

Segundo Padilha, o Conselho da Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS) em conjunto com representantes da OMS visitará o Brasil esta semana para a entrega oficial da certificação ao governo brasileiro.
Significa que o Brasil conseguiu eliminar graças ao SUS [Sistema Único de Saúde], aos testes rápidos das unidades básicas de saúde, aos testes do pré-natal, às gestantes que têm HIV tomarem a medicação pelo SUS”, disse Padilha.
Segundo o ministro, o Brasil apresentou um dossiê à organização mundial no mês julho com os dados do SUS no Brasil. Ele lembrou que há algumas décadas o Brasil tinha iniciativas filantrópicas para manutenção de abrigos para órfãos com HIV, que haviam perdido os pais em decorrência da Aids.
Abrigavam aqueles bebês que tinham nascido com HIV e seus pais tinham morrido. A gente não tem mais isso no nosso país, felizmente, nem a transmissão do HIV da gestante para o bebê”, comemorou.
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Brasil se mantém livre do sarampo apesar de casos de pessoas não vacinadas
Sem circulação do vírus interna, o Brasil mantém o certificado de país livre da doença, mostrando que deixa para trás a situação que levou à perda da certificação, em 2019, quando houve o registro de mais de 21,7 mil casos de pessoas infectadas.
No último sábado (13), o estado de São Paulo registrou o segundo caso de sarampo do ano em um homem não vacinado que havia viajado para fora do país. Assim como os casos de São Paulo, todos os outros 36 registros da doença no país deste ano tiveram origem em outros países.
Nova vacina contra a dengue confirmada para 2026
Padilha afirmou ainda que a imunização dos profissionais de saúde com a vacina contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan e que foi registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último dia 8, deve iniciar até o final do mês de janeiro de 2026.
Final de janeiro a gente inicia e continua ao longo de todo o fevereiro e março. Isso é importante, porque quando chega o período mais crítico da dengue você já tem esses profissionais mais protegidos”, diz.
No mesmo período, as cidades de Botucatu (SP) e Maranguape (CE) passarão por uma ação de aceleração para vacinação contra dengue, para dar início a um plano de imunização que será implantado no país, quando a produção for escalonada para atender a toda a população.
Alguns estudiosos apontam que a se a gente chegar a 40% de vacinação de uma população em uma cidade é possível que se tenha um controle da dengue naquela cidade”, disse o ministro.
Negacionismo: ‘Estamos vencendo essa batalha, mas ainda não está ganha’
De acordo com Padilha, o ano de 2025 fechará com uma cobertura vacinal maior que em 2024, quando o Ministério da Saúde chegou a registrar um crescimento de 180%no número de municípios acima da meta de 95% de imunização do calendário essencial.
Se tem uma coisa que mais afeta o dia a dia dos profissionais de saúde, a vida das famílias brasileiras na área da saúde é o negacionismo. São pessoas espalhando mentiras e, infelizmente, até ganhando dinheiro com isso”, destaca.
Segundo Padilha, o Ministério da Saúde e a Advocacia-Geral da União trabalham juntos em ações judiciais contra a divulgação de notícias falsas em casos que envolvem inclusive médicos e venda de cursos contra a vacinação. “Estamos vencendo essa batalha, mas ela não está ganha ainda”, diz o ministro.
Medidas para combate a vício em apostas eletrônicas
Ao longo do programa, o ministro destacou ainda iniciativas promovidas pela pasta da Saúde como o Observatório Saúde de Apostas Eletrônicas, que reúne uma série de iniciativas de enfrentamento aos riscos à saúde mental associados às apostas eletrônicas.
Entre as ações destacadas, Padilha reforçou a disponibilização de uma ferramenta que permite ao cidadão bloquear simultaneamente todas as contas em sites de apostas, por meio do aplicativo Meu SUS Digital. O serviço de teleatendimento psicossocial também será implantado como parte das iniciativas, informou.
Segundo o ministro, estudos realizados pela pasta da Saúde apontam que as pessoas se sentem mais à vontade em consultas online com psicólogos e psiquiatras para tratar do assunto.
As pessoas não vão ao Centro de Atenção Psicossocial para isso. Eles têm um número pequeno de atendimentos dessa natureza. Devem chegar, este ano, a 5 mil”, explicou.
Da Agência Brasil




