Ser famoso, ter dinheiro e um bom casamento. Essas expressões, muitas vezes, são consideradas sinônimos de felicidade. No entanto, qual será o verdadeiro caminho para alcançá-la? Para Heloísa Capelas, especialista em inteligência emocional, a felicidade independe de fatos e pessoas e sempre é possível aprender a ser mais feliz na vida cotidiana.

Heloísa é autora do livro “O Mapa da Felicidade”, a obra aborda as principais inteligências humanas, com conceitos e exercícios práticos. “De modo geral, a felicidade é descrita como uma sensação de bem-estar, grande alegria, contentamento, boa sorte, bom êxito, sucesso ou paz interior”, diz a especialista.

Diretora do Centro Hoffman, ela acredita que é a partir do autoconhecimento que as pessoas poderão encontrar a felicidade. Afinal, elas se sentem infelizes, mas não sabem como fazer uma verdadeira mudança que as leve ao encontro daquilo que poderá suprir esse vazio.

Segundo Heloísa, a felicidade é idealizada por fatores externos que, quando alcançados, não satisfazem porque internamente falta o essencial: o amor-próprio. Então, é fundamental ter um encontro consigo mesmo, é preciso fazer o exercício do autoconhecimento a fim de conhecer seus pontos fortes e fracos, planejar as mudanças que deseja, elevar a autoestima e viver intensamente o amor por si mesmo.

Em homenagem ao Dia Internacional do Riso, celebrado na última sexta-feira (18 de janeiro), confira 5 dicas da autora que ajudam a encontrar o caminho da felicidade e viver uma verdadeira revolução interna.

Ser feliz não depende de fatores externos

O que faz você feliz? Segundo Heloísa, essa pergunta é muito difícil de ser respondida. Geralmente, as pessoas não conseguem encontrar as palavras que definem a felicidade. Possuir um bom emprego, abrir o próprio negócio ou ter o carro do ano são alguns desejos muito frequentes. “Por mais diversas que todas essas respostas sejam, existe nelas algo em comum: todas têm uma condição. É a chamada condição ‘se’. Se eu tiver, se eu fizer, se isso ou aquilo acontecer”, afirma.

Para a especialista, a questão do “se” está diretamente ligada a algo que vem de fora e isso não temos controle. Essa conduta torna as pessoas dependentes e reféns de situações externas. A diretora do Centro Hoffman explica que é importante fazer um exercício de autoconhecimento e definir qual é o seu conceito de felicidade.

Seja feliz hoje

Sempre projetamos a nossa felicidade para o futuro. No entanto, é essencial trabalhar com pequenas recompensas no dia a dia. Pode ser que hoje você não se torne o diretor de uma grande empresa, mas não é necessário ser feliz apenas quando você alcança um objetivo. “Devemos nos ensinar a ter prazer na simplicidade, no aqui e agora. Uma mensagem, um jantar, um passeio, jogar um videogame”, diz a especialista.

Seja positivo

Estar em um ônibus lotado não é uma sensação agradável e muitas vezes é visto como sinônimo de infelicidade. De acordo com Heloísa, é preciso mudar um pouco a nossa percepção de algumas situações. “Existe positividade e felicidade em qualquer momento, é uma prática que exige treino”, diz.

No caso do transporte público, as pessoas podem aproveitar o tempo para ler um bom livro ou assistir a uma série. Essas pequenas ações podem nos dar mais prazer no nosso dia a dia.

Para ser feliz, não é preciso parar de sofrer

Estamos imersos em um mundo que entristece, aborrece, suga e cansa as pessoas. É impossível não se sentir alegre o tempo todo. “O grande problema é que não vivemos a dor no momento em que ela surge. Fugimos dela e, paradoxalmente, vivemos uma dor rasa e vazia por toda a vida ou em grande parte dela”, diz Heloísa. Para ela, é preciso tomar cuidado para não cair na armadilha da vitimização e passar a culpar todos a sua volta para se sentir melhor.

Tenha amor-próprio

É muito comum as pessoas esperarem o amor, reconhecimento e respeito dos outros. Assim, recorrem a presentes e cobrem os amigos de agrados. Mas, o amor-próprio é essencial para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. “Quando cada um descobre essa capacidade e se apropria dela de modo integrado, promove um relacionamento muito melhor consigo mesmo. Porque assim se instala em você a vontade de fazer o melhor por si mesmo”, afirma.

 

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