“O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam”. (Artigo 4 da “Declaração Universal dos Direitos da Água”)

Criado pela Assembleia Geral da ONU em 22 de março de 1992, o Dia Mundial da Água é lembrado anualmente e tem como objetivo a conscientização da população sobre o uso deste recurso essencial.

O ChildFund Brasil – Fundo para Crianças, organização de desenvolvimento social, realizou um estudo para medir o impacto da purificação de água no desenvolvimento das pessoas assistidas pelo projeto Água Pura para Crianças, que ajuda a fornecer água potável utilizando sachês purificadores. De acordo com o levantamento, o projeto contribuiu positivamente nas áreas atendidas, com base na redução da incidência de doenças transmitidas por água contaminada.

Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 2017, há mais de 35 milhões de pessoas sem o acesso ao abastecimento de água tratada. As doenças causadas pela ingestão de água contaminada ainda são uma das principais causas de mortes entre crianças e jovens de países em desenvolvimento.

Além disso, a falta de água potável contribui para vários desafios em uma comunidade como a educação infantil e desenvolvimento da família. Por isso, a importância de analisarmos os impactos causados por iniciativas como o Água Pura para Crianças”, afirma Gerson Pacheco, diretor nacional do ChildFund Brasil.

O projeto Água Pura para Crianças atende mais de 4 mil famílias (aproximadamente 20 mil pessoas), no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, desde 2014. Dos atendidos, quase 6 mil são crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos, nos municípios de Araçuaí, Berilo, Chapada do Norte, Comercinho Coronel Murta, Francisco Badaró, Jenipapo de Minas, Medina e Virgem da Lapa.

As famílias assistidas recebem sachês purificadores, tecnologia social de purificação de água – sachê composto de 4g, que são colocados num balde de até 10 litros de água, e, por meio de processo próprio, seguido da decantação, retiram resíduos de impurezas para que a mesma possa ser consumida. O objetivo geral do Água Pura para Crianças é melhorar a qualidade de vida de cerca de 20.000 pessoas em comunidades rurais, por meio da redução da incidência de doenças transmitidas pela água, através do aumento do consumo de água potável.

O estudo avaliou os atendimentos hospitalares relacionados aos sintomas provocados pelo uso de água contaminada (classificados no Código Internacional de Doenças – CID 10 – A0 ao A009, B15 e B17.2). Praticamente todos os munícipios apresentaram melhoras significativas, analisando o período de 2014 a 2017.

Para se ter ideia da evolução, a cada mil habitantes, o município de Virgem da Lapa reduziu de 78 para 1, o número de casos de atendimento hospitalares motivados por doenças associadas a qualidade da água. Coronel Murta também se destacou na análise, diminuindo os casos de 11 para 1 caso.

Outra região onde o projeto Água Pura para Crianças fez diferença foi Berilo, que no período praticamente zerou os casos de pessoas atendidas em hospitais locais – passando de 56 para 0 a cada 1000 pessoas que davam entrada no hospital com o CID supracitado.

 

Rios que desaguam na Baía de Guanabara

O Museu do Amanhã e o Planetapontocom realizam nesta sexta-feira, 22 de março — Dia Mundial da Água —, um encontro sobre a história do Rio Carioca e sua relação com o ecossistema da Baía de Guanabara. A partir das 15h, uma roda de conversa discutirá a situação dos mais de 140 rios que desaguam na Guanabara. As inscrições são gratuitas e abertas ao público. Para participar, basta acessar o site https://museudoamanha.org.br/

Participarão do encontro a diretora do Planetapontocom e idealizadora do projeto “Carioca, o rio do Rio”, Silvana Gontijo; o consultor de “Baías de Todos Nós”, Marcio Santa Rosa; e o editor de Conteúdo do Museu do Amanhã, Emanuel Alencar.

Primeiro curso d’água tombado no país pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o Carioca nasce na Fonte do Beijo, nas Miríades, acima do trecho conhecido como Paineiras, no coração da Floresta da Tijuca. Suas águas percorrem mais de três quilômetros dentro do Parque Nacional da Tijuca e se acumulam num reservatório conhecido como Mãe D’Água, para depois seguir seu curso pela favela dos Guararapes, Cosme Velho, Laranjeiras, Catete e Flamengo até chegar ao litoral, desaguando na Baía de Guanabara.

Recentemente restaurado, o reservatório da Mãe D’Água guarda preciosidades que datam de 1744. As ações de recuperação do Carioca mostram que há um caminho, baseado na inclusão de moradores e na educação ambiental, para mudar a rotina de degradação. Os participantes poderão conhecer ainda o interativo “Baías de Todos Nós”, que trata dos desafios da Baía de Guanabara, e o “Jogo do Boto-Cinza”, a partir do qual é possível conhecer um pouco sobre a vida desse mamífero, cuja população na Guanabara está cada vez mais reduzida em função de diversas fontes de poluição.

Praia vira sala de aula para debater o problema do micro plástico

Muito tem se falado sobre o micro plástico e o macro lixo que vai parar nos oceanos e que têm causado sérios problemas ao ecossistema marinho. Para trazer a questão mais para perto do dia a dia dos estudantes, a Escola Nova vai promover uma aula interdisciplinar de Química e Biologia na Praia do Leblon.

Alunos do 9º ano vão coletar amostras de areia que serão analisadas a fim de encontrar traço de micro plástico. Outros tipos de resíduos que não deveriam estar ali, à beira-mar, também serão coletados e usados em projetos futuros dos alunos.

Campanha de reciclagem de óleo em shoppings cariocas

Para marcar a data, o Caxias Shopping, o Carioca Shopping e o Passeio Shopping, no Rio de Janeiro, irão promover suas campanhas de reciclagem de óleo, que são recebem doações o ano inteiro. O objetivo da ação é difundir a importância do descarte correto de resíduos como o óleo de cozinha para que não agridam ou contaminem o meio ambiente. Pesquisas indicam que quando descartado de forma incorreta, 1 litro de óleo é suficiente para contaminar cerca de 20 mil litros de água.

Para participar das campanhas, os interessados devem juntar o óleo que é utilizado no preparo de alimentos, até completar uma garrafa PET de 2 litros, e entregar no local de coleta de cada shopping. Ao entregar o óleo, o cliente receberá como brinde um detergente líquido biodegradável. Quando o óleo de cozinha não é descartado de forma correta, ele vai para o esgoto, contamina os mananciais e ainda pode entupir as caixas de gordura das casas, gerando prejuízos não só para o meio ambiente, mas para o bolso. Confira como participar das campanhas.

CARIOCA SHOPPING – Em 2018 o shopping reciclou 5.008 litros de óleo. A troca do óleo de cozinha pelo detergente deve ser feita no SAC, que fica no 1º piso. A ação faz parte das ações de responsabilidade socioambiental do Carioca Shopping.

CAXIAS SHOPPING – Em 2018 o shopping reciclou 3.564 litros de óleo. A troca do óleo de cozinha pelo detergente deve ser feita no Espaço Cliente. O projeto é realizado em parceria com a Grande Rio Ambiental, vizinha do Caxias Shopping. A iniciativa faz parte do projeto Caxias Shopping Sustentável, lançado em 2010.

PASSEIO SHOPPING – Em 2018 o shopping reciclou 1.758 litros de óleo. A troca do óleo de cozinha pelo detergente deve ser feita na administração, que fica no 2º piso do Passeio Shopping. No dia 23 de março o Passeio Shopping terá uma Oficina de Ciências gratuita para a garotada, das 9h às 15h40, que terá como tema “Água: Dona da Vida”.

Da Redação, com Assessorias

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