As obras do novo serviço de radioterapia do Hospital Federal do Andaraí (HFA) entraram na reta final e a previsão é que os atendimentos comecem ainda no primeiro trimestre deste ano. A nova radioterapia conta com o apoio do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e as obras ocorrem por meio do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (PER-SUS).
Vamos inaugurar a radioterapia do Andaraí muito em breve. Esse tipo de tratamento é tão importante para vários tipos de câncer e precisa estar acessível para a nossa população”, frisou a ministra durante visita à unidade, onde conheceu a emergência adulto, pediátrica, leitos de internação recém-abertos, a reforma da tomografia e obras da cozinha.
Na visita desta sexta-feira ao Andaraí, vizinho a um conjunto de favelas, a ministra Nísia Trindade conversou com pacientes e funcionários, visitou setores reabertos e áreas ainda em obras, como a do ambulatório e a cozinha, fechada há 12 anos. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, todas as intervenções devem estar concluídas no primeiro trimestre de 2026.
Um dos objetivos é recuperar no Andaraí o status de referência no tratamento de queimados. A prefeitura passou a ser responsável pela contratação de funcionários. Os servidores federais que atuam na unidade serão submetidos a processos de movimentação voluntária, que respeitará a opção deles por outros locais de trabalho.
De acordo com a ministra, a reabertura das emergências e recriação de leitos causam impactos positivos em toda a rede de atendimento do SUS no estado do Rio. “É fundamental ter essas emergências, isso desafoga também as nossas [unidades de Pronto Atendimento] UPAs, e as emergências então mais vocacionadas para aqueles casos mais graves”, ressaltou.
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O Ministério da Saúde estabeleceu metas de qualidade de atendimento nos hospitais federais do Rio de Janeiro que passaram por mudança de gestão. A afirmação é da ministra Nísia Trindade, que fez uma visita ao Hospital Federal do Andaraí, zona norte do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (7).
“Para cada uma das parcerias existem metas. O governo federal tem uma Secretaria de Atenção Especializada, que estará acompanhando o cumprimento dessas metas, como se tem que fazer para garantir não só a qualidade do serviço, mas também estar perto, porque muitos desafios precisam, muitas vezes, de um apoio do governo federal, que, por sua vez, quer que a população seja bem atendida”, declarou a ministra, sem detalhar as metas específicas.
Enfatizando que “não vamos abandonar os hospitais”, a ministra afirmou que não cabe ao ministério a administração das unidades federais no Rio. “Temos consciência de que a gestão hospitalar não deve ser uma atribuição direta do Ministério da Saúde, que tem que cuidar da saúde em todo o Brasil.”
A ministra Nísia informou que a situação de precariedade dos hospitais federais no Rio era um dos pontos mais críticos da pasta, quando assumiu em 2023, início do terceiro mandato do presidente Lula. Ela entende que a transferência de gestão para prefeitura e outras instituições, como o GHC, foi pactuada de forma que as novas gestões sejam permanentes. “É para ficar, não é solução provisória.”
Da Agência Brasil e Ministério da Saúde