Aconteceu comigo! E por isso resolvi criar esse post. Dia desses fui a um conhecido – e caro – restaurante no Shopping Rio Sul, para um almoço de trabalho. A comida era saborosa, mas cheia de alimentos crus. Saí de lá me sentinho estranha e, ao chegar em casa, os sintomas começaram. Náuseas e uma forte dor na barriga denunciavam o que, provavelmente, foi uma intoxicação alimentar. Com um amigo não foi diferente. Um sushi passado em um restaurante do Shopping Tijuca acabou com o dia de férias dele e do filho, de 9 anos.
Se o perigo é grande mesmo em locais aparentemente com condições sanitárias insuspeitas, que dirá nos ambulantes que circulam livremente nas praias durante o verão. Por isso, é bom redobrar os cuidados. É que nesta época do ano o aumento da umidade do ar, com temporadas de chuvas, favorece a multiplicação de bactérias, inclusive nos alimentos.
Especialistas advertem que, se mal lavados ou acondicionados ou ainda manuseados em condições anti-higiênicas, os preparos (tanto quentes quanto frios) correm sério risco de contaminação por bactérias ou pelas toxinas que esses micro-organismos produzem. E o pior de tudo isso é que o aspecto, sabor e cheiro dos alimentos, geralmente, não muda a olho nu quando eles são infectados. Acredite, este é um importante alerta para o risco de intoxicação alimentar.
As infecções gastrointestinais podem ter origem bacteriana ou viral e normalmente são originadas por conta da ingestão de comidas mal conservadas ou mal higienizadas. “Uma dica para se prevenir é consumir vegetais, carnes e peixes crus somente em locais confiáveis”, afirma José Ribamar Branco, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo (veja outras informações sobre as doenças típicas do verão).
“Esse problema de saúde ocorre quando uma pessoa ingere algum alimento em condições anti-higiênicas. Os alimentos contaminados, quando atingem o sistema digestivo (estômago, intestino e intestino grosso) provocam vômitos, diarreia com cólica abdominal e, em alguns casos, pode até aparecer sangue nas fezes. Indisposição, dores no corpo, calafrios e a desidratação são sintomas secundários desse mal”, afirma Melina Aniquini, nutricionista e consultora da megafarmácia Netfarma.
Para não passar por esse transtorno, que pode ser bastante perigoso dependendo do grau de contaminação do alimento ingerido, confira os conselhos da especialista para se proteger das bactérias nesse período de chuva e sol:
1 – Higienize bem as mãos – Se possível, com sabão antes e após o preparo dos alimentos e lave também os objetos e superfícies utilizadas para cortá-los. “Também é importante cozinhar bem os preparos, colocar os que precisam de refrigeração na geladeira ou congelador até uma hora, no máximo, após a compra e descongelar, preferencialmente, na própria geladeira. Também é aconselhável jogar fora os que geram dúvidas se estão próprios para o consumo”, salienta Melina.
2. Antes de comer – Em casa ou na rua também é importante lavar mãos, pois tocamos constantemente superfícies como maçanetas e corrimões, e há certos tipos de bactérias que conseguem sobreviver por mais tempo nelas. “Hoje em dia, um potente acumulador de micro-organismos é o celular, que está nas mãos a todo momento. Por isso, também vale passar um pano limpo ou lenço com álcool no aparelho para a sua higienização”, ensina a nutricionista.
3 – Comendo fora de casa – Se for a um restaurante, bar ou lanchonete, antes de fazer o pedido, faça uma “inspeção sanitária” discreta – na cozinha e no banheiro do estabelecimento, e observe, inclusive, o estado de higiene dos uniformes dos funcionários, pois esses são indicativos da limpeza geral do local, e da situação dos alimentos. “O que não é aquecido ou refrigerado é o mais suscetível de ser infectado nos buffets e self-services. Mas os pratos quentes também devem ser aquecidos (a mais de 60º C)”, destaca a consultora da Netfarma.
4 – O que não se deve comer – Evite comer fora de casa, especialmente nos dias de calor, os seguintes alimentos: carnes, aves, peixes e crustáceos crus ou mal cozidos, brotos crus, ovos, maionese e outros tipos de molhos, queijos, patês, frios e embutidos, principalmente os enlatados. “Ainda é bom evitar consumir bebidas enlatadas diretamente no recipiente e observar o aspecto do gelo oferecido com elas, que deve ter aspecto cúbico, cilíndrico ou com um orifício central, indicando procedência industrial”, comenta.
5 – Atenção aos mais sensíveis: Idosos, pessoas com doenças no sistema imunológico, crianças de colo, gestantes e, inclusive seus bebês podem ser vítimas fatais de intoxicação alimentar. Nesses casos, os cuidados devem ser redobrados.