As festas de fim de ano desencadeiam aquelas conhecidas promessas para o novo ciclo que começa. Ter hábitos mais saudáveis costuma ser o mais pautado – e geralmente, é o mais difícil de cumprir. Neste Dia Mundial Sem Carro (29 de dezembro), a Tembici, que administra um sistema de bikes compartilhadas, prova que há uma receita para repensar o hábito de deslocamento, por exemplo, economizando até 90% no mês e adquirindo uma melhor qualidade de vida. E como? Pedalando!

De acordo com a ferramenta criada pela empresa, que calcula e compara o gasto de todos os modais com base nas distâncias, um trajeto diário de 5 km, por exemplo, sai por mais de R$ 980 no mês, quando feito de carro, enquanto no transporte público o gasto é em média R$ 230. Já com bikes compartilhadas, o custo mensal é, em média, menor do que R$ 1,00 por dia.

Segundo a Tembici, a maioria dos trajetos em São Paulo não passa de 5 Km, distância que pode ser percorrível com bicicletas. “Não é preciso tirar o carro da garagem para ir à padaria, visitar um parente que mora perto ou à academia. Caminhando, pedalando ou integrando com transporte público, contribuímos para cidades mais sustentáveis e eficientes, com redução de emissão de CO2 e congestionamento”, explica Mauricio Villar, COO e co-fundador da empresa.

  • 83% pretendem se deslocar mais de bike em 2022

A Tembici tem parceria com o Google Maps, onde é possível checar os caminhos até as estações e traçar a rota do caminho a ser pedalado. A funcionalidade também permite que sejam consultadas as quantidades de bikes e vagas disponíveis nas estações, economizando tempo dos usuários e trazendo praticidade e fluidez nos deslocamentos.

Um levantamento realizado no início do mês pela Tembici com mais de mil pessoas reforça o aumento do interesse e da aderência das pessoas ao uso da bicicleta. A pesquisa mostrou que 50% dos entrevistados passaram a pedalar mais desde o início da pandemia e 83% querem utilizar ainda mais o modal em 2022.

Desde que a vida passou – e vem passando – pela montanha russa da pandemia, as pessoas têm analisado ainda mais seus hábitos. Nesse período, assuntos importantes começaram a ter um foco maior como cuidado com o bem estar, alta dos combustíveis, crise financeira e futuro do planeta. Com isso, a forma de se locomover pelas cidades também ganhou destaque.

Os motivos que levaram as pessoas a pedalarem mais também foram mapeados no estudo: 40% dos respondentes utilizam o sistema de bike compartilhada pelo menos três dias na semana, sendo que 35% deles pedalam para ir ao trabalho ou faculdade.

A McKinsey também realizou uma pesquisa nos últimos dias e descobriu que 70% dos entrevistados gostariam de ir e voltar do trabalho pedalando uma bike elétrica. Caminhando, pedalando ou integrando com transporte público, contribuímos para cidades mais sustentáveis e eficientes, com redução de emissão de CO2 e congestionamento”, completa.

Segundo a pesquisa, 32% dos usuários já utilizam a bicicleta para pequenos trajetos do dia a dia e 38% dos entrevistados acreditam que em 2022 a opção será o meio de transporte mais utilizado. No entanto, o investimento em mais infraestrutura cicloviária, ainda aparece como item relevante para a decisão de pedalar. Aproximadamente 52% das respostas na pesquisa afirmam que a bike faria mais parte de suas vidas se houvessem mais e melhores ciclovias e ciclofaixas.

A pesquisa foi realizada entre a penúltima semana de novembro e segunda de dezembro. As respostas foram coletadas de forma online em um questionário enviado a usuários (58% dos respondentes) e não usuários do sistema. No total foram mais de mil respondentes dos estados: RJ, SP, PE, RS, DF, BA e ES.

Pedalar também faz bem para o planeta

A bicicleta já faz parte do dia a dia das cidades e cada vez mais pessoas adotam a magrela para se locomover, e com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o uso do modal por ser um meio de transporte ideal para contribuir com o distanciamento social durante a pandemia, essa tendência aumentou e veio para ficar. Segundo pesquisa realizada pela Tembici, 83% dos entrevistados pretendem se deslocar mais de bike em 2022.

O uso das laranjinhas também proporciona benefícios para a saúde do planeta. Somente neste ano, cerca de 5 mil toneladas de CO2 foram poupados com o sistema da Tembici. ém propoSe essa mesma quantidade tivesse sido liberada na atmosfera, aproximadamente 35 mil árvores precisariam ser plantadas para promover o “equilíbrio” de contas do ponto de vista ambiental.

Começando do zero

Há pessoas que não aprenderam a pedalar quando crianças e acreditam que a prática não seja mais possível. Segundo Monique Luz, psicóloga no Zenklub formada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e pós-graduada em Psicologia Analítica e  Hospitalar, o sistema cognitivo de aprendizado dos adultos é diferente de quando criança, mas  é possível aprender a pedalar, não importa a idade.

“Depois de adulto é mais comum que o medo e a vergonha sejam maiores, mas pedalar é um processo normal de aprendizagem e podemos aprender qualquer coisa em qualquer idade. É necessário respeitar o seu tempo e ir aos poucos. Andar de bicicleta é uma atividade que pode trazer uma sensação de liberdade e ajudar na autonomia e autoestima”, explica.

Projetos que estimulam o uso da bicicleta como principal meio de transporte, em muitas cidades, têm sido protagonistas nos planos públicos de mobilidade urbana. Há programas que incentivam a aprendizagem. A Bike Anjo, por exemplo, é uma rede de pessoas que acreditam na bicicleta como uma ferramenta para a transformação das pessoas e das nossas cidades.

É a conexão de ciclistas experientes que ensinam, gratuitamente, as pessoas que querem aprender a usar a bicicleta com segurança. Inicialmente ocorre um  acompanhamento dos iniciantes em suas primeiras pedaladas, ajudam a escolher rotas mais tranquilas, passam conceitos de segurança e comportamento no trânsito e ensinam o básico da utilização da bicicleta.

Confira algumas dicas do e-book do Bike Anjos

  • Procure um lugar ideal: para iniciar, escolha um local tranquilo, de preferência com pouco movimento de carros e pessoas;
  • Sempre antes de sair, confira as condições da bicicleta, freios e rodas;
  • Regule a bicicleta de modo que fique confortável para o seu tamanho e para que consiga alcançar o chão com os pés. O ideal é que o banco esteja na altura do quadril;
  • Sinta os freios, eles são extremamente importantes e precisam ser dosados na medida certa;
  • Comece a testar o seu equilíbrio, faça movimentos de “remo” com os pés, tentando mantê-los cada vez mais fora do chão, se equilibrando na bike;
  • Quando se sentir seguro com o seu equilíbrio na bike comece a pedalar e mantenha a calma;
  • Se cansou? Dê uma pausa para tomar água e alongue as pernas e braços. Pratique sempre que possível e respeite o seu tempo.
  • Pronto! Agora é partir para o destino escolhido e aproveitar o verão.

Durante a pedalada

  • Pedale com as duas mãos e evite levar objetos pendurados no guidão;
  • Sinalize com os braços a mudança de direção;
  • Pressione sempre os dois freios juntos, isso evita derrapagens e perda de controle;
  • Mantenha distância segura da lateral dos veículos estacionados, os motoristas podem abrir as portas sem ver você;
  • Mantenha velocidade compatível com a via e com o trânsito local;
  • Não use celular e fones de ouvido. É lei e também é importante estar atento ao trânsito;
  • Quando não houver estrutura cicloviária, circule pela rua, e pedale no mesmo sentido dos outros veículos; Respeite o sinal vermelho e não pare sobre a faixa de pedestre.
  • Na calçada, é necessário desmontar da bike.

 

Para mais informações e dúvidas de sinalizações, acesse o Manual do Ciclista disponibilizado pela Tembici. 

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