Um bebê de apenas 1 ano e 11 meses é o paciente mais jovem do Estado do Rio de Janeiro a ganhar um novo coração. O transplante cardíaco foi realizado na última sexta-feira (18), pela equipe do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, e foi anunciado nesta terça-feira (22) pela Secretaria de Estado de Saúde. O pequeno carioca sofria de uma doença chamada miocardiopatia dilatada idiopática e estava em tratamento no INC desde os 10 meses de idade. Ele recebeu o coração de outra criança que teve morte encefálica após um acidente.

Esse bebê já estava sendo acompanhado pelo INC desde o ano passado e estava na fila pelo coração há 31 dias. Conseguimos realizar o transplante em muito pouco tempo e isso só foi possível porque outra família disse sim à doação”, explicou Alexandre Cauduro, coordenador de transplantes infantis do INC.

Segundo ele, mesmo uma criança com menos de um mês de vida pode vir a ser uma doadora. “Bebês nessa idade também podem precisar de um transplante. Só através da conscientização podemos salvar a vida de muitas outras crianças”, destacou.

Nossa corrida para salvar vidas ganha um novo capítulo com a realização dessa cirurgia. É muito importante que as pessoas tenham a consciência da doação de órgãos mesmo em crianças”, explicou Gabriel Teixeira, coordenador do Programa Estadual de Transplantes (PET).

Recorde de transplantes cardíacos este ano

Com a cirurgia, o PET bate ainda outro recorde: nos cinco primeiros meses deste ano já foram 8 transplantes cardíacos, número maior do que no mesmo período do ano passado, quando foram feitos 6. Em todo o ano de 2017 foram realizados 12 procedimentos de coração e esse ano a meta é superar esse número.

Em 2017, o PET realizou 1.607 transplantes de órgãos e córneas, índice que supera em cerca de 43% os procedimentos do mesmo tipo em 2016, quando foram registrados 1.129 transplantes. Este não foi o único recorde batido em 2017: os números de transplantes de fígado, córnea e medula óssea são os maiores desde 2010. A quantidade de doadores efetivos também superou o ano passado, em 2017 foram 247 transplantes contra 226 em 2016.

O programa vem batendo todos os recordes e estamos crescendo na realização de transplantes de rins, córneas e fígado. Mas para isso, é importante que as famílias conversem sobre a importância da doação de órgãos”, disse o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Gama.

Fonte: SES-RJ, com Redação

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2 Comments
  • Marcelo
    Marcelo
    5 de junho de 2018 at 23:37

    Obrigado por falarem do meu filho

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