Para a diretora, pais e responsáveis também podem contribuir para que a ciência seja assunto em casa. “Desde as perguntas sobre o que é feito tal objeto, assim como a mistura de alimentos para fazer uma comida, ou a curiosidade ao plantar uma sementinha no algodão, tudo é ciência e pode ser comentado no ambiente familiar”, reforça.
A escola promove a integração dos alunos com as disciplinas, e também as inscrições para as Olimpíadas, como a Olimpíada Nacional de Ciências e de Astronomia. “Nossas alunas e alunos encontram espaços para debater, refletir sobre o tema e criar experiências dentro e fora da sala de aula. A curiosidade e a pesquisa andam juntas, olhando para o futuro”, reforça Fraya.
Fiocruz abre as portas para 100 meninas estudantes do Ensino Médio
As atividades ocorrereram em todas as unidades técnico-científicas da Fiocruz no Rio de Janeiro, culminando com uma grande roda de conversas entre alunas e pesquisadoras para um bate-papo e trocas de experiências transmitido pelo canal da VideoSaúde da Fiocruz no YouTube, com a participação de pesquisadoras da fundação de todo o país.
O evento é promovido pelo Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, da Coordenação de Divulgação Científica, vinculada à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), e está em consonância como as políticas afirmativas para educação da instituição, orientadas pela busca por uma sociedade mais justa, equânime e inclusiva.
Para Letícia Meirelles, moradora de Manguinhos e participante do evento Meninas Negras na Ciência, coordenado pela pesquisadora Hilda Gomes, e parte da programação do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência em 2020, o programa abriu diversas portas para a sua trajetória estudantil.
“O projeto foi de suma importância na minha vida. Tive a oportunidade de conhecer laboratórios, cientistas negras, periféricas que fizeram toda a diferença, que me inspiraram e encorajaram a seguir carreira científica. No final do ano, eu vou prestar vestibular para medicina, na UERJ, e a Fiocruz me possibilitou viver esse momento”, afirmou.
Cristina ressalta a participação das unidades e de diversas áreas da instituição para o sucesso do evento. “Além dos laboratórios, das unidades de saúde, dos ambulatórios e das unidades de produção de vacinas, imunológicos e medicamentos, mobilizamos equipes inteiras das áreas de gestão, comunicação e informação para nos apoiarem com a organização de ações educativas voltadas para o incentivo ao diálogo. É muito importante para a nossa instituição essa aproximação com a educação básica, em especial, com a juventude que tem curiosidade e interesse em conhecer mais a ciência que fazemos”, destacou.
“O fazer científico é uma das atividades que mais demandam preparação por parte daqueles que querem se dedicar à pesquisa. E começar cedo, ainda na educação básica, é algo muito promissor. Queremos despertar interesse nas jovens e assim contribuir para escolhas profissionais que as aproximem da ciência”, concluiu.
Mais informações na página do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência.
Museu do Amanhã cria podcast em parceria com escolas
Reconhecendo que a importância de aumentar as referências de cientistas mulheres durante a educação básica para incentivar meninas e adolescentes a seguirem carreiras científicas, o Museu do Amanhã se uniu a escolas públicas brasileiras para mostrar o protagonismo das mulheres na ciência, além de debater os desafios que se apresentam na carreira destas pesquisadoras e seus feitos enquanto pesquisadoras. Em dezembro, chegou às plataformas de streaming de áudio o podcast Vocações, sobre a atuação de mulheres na ciência.
Realizada por professoras e alunas de escolas públicas brasileiras, a produção traz entrevistas com pesquisadoras de diversos campos de conhecimento. O podcast é fruto de programa de formação realizado com patrocínio da White Martins. A produção tem como objetivo investigar as histórias, feitos e conquistas dessas mulheres, além de fortalecer o sentimento de identidade. Os 11 episódios estão disponíveis nas plataformas de streaming de áudio.
O projeto selecionou cinco professoras de escolas públicas brasileiras, uma de cada região do país, para um ciclo de aprendizagem sobre todas as etapas da criação de um podcast e também sobre a relação entre gênero e ciência. Junto às suas alunas, elas produziram 11 episódios que trazem entrevistas de pesquisadoras brasileiras dos diferentes campos do conhecimento que tenham vivido na região onde as escolas estão situadas.
As professoras contempladas participaram de um treinamento on-line com carga horária de 15h para desenvolver os episódios do podcast e também receberam insumos técnicos para a execução do projeto, que resultará, ainda, em um Ebook com conteúdos de formação sobre a produção de podcasts.
Com informações de assessorias e da Agência Fiocruz de Notícias