Idealizadora da lei estadual que regulamenta o uso dos cães de suporte emocional no Rio de Janeiro, Danielle Cristo destacou a importância da iniciativa. A tutora do golden retriever Rudá, símbolo do projeto dentro da secretaria, contou sobre o apoio dado pelo animal.
O cão de suporte emocional é um apoio no tratamento de pessoas com depressão, ansiedade e outros transtornos. Ele não substitui o tratamento, mas auxilia a reduzir sintomas e a melhorar a convivência social. O Rudá trouxe visibilidade para essa causa dentro da Secretaria de Saúde, e isso tem ajudado muita gente a conhecer seus direitos”, explicou Danielle.
Processo simples e seguro
O processo é coordenado pela Subsecretaria de Bem-estar animal, vinculada à SES-RJ, e exige documentação médica válida, carteira de vacinação atualizada e certificado de adestramento do animal.
O processo para obtenção da carteirinha é simples e gratuito. Os tutores devem enviar a documentação por e-mail para a secretaria, que analisa os dados e, em até 40 dias, emite o crachá que identifica o animal como cão de suporte emocional.
A gente já ultrapassou a marca de 200 carteirinhas emitidas e continuamos recebendo novos pedidos todas as semanas. É um trabalho sério, que exige laudo médico atualizado a cada seis meses e comprovação de adestramento. O cão precisa estar preparado para esse tipo de convivência”, completou.
A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, que participa de vários painéis e bate-papos durante a Fisweek, ressaltou que a iniciativa reforça a visão ampliada de saúde defendida pela SES-RJ, que vai além da ausência de doenças.
Quando falamos de saúde, falamos também de bem-estar emocional. Os cães de suporte emocional representam esse olhar integral sobre o cuidado com as pessoas. É uma política que une saúde mental, acolhimento e respeito”, afirmou a secretária.
Vira-latas também podem ser cães de suporte emocional
A secretaria também orienta que apenas cães devidamente treinados e com documentação em dia podem receber a certificação, incluindo os sem raça definida (SRDs), os famosos vira-latas, que são igualmente aceitos no programa. Para Danielle, a expansão do projeto reflete uma mudança cultural importante.
Tem muito cachorro adotado que se torna um excelente cão de suporte emocional. A gente recebe muitas histórias lindas. O que importa é o vínculo e o preparo do animal. Essa é uma lei que nasceu de uma vivência pessoal, mas que hoje transforma a vida de muitas pessoas”, concluiu.
A SES-RJ mantém um canal de atendimento exclusivo para o tema, onde é possível tirar dúvidas e solicitar a emissão das carteirinhas: suporte.emocional@saude.rj.gov.br.
Inovações no SAMU da capital e nova aeronave médica
Ainda durante a Fisweek e o Rio Health Fórum, realizados no ExpoRio Cidade Nova, no Centro do Rio, representantes da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) apresentaram a recente ampliação dos atendimentos de urgência no Rio de Janeiro.

O desafio diário de transportar pacientes e órgãos para transplantes, por via terrestre e área, foi o tema abordado pela coordenadora geral do SAMU Capital, coronel Barbara Alcantara, e pelo superintendente da SOAer, coronel Rodrigo Medina. A missão de salvar vidas dos dois serviços é respaldada por profissionais capacitados e a infraestrutura disponibilizada para atendimento à população.
No SAMU capital, por exemplo, 2.300 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e técnicos de telefonia bem treinados atuam na prestação do serviço. No ano, já se somam mais de 185 mil atendimentos, via Disque 192. A frota conta com 74 ambulâncias, 30 motolâncias, e dois veículos de intervenção rápida, além do apoio de uma aeronave médica.
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O superintendente de Operações Aéreas, coronel Rodrigo Medina, destacou que somente este ano foram transportados 173 órgãos, 180 crianças e nove adultos para atendimento pelos dois helicópteros do Estado. Ressaltou que o trabalho qualificado e dedicado da equipe, somado à infraestrutura permitiu que o setor subisse no ranking de transporte de órgãos, passando do 17º lugar para o 3º lugar no país.
Na abertura dos eventos, a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, defendeu o fortalecimento de um sistema público de saúde mais integrado, inovador e sustentável. Segundo ela, a sustentabilidade em saúde envolve também a sustentabilidade econômica, social e humana do nosso sistema.
Ser sustentável é planejar o uso de recursos públicos com responsabilidade, é investir em prevenção para reduzir custos futuros, é pensar em estruturas hospitalares mais eficientes, em tecnologias que possam ter pouca energia e em processos que diminuam o desperdício. Mas é também valorizar os profissionais, cuidar da saúde mental das equipes, prover equidade e reduzir desigualdades. Sustentabilidade é, portanto, uma forma de gestão”, destacou.
O diretor-presidente do IVB, Alexandre Chieppe, explicou que a unidade passou por um processo de reestruturação nos últimos dois anos. Fechando o dia, um debate que colocou frente à frente diferentes gerações do campo da Medicina. De um lado, do alto de sua experiência e capacidade profissional, o coronel Marcelo Dominguez Canetti, diretor de Saúde do Corpo de Bombeiros do RJ. Do outro, a acadêmica Bruna Mattos, que recebeu dicas sobre a experiência da profissão.








