O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (7/1) que acompanha “atentamente” o surto de metapneumovírus humano (HMPV) registrado ao longo das últimas semanas na China. Segundo a pasta, o vírus responde por uma série de infecções respiratórias identificadas no país, sobretudo entre crianças.

Até o momento, não há alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias da OMS e de vários países, incluindo a China, para monitorar a situação e trocar informações relevantes.”

De acordo com Marcelo Gomes, coordenador-geral de Vigilância da Covid-19Influenza e outros Vírus Respiratórios do Ministério da Saúde, as últimas atualizações de vigilância feitas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China mostram que a magnitude e a intensidade das infecções respiratórias registradas ao longo das últimas semanas foram menores do que as registradas no mesmo período do ano anterior.

No entanto, foi observado um aumento nas infecções respiratórias agudas, incluindo gripe sazonal, metapneumovírus humano (HMPV), infecção por rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) e outros, particularmente nas províncias do norte chinês”. esclareceu.

Medidas de prevenção e controle

Embora o risco de uma pandemia seja considerado baixo pelos especialistas, o Ministério da Saúde salienta que “é fundamental reforçar as medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias”, completou a nota. A pasta voltou a incentivar a vacinação como medida preventiva para infecções respiratórias.

É muito importante incentivar a vacinação entre os brasileiros, pois a imunização contra a covid-19 e a gripe é uma das maneiras mais eficazes de prevenção, especialmente para grupos prioritários como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades”, explica Gomes.

De acordo com o ministério, as vacinas contra a covid-19 e a influenza continuam sendo eficazes contra formas graves de ambas as doenças, reduzindo o número de hospitalizações e mortes provocadas pelas variantes em circulação.

Além disso, o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais e resfriados ajuda a diminuir a transmissão de todos os vírus respiratórios, inclusive o metapneumovírus”, disse o especialista.

Medidas de higiene como lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou o uso de álcool em gel, bem como a utilização de máscaras em locais fechados e com aglomeração de pessoas e o distanciamento seguro de pessoas com sintomas respiratórios, também são formas eficazes de prevenção.

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Vírus surgiu no Brasil pela primeira vez há 20 anos

O HMPV é um vírus respiratório que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores. No Brasil, foi identificado pela primeira vez em 2004. Desde então, o vírus tem sido monitorado como parte das atividades de vigilância epidemiológica do ministério, que inclui a coleta e análise de dados sobre doenças respiratórias.

É um vírus conhecido no mundo e comum em casos de síndrome gripal (casos leves), podendo eventualmente evoluir para casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que requerem internação”, destacou a pasta.

Guia de vigilância

A vigilância do HMPV é feita através do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), com a identificação de casos por meio dos núcleos hospitalares de epidemiologia  (NHEs) em serviços de saúde, que monitoram a circulação de diversos patógenos respiratórios. incluindo o HMPV, em diferentes regiões do país.

Em resposta à evolução constante das ameaças respiratórias e à necessidade de consolidar, em um único documento, as recomendações vigentes relacionadas ao tema, a pasta publicou o Guia de Vigilância Integrada da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios de Importância em Saúde Pública.

O documento facilita o acesso da população, de profissionais e gestores de saúde às orientações detalhadas sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e vigilância laboratorial, entre outros assuntos.

A obra fortalece os esforços para aprimorar a vigilância epidemiológica no país e demonstra a necessidade de uma abordagem integrada para o monitoramento e controle de vírus respiratórios, considerando, além de SARS-CoV-2 e influenza, outros agentes de relevância sanitária.

Além disso, o Ministério da Saúde divulga um boletim epidemiológico semanal das síndromes gripais.

Vacinação covid-19 e influenza

A partir de dezembro de 2024, as vacinas contra a covid-19 passaram a fazer parte do calendário nacional de vacinação de gestantes e idosos. Os esquemas vacinais para cada público estão detalhados no site do Ministério da Saúde.

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. A constante mudança dos vírus influenza requer um monitoramento global e frequente reformulação da vacina contra a gripe. Devido a essa mudança dos vírus, é necessário a imunização anual contra a gripe. Este imunobiológico oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul.

Do Ministério da Saúde, com Assessoria

 

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