicar quatro vezes ao dia compressas mornas feitas com gaze e soro fisiológico durante quinze minutos. Caso não perceba melhora em dois dias é necessário consultar um oftalmologista para prescrição de antibiótico para terçol ou cirurgia do calázio.

O especialista afirma que durante a noite a produção da camada aquoso da lágrima é menor. Por isso, é necessário fazer uma higienização cuidadosa da região dos olhos antes de ir dormir e pela manhã, de preferência com xampu neutro.

Os principais grupos de risco são os adolescentes, quem têm acne, pessoas com blefarite – inflamação crônica das pálpebras – e mulheres que usam maquiagem de baixa qualidade, vencida ou não retiram completamente antes de dormir.

Como evitar doenças nas pálpebras

· Lave as pálpebras e base dos cílios com xampu de PH neutro, como os infantis.
· Retire toda a maquiagem dos olhos antes de dormir.
· Evite maquiar a borda interna das pálpebras.
· Descarte as maquiagens vencidas.
· Não compartilhe maquiagem e outros cosméticos
· Faça um exame de refração em caso de recidivas de calázio.

Da Redação, com assessorias

 

 

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